Sinopse: Ela é uma youtuber cujo canal é voltado para qualquer assunto relacionado à Marvel Cinematic Universe e Marvel Comics. Na premiere de Avengers: Endgame ela tem a chance de realizar um de seus maiores sonhos: conhecer seus atores favoritos, sendo Tom Holland um deles. Após uma pequena entrevista bastante inusitada e um encontro marcado, eles vivem a colisão de seus mundos tão diferentemente iguais. Para ela, uma paixão já esperada. Para ele, uma chance de ser correspondido.
Fandom: Tom Holland.
Gênero: Romance.
Classificação: 18 anos.
Restrição: Palavras de baixo calão e cenas de sexo explícito. Continuação independente de Never Be The Same.
Beta: Regina George.
estava tremendo dos pés à cabeça. Sua visão estava embaçada pelas lágrimas e seu coração batia tão rápido que, se seus pensamentos não estivessem todos focados em não perder cada entrada no tapete vermelho da première de Avengers: Endgame, ela estaria suspeitando de um ataque cardíaco. E talvez estivesse mesmo próxima de um ataque, mas não conseguia se preocupar com a própria saúde. Não quando seus atores favoritos vinham em sua direção para conceder uma entrevista rápida e seu melhor amigo e câmera – Baker – precisava lhe dar um beliscão para que ela não fizesse papel de idiota na frente dos atores.
havia acabado de entrevistar Pom Klementieff quando uma nova gritaria se fez presente por parte dos fãs e a garota ajeitou o penteado, antes de buscar o motivo de tanto barulho na entrada do tapete vermelho. Robert Downey Jr e Chris Evans já haviam chegado, e a não ser que fosse Brie Larson ou Scarlett Johansson, a garota não via motivos para tamanha gritaria. Não quando nenhum dos Tom’s havia confirmado presença naquela noite – para sua infelicidade, já que seria um sonho realizado encontrar tanto Holland como Hiddleston. Principalmente Holland, por quem tinha um crush publicamente assumida.
– Será a Brie? – questionou, se inclinando na ponta dos pés em uma falha tentativa de enxergar a entrada da première. Eles estavam distantes, em uma área não tão bem posicionada como a área de imprensa, junto com outros youtubers importantes que tinham canais específicos para assuntos da Marvel Cinematic Universe e para a Marvel Comics.
– Espero que sim. – murmurou, batendo palmas em animação. – Só de respirar o mesmo ar que essa mulher, eu já poderei morrer feliz.
– Eu não. – retrucou. – Não pude analisar a bunda do Cevans direito. – fez uma careta triste e a garota riu.
– Você sabe que não pode tocar. – ela o lembrou. – Lembra-se daquela fã que tocou na bunda dele por acidente e o deixou chateado?
– Eu sei. – suspirou. – Me deixa sonhar, . – chiou, estirando a língua para a garota.
– Que tal voltar a tentar ver quem chegou? – orientou, também tentando enxergar a entrada do tapete vermelho. Ficar após a curva não havia sido uma boa ideia, mas era melhor que perto do público geral, onde nada se ouvia fora os gritos dos fãs.
– É um homem. – afirmou. – Vi um terno.
– Ótimo. – sorriu. – Talvez seja o Bradley Cooper.
– É mais baixo. – retrucou e a garota franziu o cenho. Apesar da ansiedade, eles não podiam abandonar seus lugares. Fosse o ator quem fosse, deveria passar por eles e atendê-los por vontade própria, após passar pelos canais de imprensa convencional. Haviam acabado de ser ignorados por Danai Gurira – para a tristeza profunda de -, que apenas sorriu e acenou para a câmera de , quando um topete apareceu na curva do tapete vermelho junto de um sorriso largo e olhos pequenos. prendeu a respiração no mesmo instante que soltava um grito agudo e acenava para o recém-chegado.
– Tom! – o rapaz berrou alto, chamando a atenção do inglês, que acenou para ele e indicou que chegaria neles em um segundo.
O ator parou no primeiro youtuber e respondeu algumas perguntas, segundo para o próximo e assim sucessivamente. Pouco antes de chegar a , Tom foi parado por Brie Larson – que havia acabado de chegar – e ambos os atores se abraçaram, posando para algumas fotos e respondendo algumas perguntas rápidas dos youtubers. Brie se afastou em seguida e a seguiu com o olhar cabisbaixo, já que havia ido para a première com a expectativa de, ao menos, trocar duas palavras com a mulher. A garota não percebeu Tom Holland ao seu lado e só teve sua atenção resgatada quando a beliscou na cintura e ela soltou um palavrão, fazendo o ator rir e ela arregalar os olhos, ficando extremamente corada no mesmo instante.
– Me desculpe! – murmurou, recebendo um sorriso frouxo de Thomas. Ela não sabia como estava falando normalmente e não gritando, como sempre imaginara que faria com Tom. Ele era ainda mais bonito pessoalmente e cheirava tão bem… estava encantada, mesmo que a cara de idiota não estivesse presente em sua face.
– Está tudo bem. – Tom murmurou. – Então, eu não sou a Brie, mas caso tenha alguma pergunta… – ele deixou a frase no ar, o que apenas fez corar mais ainda e quase sair correndo. Estava passando vergonha em frente a Tom Holland e nada poderia ser pior do que aquilo.
– Na verdade eu não tenho nenhuma pergunta para você. – disse por fim e Tom arqueou as sobrancelhas para ela.
– Por quê?
– Você não estava confirmado, então eu não estava te esperando aqui. – a garota murmurou, fazendo-o rir.
– Te dou um segundo para improvisar. – Tom sorriu e a garota estalou os lábios.
– Não. Eu não quero que você me dê spoilers. – foi a resposta dela, que arrancou risada não apenas de Tom e , como das pessoas a sua volta. – Eu não consigo pensar em nada que não te faria dar spoiler. – completou.
– Certo. – Holland disse por fim. – Então só poderemos conversar quando você assistir ao filme. – ele brincou.
– Exatamente. – concordou com um aceno de cabeça. Focou o olhar no rosto de Tom, e mesmo que seu bom senso lhe dissesse para não fazer aquilo, ela não iria lhe dar ouvidos, como sempre. – Então se você me der seu telefone, podemos marcar um café para o final de semana. Eu já terei visto o filme e poderei conversar em uma zona livre de spoilers. – ela sorriu sem mostrar os dentes e enquanto os outros riam, Tom arqueou as sobrancelhas para a garota, já que percebera que ela não estava brincando.
– Café marcado. – ele disse por fim.
finalizou a gravação a pedido de , para que ela pudesse tirar uma foto com Tom sem a câmera em seu rosto.
– Desculpe. – ela murmurou, após bater a foto. Tom a encarou com diversão no olhar e as bochechas da garota coraram ainda mais. – Eu não sei o que deu em mim.
– Quer anotar meu número no seu celular ou eu anoto o seu? – o inglês questionou, enquanto arregalava os olhos e quase se afogava com a própria respiração.
– Oi?
– Você me chamou para um café. – Thomas a lembrou. – E eu aceitei.
continuou o encarando abismada, até pegar o celular de sua mão e estender para Tom.
– Coloque seu número. – o rapaz instruiu. – Ela deve estar catatônica. – disse por fim, cutucando a amiga no ombro e ouvindo um grunhido incompreensível como resposta. voltou a si quando Tom lhe estendeu o celular em retorno e sorriu largo para ela, antes de murmurar um “tchau” e se afastar. A garota se virou para , que ria de sua expressão idiota.
– , o que aconteceu? – indagou, num fiapo de voz.
– Você tem um encontro com Tom Holland. – o rapaz disse por fim, dando de ombros em seguida.
voltou a encarar Tom, que agora falava com os fãs, tirando fotos e dando autógrafos. Seus olhares se encontraram por poucos instantes e ele sorriu para ela, que soltou um suspiro alto.
– Eu tenho mesmo um encontro com Tom Holland.
Abril de 2019, Atlanta.
Tom havia acabado de chegar do set de Chaos Walking quando o barulho de seu celular chamou sua atenção. Torceu os lábios em descontentamento, nada animado em precisar interagir com qualquer pessoa quando tudo o que ele queria e precisava era de um banho, comida quente e a cama fofinha do apartamento que estava alugando durante as filmagens. Sua estadia em hotéis durante as filmagens de Far from Home o haviam traumatizado e nada poderia valer o conforto de ter uma casa apenas para si. Era um pouco solitário, ele admitia. Mas Holland estava vivendo uma nova fase em sua vida e precisava de um tempo para si, principalmente com a turnê de divulgação de Spider-Man se aproximando rapidamente e Tom sabendo que tinha zero condição de ficar perto de Melinda Breslin e não perder o restante de sua dignidade. Mesmo depois de meses, ele não havia se recuperado totalmente. Não estava mais apaixonado e Melie era uma grande e incrível amiga, mas Tom não confiava em si mesmo.
Afinal, ele havia se apaixonado por ela e nem se dado conta daquilo, até que tudo explodiu e ele não pôde conter. Não tinha mesmo a menor possibilidade de ele apostar em si mesmo novamente.
Acabou esquecendo-se do celular em cima da mesa, seguindo para as tarefas que precisava concluir antes de finalmente poder cair na cama e dormir até o dia seguinte. Colocou a roupa para lavar, tomou banho, preparou um prato de sopa de legumes e enquanto a refeição cozinhava, procurou por algo para distrair a mente e ocupar o silêncio que reinava naquele apartamento. Assistiu parte de um documentário sobre animais perigosos na América Latina e só voltou a lembrar de seu celular quando foi até a cozinha buscar seu jantar. Acomodou-se novamente no sofá, com a tigela de sopa em mãos e o celular na ponta dos dedos, largando o refratário na mesa de centro e desbloqueando o Smartphone com a digital. Tinham algumas mensagens no grupo com o elenco de Far from Home, mas Tom Não estava interessado naquilo. Não naquele momento, então passou os olhos pelas outras notificações de seu celular. Instagram, Facebook, WhatsApp… Número desconhecido? O rapaz franziu o cenho, extremamente confuso. Sua foto de perfil restrita aos seus contatos, para evitar que sua privacidade fosse invadida, então era realmente difícil que alguém tivesse salvado seu número sem querer, acreditando que fosse ele. Abriu a foto de perfil da pessoa antes mesmo de abrir a conversa e o sorriso em seus lábios se abriu involuntariamente.
Era a garota da première de Avengers. Aquela que não lhe entrevistou por medo de receber spoilers – do qual Tom nem tinha conhecimento, já que havia gravado todas as suas cenas com roteiros adaptados e recortados – e para quem Tom havia dado seu número por livre e espontânea vontade. Ele nem se lembrava daquela atitude inesperada, então não tinha porque esperar uma mensagem daquela garota. Para ser bem sincero, ele não entendia porque havia feito aquilo, quando ele estava evitando todo e qualquer contato humano o máximo que pudesse. Mas tinha algo naquele sorriso dela que lhe chamou a atenção e por esse mesmo motivo, abriu a conversa para ler as mensagens que ela havia lhe enviado.
Desconhecido
Esse número provavelmente nem é seu
Mas tudo bem, eu só precisava falar
Acabei de sair da sessão de Avengers e estou destruída
Obrigada por não ter me dado spoiler
Quero sentar em um canto e chorar, porque a experiência foi incrível
Você estava incrível no filme e eu amo Peter Parker
Boa noite, obrigada por ser um ator maravilhoso e dar vida ao meu personagem favorito!
Holland sorriu ao terminar de ler as mensagens, esquecendo-se completamente da sopa e passando a digitar algumas respostas para a garota de quem ele nem sabia o nome.
Ficou encarando a tela de seu celular como um idiota, enquanto via o status de online mudando para digitando e aguardava as respostas da garota. Ele precisava perguntar o nome dela, para ter a quem associar aquele rosto. E que belo rosto, Tom deveria admitir. Não que ele estivesse notando apenas aquilo, mas não era algo que poderia se ignorar. Ela era realmente bela e tinha um brilho no olhar que deixava Thomas curioso e animado. Um brilho no olhar diferente do que ele estava acostumado. Não era fanatismo ou malícia. Era apenas doçura e sinceridade e Tom admirava aquilo. Gostava de pessoas transparentes e estava precisando de tranquilidade em sua vida.
Desconhecido
Tudo bem, é você mesmo
E isso vai parecer um flerte
E talvez realmente seja
Mas você me prometeu um café para falarmos do filme
E eu sou uma garota que gosta de promessas cumpridas
Holland riu alto. Ela realmente estava flertando com ele e em outras épocas, Tom não teria percebido aquilo. Mas agora ele percebia e tinha a oportunidade de negar e manter seu afastamento das relações humanas ou então embarcar em uma novidade, coisa que ele jamais faria. Mas ele havia feito muitas coisas que jamais faria em sua vida, então não tinha porque ter medo, tinha?
Desconhecido
Sem nenhuma dúvida
Tom Holland
Hey, você já assistiu ao trailer?
encarou a mensagem por longos minutos, sem saber realmente o que responder. Decidiu priorizar seu trabalho e terminou de assistir ao trailer pelo celular, anotando em seu bloco de notas os pontos que iria discutir para a gravação do vídeo e só então se dando a liberdade de responder Holland. Quase meia hora depois de ter recebido a mensagem. Mordeu o lábio inferior, se jogando na cama de costas e digitando uma mensagem em resposta ao ator.
Tom Holland
Teorias são legais
Que tipo de teorias?
Tom Holland
Eu prometo não falar nada sobre isso durante nosso café
Ainda está de pé, não está?
Tom Holland
Posso te perguntar uma coisa?
franziu o cenho e mandou apenas pontos de interrogação como resposta. Tom e ela vinham trocando mensagens diariamente, desde que ela havia tido coragem – e sofrido ameaças de – para mandar mensagem ao ator e comentar sobre Avengers: Endgame. Nas palavras do melhor amigo, não havia motivos para ela ter o número de Tom Holland e não falar com o rapaz. estava errado? Não. Mas ainda não havia processado o fato de ter dado em cima de Tom e o rapaz não tê-la cortado. Afinal de contas, ela poderia ser bonita, mas aquele era Tom Holland. As pessoas shippavam ele com Melinda Breslin e Zendaya. Quem era perto das duas? Ninguém, ela sabia. Mas ao menos poderia ser amiga de Holland, já que cairia na friendzone de qualquer maneira.
Tom Holland
Você está flertando comigo, não está?
Porque eu acredito que sim, mas já me enganei uma vez
E não foi legal
suspirou, fechando os olhos com força e grunhindo em desagrado. Era óbvio que Tom havia percebido seus flertes nada sutis – ninguém poderia julgá-la, ele era lindo e cheiroso e ela tinha seu número pessoal – e agora estava prestes a acusá-la de assédio. Sua vida estava arruinada e ela não via maneiras de consertar aquilo com um simples pedido de desculpas. Começou a digitar uma resposta, mas outras mensagens de Tom foram chegando e ela quase saiu gritando pela casa ao ler as palavras do ator. Ao menos não seria presa por estar assediando um ator mundialmente famoso.
Tom Holland
Estou perguntando isso pois quero te chamar para um encontro
Não para um café
– Puta que pariu. – riu, antes de começar a responder Holland.
Tom Holland
Porque você está interessada em mim
E só para variar, eu gostaria de tentar algo recíproco
E eu gostei de você
Gostaria de conhecê-la melhor
Então, temos um encontro?
E dando mais um passo naquela relação, apertou o botão de gravação de áudio e murmurou:
– Sim, nós temos um encontro.
Maio de 2019, Califórnia.
Tom estava um pouco nervoso no voo de volta para os Estados Unidos. Estivera no México por alguns dias, para divulgar Far from Home junto do elenco principal do filme, ou seja, ele, Jake Gyllenhal e Melinda Breslin, e agora estava voltando para Los Angeles, já que tinham mais alguns compromissos para cumprir antes de terem o restante do mês de folga. Logo a turnê de divulgação do filme iria se iniciar e eles não teriam descanso por longos meses, então tinha que aproveitar ao máximo os dias de folga.
Suspirou, tamborilando os dedos na poltrona do jatinho de forma constante, atraindo a atenção de Melinda, que lia uma revista sobre veganismo no banco à esquerda. A loira arqueou as sobrancelhas para o ator, deixando sua revista de lado e pulando para o assento ao lado de Tom, segurando no pulso dele e o impedindo de continuar a bater os dedos no braço da poltrona. Tom lançou um olhar culpado para a garota, torcendo os lábios ao notar a preocupação nas irises de Breslin.
– Desculpe. – ele murmurou.
– Tudo bem. – Melinda estalou os lábios. – Mas está tudo bem com você? Parece nervoso. – debochou ao finalizar a frase, já que era óbvio que Tom estava nervoso. Holland era a pessoa mais fácil de ler e Melie sabia daquilo, pois o conhecia bem demais. Não que fosse necessário muito conhecimento para que qualquer pessoa adivinhasse os sentimentos de Tom Holland. Ele era realmente alguém muito transparente.
– Muitas coisas na cabeça.
– Vai dar tudo certo na turnê de divulgação. – Melinda murmurou. – Vamos para Bali. Isso vai ser incrível! – seus olhos brilhavam de animação e Tom quase riu.
– Eu não estou preocupado com isso. – garantiu. – Tenho certeza absoluta de que vai ser excepcional. – deu de ombros.
– Então por que está nervoso? Parece que vai ter um derrame a qualquer instante. – ela franziu o cenho, confusa e preocupada.
– Muitas coisas na cabeça. – repetiu, recebendo um revirar de olhos de Melinda e um beliscão no braço. Desde que seu relacionamento casual e estritamente sexual – mesmo que na cabeça de Tom não tivesse sido apenas aquilo – com Breslin havia acabado, eles haviam adquirido muita intimidade, de uma forma que Holland jamais esperava encontrar com a irlandesa. Mas ele a entendia. Melinda não queria relacionamentos amorosos, mas não tinha nada contra ter amigos. Então ela e Tom se tornarem amigos era a matemática básica para o desenrolar do fim daquela relação que haviam tido.
– Ah Holland, vê se me respeita. – revirou os olhos novamente. – Fala logo ou eu vou ligar pro Harrison.
– Você é chata. – Tom pontuou. – Não era chata assim.
– Porque você não passava um tempo comigo sem estar sem roupas. – a loira retrucou, sem se abalar. – Agora entende o suplício da Cassy.
Thomas revirou os olhos, mesmo que suas bochechas tivessem adquirido um tom rosado. Ele nunca iria se acostumar com aquilo mesmo.
– Chata. – ele repetiu, como uma criança.
– Tom. – Melinda alertou e o rapaz suspirou, dando-se por vencido ao jogar a cabeça para trás e fechar os olhos com força.
– Eu tenho um encontro. – disse por fim, abrindo os olhos apenas para checar a reação de Breslin. Não esperava vê-la sofrendo por ele, mas não queria que a garota se sentisse ofendida por ele estar falando sobre aquilo com ela. Afinal, eles haviam tido um envolvimento. E Tom jamais iria querer desrespeitar Melinda.
– Poxa, finalmente. – a garota riu, desfazendo a feição de preocupação no mesmo instante e encarando Thomas com um sorriso malicioso. – Está nervoso por que vocês vão transar? Fica tranquilo, você vai se sair bem. – garantiu, arrancando uma careta do ator.
– É o nosso primeiro encontro. – Tom retrucou, como se estivesse ensinando matemática básica. Breslin deu de ombros.
– E daí?
– Não se transa no primeiro encontro. – respondeu.
– Se a garota não quiser. – Melinda riu. – Se ela quer, não tem motivos para não transar.
– Ela não quer. – Tom rapidamente disse. – Quero dizer, eu não sei. A gente flerta, mas não sei dizer com certeza qual a vibe dela.
– Ela com certeza quer transar com você. – Breslin garantiu e Tom franziu o cenho em confusão. – Você é gostoso. É claro que ela quer. – concluiu e o ator corou mais. – Tom, você já me viu pelada. Pare de corar pelas coisas que eu digo. – bufou.
– Eu não posso controlar isso. – retrucou emburrado. Melinda apertou as bochechas dele e Tom deu um tapa nos dedos da garota.
– Qual o nome dela? Onde se conheceram? Estão flertando pesado e mandando nudes? – questionou curiosa.
– . – Tom respondeu. – Nos conhecemos na première de Avengers. Ela é youtuber e estava no red carpet. – explicou e Melinda soltou um “entendi”. – Não quis me entrevistar para não receber spoilers. – riu ao se lembrar da cena. – E então eu dei meu número para ela.
– Uau. – Melie riu. – Chamou mesmo sua atenção.
– Ela flertou comigo lá. E eu flertei de volta. – deu de ombros. – Eu só pensei que poderia ser legal. Conhecer alguém diferente, sabe?
– E transar. – Breslin concluiu e Thomas riu alto.
– Não exatamente por isso.
– Eu acho legal que você tenha tido essa iniciativa. – murmurou por fim.
– Estamos conversando a alguns dias e está sendo ótimo. Ela é realmente uma boa pessoa. Engraçada, simpática… Ela é bonita, mas não é só isso. Sei lá. – deu de ombros. – Eu nunca saí com uma fã. Estou bem nervoso.
– Entre nisso de cabeça aberta e coração tranquilo. Se for para ser, será. – Melinda orientou. – Não coloque a carroça na frente dos bois e não deixe de fazer as coisas por medo. Se arrisque. A vida é curta demais para que a gente não aproveite.
– Você é uma boa amiga. – Tom constatou, sorrindo fraco para a atriz.
– Eu sei. – Melinda riu. – E você me queria como namorada. Seria uma merda.
– Pare de jogar isso na minha cara. – Tom revirou os olhos.
– Paro. Se você me mostrar o flerte pesado que mencionou. – barganhou e Thomas riu. Entregou o celular para Melinda e seu sorriso se alargou quando a garota soltou um assovio.
– Ela está mesmo na sua. – disse por fim e aquela frase encheu o coração do ator com coragem.
estava mesmo interessada nele. E era um sentimento recíproco. Apesar de terem se falado pouco pessoalmente, Tom mal esperava para poder vê-la. Estava realmente ansioso para aquilo.
Maio de 2019, Califórnia.
Amor à primeira vista. já havia ouvido falar sobre aquilo. E não acreditava nenhum pouco. Quer dizer, era meio ridículo, na opinião dela. Amar alguém tendo visto a pessoa apenas uma vez. Amor era uma coisa séria, não deveria ser interpretado de forma leviana. Amor leva tempo, requer construção, paciência e acima de tudo, reciprocidade. Não existia amor à primeira vista. estava convicta em seus ideais. Mas paixão à primeira vista?
Bom, ela já não podia dizer que tinha a mesma opinião. Principalmente porque a única coisa que estava em sua mente nos últimos dias era Tom Holland e seu sorriso de lábios finos.
estava realmente apaixonada por Tom, ela não poderia negar. E ninguém poderia julgá-la por aquilo. Não tinha como não se apaixonar por Holland. E apesar de aquela constatação lhe deixar tranquila, outra coisa estava tirando seu sono. E se ele não retribuísse os sentimentos dela? Ok, ele não era obrigado a nada, sabia. Mas também sabia que Tom havia acabado de sair de uma desilusão amorosa. E ela entendia de corações partidos – já havia atingido sua cota, obrigada – o suficiente para saber que a última coisa que uma pessoa desiludida com o amor queria, era uma nova paixão. Não se curava uma paixão com outra, porque sempre existia um muro de proteção em torno da pessoa machucada. Ninguém se deixava encantar tão facilmente após tomar um pé na bunda. E ter noção daquilo deixava em um desespero morno. Sofrer por paixão nunca era legal. Mesmo quando o objeto de afeto era Tom Holland.
Suspirou, se jogando na cama e buscando conforto em memes no Twitter para tentar abafar a ansiedade que tomava conta de si. Tinha mais um encontro com Tom no dia seguinte, mas eles não se falavam desde a noite anterior. E uma vozinha chata em sua cabeça ficava repetindo que talvez Holland não estivesse tão interessado. Talvez ele tenha conseguido o que queria e perdido a vontade. Ela não havia sido exatamente difícil. Havia o beijado no primeiro encontro e acabado com toda a magia da conquista. Mas realmente, não era o tipo de pessoa que acreditava que enrolar alguém por um mês fazia a pessoa se interessar por outra. E se Tom tivesse perdido o interesse porque haviam se beijado no primeiro encontro, então ele era um belo de um babaca. Mas não acreditava naqueles pensamentos. O Tom que ela conhecia através das redes sociais e o que havia conhecido na tarde em que saíram era uma pessoa completamente diferente. Uma pessoa muito ocupada, mas gentil e adorável. Tom não seria capaz de ser um babaca, nem se ele quisesse ou tentasse muito. E talvez pudesse se decepcionar, mas acreditava que ele era uma boa pessoa.
– Essa sua cara de triste está me dando vontade de morrer. – murmurou ao entrar no quarto da amiga, se jogando na cama ao lado dela. mostrou um meme na tela do celular e o rapaz gargalhou, logo voltando a ficar sério e encarando a amiga com os olhos semicerrados. – Você está voltando para o poço, não está? – questionou.
Quem via poderia julgar a vida da garota como perfeita. Tinha uma família estruturada, que a apoiavam em tudo – mesmo que ainda não soubessem que ela havia trancado a faculdade -, financeiramente estabilizada e socialmente bem vista pela sociedade inglesa. Eles não eram ricos, mas tinham algum dinheiro. E mesmo que não morasse mais em Londres, e sim na Califórnia com sua avó e seu melhor amigo, ainda usufruía dos privilégios que sua família provinha. Mas isso não era o suficiente para tornar a garota um exemplo de pessoa perfeita. Muito pelo contrário, já que ela lutava contra a depressão há alguns anos. Ela estava em tratamento constante, mas havia melhorado muito. Ainda tinha dias ruins, não poderia negar. Mas na maior parte do tempo, estava bem. E aquilo era uma vitória, principalmente porque havia tentado se matar mais de uma vez. Não ter mais pensamentos homicidas era a maior alegria de sua vida.
– Não, . – suspirou. – Só tendo alguns pensamentos ruins.
– Eles são o pontapé para te deixar mal e eu odeio isso. – falou, puxando a amiga para um abraço. – Você precisa se lembrar que é incrível. Você é linda e suficiente. Tem um dom maravilhoso para dançar e sabe se comunicar como ninguém. E se ele não te mandar mensagem nunca mais, é um idiota. E você merece o mundo inteiro e não um idiota. – finalizou e se aconchegou mais nos braços do melhor amigo.
– Se você não fosse gay, eu casaria com você. – ela falou, fazendo-o rir alto.
– Se você fosse um homem, eu casaria com você. Adoro ser gay, não acabe com a minha felicidade. – deu de língua para a garota. – Você vai para Londres com a sua avó no mês que vem? – questionou, mudando de assunto. – Sabe que precisa conversar com os seus pais sobre a faculdade.
– Eu sei e vou para Londres. – assentiu. – Se eu não voltar, eles provavelmente me mataram. Ou me enviaram para o hospício.
– Seus pais são legais. Não seja dramática. – revirou os olhos.
– Você diz isso porque não é filho deles. – retrucou e estava prestes a iniciar uma discussão a respeito de sua família problemática quando o celular da garota apitou e uma nova notificação de mensagem apareceu na tela.
Tom Holland
Hey, desculpe pelo sumiço
Mas as coisas estão corridas por aqui
Vou te ver amanhã?
Pensei em você todos os dias 😆
trocou um olhar com por alguns instantes, ambos chocados demais para fazer qualquer coisa que não fosse se encarar. Até começarem a gritar e pular na cama em comemoração. Afinal, não eram todos os dias que Tom Holland passava pensando em .
Maio de 2019, Califórnia.
Tom estava nervoso. E ele nem tinha motivos para aquilo, tinha? Ele já havia ido em encontros antes. Havia até mesmo dado o beijo do Homem-Aranha em sua ex namorada, e aquele era o máximo de vergonha que poderia passar em um relacionamento. Havia até mesmo se envolvido com Melinda Breslin e transado tanto que ficava até envergonhado de lembrar. Então por que diabos sentia suas mãos suarem? Era um encontro. Já havia feito aquilo antes. Não com , ele sabia. E ali estava o motivo de seu nervosismo. e seu riso escandaloso. e seu sorriso com os dois dentes da frente um pouco maiores, algo que Tom achava extremamente fofo. e seus cabelos cheirosos, que estavam sempre uma bagunça por serem finos demais. e suas roupas esquisitas e seu vício pela Marvel. e sua tagarelice, suas bochechas coradas e sua sinceridade ao se entregar para a possibilidade daquele relacionamento entre eles existir de verdade. sendo .
– Tom, respira. – Harry orientou, tentando não rir do desespero nítido do irmão. Havia acabado de irromper no quarto do Holland mais velho, usando a porta para se escorar, os braços cruzados na frente do corpo. Tom estava na frente do espelho, encarando a camisa bege e as calças jeans com indecisão. Colocaria uma jaqueta por cima, mas ainda não sentia que era o suficiente.
– Estou respirando. – retrucou.
– É só um jantar. Vocês não estão indo casar. – finalmente riu e Tom revirou os olhos para ele.
– Faz tempo que eu não tenho um encontro que não acaba em sexo. – retrucou. – Não sei o que esperar.
– Esse também pode acabar em sexo. – Harry deu de ombros. – Se você não for um bundão.
– Dá um tempo Harry. – estirou o dedo educado para ele.
– Vou ligar para o Harrison. Quem sabe ele não te acalma. – Harry riu e Tom nem teve tempo de xingar o irmão, já que Harry logo estava com Harrison na tela do celular em uma chamada de vídeo pelo FaceTime. Tom os ignorou, focando sua atenção em arrumar o cabelo.
– E ele está com medo? – ouviu Harrison questionar e bufou em irritação. Seu irmão e seu melhor amigo eram um porre.
– É por isso que prefiro o Sam. – resmungou, alto o suficiente para que os dois ouvissem.
– Agora vocês poderão sair em encontros de casais. Por isso você prefere o Sam. – Harry retrucou.
– Para isso acontecer o Tom precisa pedir a garota em namoro. – Harrison lembrou. – Mas ele é bundão demais para isso. – lembrou e os dois riram. Tom se virou para eles, nada satisfeito com a situação.
– Vocês são uns idiotas. – reclamou. – E não estão ajudando em nada. Então sumam. – acenou com a mão, indicando a porta.
– Mas você nos ama. – Harrison disse por fim.
– A gente não se conhece o suficiente para namorar. – Tom comentou. – Estamos saindo faz uma semana.
– É por isso que as pessoas namoram, cabeção. – Harrison revirou os olhos. – Para se conhecerem.
– É cedo demais. – Tom persistiu.
– Você não gosta dela? – Osterfield questionou, com seriedade.
– Claro que gosto. – Tom bufou. – Gosto bastante e quero passar mais tempo com ela, para gostar ainda mais.
– Ele está completamente apaixonado e não quer assumir. – Harry murmurou. – Passa o dia conversando com ela pelo celular e rindo como um idiota.
– Vou comprar uma passagem e te mandar para a Inglaterra hoje mesmo. – Tom chiou, fazendo o irmão rir.
– Estou falando a verdade. – o mais novo deu de ombros.
– Não vejo motivos para você não tentar fazer isso dar certo de verdade, Tom. – Harrison murmurou. – Ela parece uma garota legal. E gosta de você. E você dela. A matemática é simples.
– Você gosta da Zendaya e ela também gosta de você. – Tom lembrou. – A matemática não foi simples nesse caso, foi? – debochou. Harrison mandou a merda.
– São situações completam diferentes e você sabe disso. – bufou. – Ela tem projetos aí e eu tenho projetos aqui. Não daria certo. – suspirou.
– Eu tenho muitos projetos também. – Tom lembrou. – E tem endereço fixo em Los Angeles.
– Você também. – Harry lembrou.
– Mas não estou sempre aqui. – retrucou. – Seria desgastante para nós dois. E as pessoas seriam terríveis com ela, como são comigo. – murmurou, deixando os ombros caírem em desânimo. Tinha tanto para dar errado naquela história que Thomas nem gostava de pensar no assunto.
– Shawn Mendes viaja durante quase todo o ano e namora uma garota comum. – Harrison comentou. – E ela também era fã dele. E estão juntos há quase dois anos. – o sorriso vitorioso no rosto de Harrison fez Tom revirar os olhos.
– E você viaja bem menos que o Mendes. – Harry completou.
– Vocês querem marcar meu casamento com também? – debochou.
– Se antes a pedir em namoro, podemos marcar. – Harrison retrucou. – Não vai ser a mesma coisa que foi com Melinda. E não vai terminar como terminou seu último relacionamento. Tenha um pouco de esperança e tente ser feliz de verdade, ao invés de se sabotar. – aconselhou. Tom encarou o melhor amigo, soltando um suspiro em seguida.
– Por que mesmo você pediu demissão? – indagou, fazendo o outro rir.
– Para você aprender a fazer as coisas sozinho, bundão. – implicou.
– As princesas vão chorar? – Harry debochou e Tom e Harrison o mandaram a merda no mesmo instante, rindo em seguida. Sentiam falta um do outro, mas sabiam que sempre poderiam contar com aquela amizade a qualquer momento.
Maio de 2019, Califórnia.
andava de um lado para o outro do quarto, o celular na orelha e o dedão na boca, enquanto ela revirava os olhos e tentava não roer a unha. Sua mãe estava em um monólogo sobre o quanto ela estava preocupada por estar se relacionando com um ator famoso e dando bronca por não ter lhe contado que estava namorando o Homem-Aranha, já que ela descobrira graças a umas fotos vazadas em alguns sites de fofoca onde e Tom se beijavam na Disneylândia.
Mesmo que já tivesse lhe dito que não estava namorando Tom Holland.
Tudo bem, talvez ela estivesse namorando Tom. Eles haviam decidido por não rotular o relacionamento tão subitamente, mas também estavam de acordo que aquilo entre eles não era apenas uma ficada sem compromisso. Eles realmente se gostavam e queriam levar aqueles encontros adiante para continuarem se conhecendo e aprendendo a se gostar ainda mais. Quem sabe não acabassem completamente apaixonados? No caso de , ela já estava. Tom ainda não, pelo que ela deduzia. Mas apenas o fato de ele ter vontade e disposição para se apaixonar novamente a enchia de esperanças de um futuro onde eles iriam compartilhar seus sonhos e montar planos juntos. E para a apaixonada, aquilo bastava.
– Mãe, por favor, dá um tempo. – a garota suspirou.
– “, que educação é essa?” – Loren questionou, a voz saindo mais fina que o normal.
– Nem a vovó fez todo esse fiasco quando eu contei sobre Tom. – murmurou. – E ela tem 76 anos.
– “Eu descobri o namoro da minha filha pela internet.” – a mais velha retrucou. – “Eu deveria estar tranquila, sendo que tem pessoas te xingando das piores coisas possíveis, sabendo do seu quadro de saúde mental?”
– Eu não disse isso. – a youtuber disse em tom de desculpas, interrompendo a andança pelo quarto e sentando-se na cama. – Sei que está preocupada, mas eu juro que estou bem. As pessoas já me xingavam de qualquer forma. – tentou aliviar a tensão.
– “Não dessa forma e você sabe disso, .” – Loren suspirou. – “Você tem certeza do que está fazendo? Gosta mesmo desse garoto?”
– Eu gosto, mãe. – sorriu. – Gosto de verdade. E ele gosta de mim também. Estamos passando momentos ótimos juntos e eu estou feliz. – ouviu a mulher suspirar do outro lado da linha. Voltou a morder a ponta do dedo no mesmo instante em que invadia seu quarto, o sorriso quase rasgando seu rosto e algo que pareciam ingressos sendo sacudidos por sua mão direita. A garota franziu o cenho para ele e pediu um instante, erguendo o dedo indicador para o amigo. – Mãe, nos falamos depois. está em crise aqui. – torceu os lábios. Loren riu.
– “Certo, me ligue mais tarde. Beijo, eu te amo filha.” – sorriu.
– Eu também te amo, mãe. Tchau. – e desligou a chamada, largando o celular na cama e então arqueando as sobrancelhas para o melhor amigo. – O que foi?
pulou sem sair do lugar, entrando em um surto histérico que ainda não entendia. A garota gritou o nome do amigo e só então entregou os tais ingressos para ela. franziu o cenho e quando se deu conta do que tinha em mãos, seu queixo caiu e os olhos foram arregalados.
– Você está de brincadeira. – ela decidiu, desacreditada.
– NÃO! – gritou. – SHAWN MENDES VAI FAZER UM SHOW PRIVADO E EU TENHO INGRESSOS!
– COMO? – gritou em retorno, já em pé na frente do amigo enquanto seu corpo todo tremia. Shawn era seu cantor favorito e ela nunca tinha o visto cantar ao vivo. Aquela era uma oportunidade incrível e ela mal podia acreditar que era verdade.
– MEU CRUSH NOVA IORQUINO! – gritou. – Ele sabe que eu amo o Mendes. O pai dele trabalha na Verizon Up e então a mágica aconteceu. – sorriu de orelha a orelha e logo ambos estavam gritando e pulando em comemoração.
– Eu não estou acreditando! – a garota murmurou, após parar de gritar. Se jogou na cama, sem conseguir conter seu sorriso largo. se apoiou nos joelhos da amiga, respirando fundo a fim de tentar se acalmar.
– E você nem imagina a melhor parte. – ele arqueou as sobrancelhas.
– A melhor parte não seria o Shawn? – franziu o cenho.
– Você vai poder levar seu ainda-não-namorado, porque eu recebi três ingressos. – estalou um beijo para a garota.
– Espera, você quer que eu convide o Tom? – ela fez uma careta.
– Ué, por que não? – o garoto questionou.
– Não sei. Viajar juntos. – deu de ombros. – Parece íntimo demais.
– E é. – sorriu largo. – E uma oportunidade maravilhosa para vocês, finalmente, transarem.
– ! – revirou os olhos, empurrando o amigo para longe.
– Pobre desse garoto, deve viver de punheta. – montou uma expressão triste. gargalhou alto.
– Você é impossível. – ela torceu os lábios. Devolveu os ingressos para e o garoto os guardou no bolso, caminhando para fora do quarto em seguida. Parou na porta e se virou para . – Arrume as malas, viajamos amanhã. – estalou os lábios. – Eu já comprei a passagem do seu ainda-não-namorado, a propósito. – sorriu, finalmente se retirando do quarto. Insegura, buscou o celular na cama e então acessou o aplicativo do WhatsApp, abrindo a conversa com Tom e imediatamente fazendo o convite, antes de sua coragem desaparecer.
O que você acha de passar dois dias em Nova Iorque?
Esse capítulo contém crossover com Nobody Like You.
Maio de 2019, Nova Iorque.
Tom estava rindo de . A garota estava tremendo em pura expectativa, torcendo seus dedos e murmurando coisas sem sentido, enquanto gravava Stories e zombava da amiga. Seu acompanhante, Julian, era um cara mais retraído e apenas observava a situação com um meio sorriso.
– , é sério, se você morrer de ataque no coração, eu te deixo morta aí no chão e só te levo para o hospital depois que o show acabar. – falou, em um tom de voz sério. o encarou boquiaberta.
– Você é um amigo horrível, ! – declarou. – Me apoia!
– Eu te apoio, desde que não morra. – garantiu e a garota o ignorou, virando o rosto em direção a Tom.
– Eu te levo para o hospital imediatamente. – ele garantiu e ela sorriu para ele, que abriu os braços e a envolveu em um abraço apertado.
– Fofos. – Julian murmurou.
– Até demais. – concluiu. – Vamos pegar algo para beber. – apontou para o bar e com o aceno de cabeça de , ambos os garotos sumiram de duas vistas. Tom franziu o cenho em confusão, sacudindo a garrafa de água que ele carregava.
– É apenas uma desculpa. – estalou os lábios. – Eles estão nesse vai e vem há meses. – explicou. – E quando se veem, não se desgrudam por nada. No sentido literal da palavra. – riu e Thomas acenou em compreensão.
– Entendi. – também riu. descansou a cabeça no peito dele e soltou um suspiro baixinho. Holland sorriu para si mesmo e passou a acariciar a cintura dela no meio do abraço. – Nervosa?
– Demais. – assentiu. – Eu nunca fui a um show dele. Sempre tinha alguma coisa para dar errado. Por isso e eu decidimos vir até Nova Iorque, porque não temos certeza se vamos ter chance de ir ao show dele na Califórnia quando ele voltar para a turnê.
– Por que não poderiam ir? – questionou.
– Somos azarados. É capaz de eu quebrar a perna ou sofrer um acidente. – suspirou, fazendo o ator rir.
– Com essa negatividade, eu não duvido. – comentou e riu junto dele.
– Eu sei, preciso ser mais positiva e tal, mas é realmente complicado porque…
– … Tom Holland! – uma voz murmurou às suas costas e ambos se viraram imediatamente. Estavam ao fundo do Hammerstein Ballroom, e supostamente, toda atenção das pessoas a sua volta deveria estar focada no palco, já que Shawn Mendes subiria para performar em menos de meia hora. Duas garotas os encaravam, uma mais perplexa do que a outra. A loira apontava para o ator com a boca levemente aberta em surpresa, enquanto a outra, mais baixa e de cabelos escuros, tinha os olhos arregalados e parecia nem respirar.
Tom não disse nada em um primeiro momento e quando estava prestes a comentar alguma coisa, se libertou do abraço que mantinham enquanto soltava gritinhos animados. O ator franziu o cenho para ela, sem entender o que estava acontecendo.
– Maria Eduarda Alves! – exclamou, em uma pronuncia perfeita da qual Holland entendeu pouquíssimo. Que nome era aquele?
– Becca, é o Tom! – a morena murmurou, agarrando o braço da loira, enquanto ainda mantinha os olhos arregalados. – E ele está mesmo namorando. – comentou, focando então a atenção em e abrindo um sorriso largo. – Eu amo seu canal e surtei quando soube que vocês estavam juntos! – exclamou, sorrindo largo.
– Esse foi, definitivamente, o único benefício que o Shawn me trouxe em dois anos. – a loira comentou para ninguém em especial, sem desviar o olhar de Tom. – A gente realmente te ama. – falou para ele, que abriu um pequeno sorriso em agradecimento.
– Eu não sabia que você acompanhava meu canal. – murmurou para a morena, cujo nome parecia impronunciável para Holland. Se voltou para o ator com um sorriso largo. – Essa é a Maria Eduarda, namorada do Shawn. Eu te falei sobre eles. – arqueou as sobrancelhas.
– Eu lembro. – Thomas garantiu e sorriu largo. Ele estendeu a mão para Maria Eduarda, que encarou o cumprimento de olhos arregalados.
– Tom Holland quer apertar a minha mão. – ela sussurrou, parecendo estar em um surto pessoal.
– Aperta a mão dele! – Becca, a loira, incentivou. Tom arqueou as sobrancelhas para elas, completamente desacredito na situação que vivia. – Agora ele pensa que somos loucas. Ótimo. – revirou os olhos.
– Eu também fui esquisita quando conheci ele. – garantiu. Maria Eduarda finalmente apertou a mão de Tom, que então cumprimentou Becca, deixando-as livres para conversar com .
– Eu assisti seu vídeo. – Maria Eduarda falou. – Eu realmente não sei como você teve coragem. – riu e a acompanhou. Tom observava a cena com atenção. Fãs eram realmente pessoas únicas.
– Eu estava fora de mim, acredite.
– Acredito. Eu fiz a mesma coisa quando ofertei meu número para o Shawn. – falou.
– Eu realmente te adoro. E sou muito fã do Shawn. – comentou. – Não sabia que você me conhecia.
– Eu sou inscrita no seu canal tem meses. – Madu garantiu. – Você é a melhor fonte sobre o MCU e eu sou uma fã entusiasmada. – sorriu. Levou dois segundos para puxar duas credenciais do bolso da calça e as entregou para , ainda sorrindo largo. – Eu estou tentando agir normalmente, mas queria tietar o Tom um pouquinho, então vamos fazer um acordo: vocês vão até o backstage no final do show e você tieta o Shawn, enquanto eu tento arrancar um spoiler de Far from Home. – riu.
– Fechado. – assentiu. Sorriu para Tom quando murmurou: – Ele abre a boca fácil, você nem vai ter trabalho. – garantiu e Thomas estirou a língua para ela. Maria Eduarda e Becca sumiram instantes depois, já que Shawn logo estaria no palco e pelas câmeras que carregavam, elas seriam as fotografas. imediatamente se virou para Tom, balançando as credenciais enquanto o largo sorriso tomava conta de sua boca.
– Fãs são engraçados. – ele comentou.
– Quando eu vir o Shawn, me segura. – ela pediu. – Porque eu vou ter um derrame.
– Homem-Aranha a postos para salvar sua garota. – Thomas sorriu e buscou um novo abraço apertado, para logo depois beijá-lo com entusiasmo.
Esse capítulo contém cenas de sexo explícito, recomendado para maiores de 18 anos. Se não gosta desse tipo de leitura, é só passar para o próximo capítulo.
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soltou um resmungo satisfeito quando acordou na manhã do dia seguinte. Havia chegado ao limite da exaustão após o show, e depois de comer a pizza e aproveitar da massagem maravilhosa que Tom fizera em suas costas, a garota caiu na cama, puxou Holland para perto e adormeceu instantes depois, ouvindo o barulho da respiração do ator e sentindo o peito dele se mover conforme ele respirava. Coçou os olhos e então abriu as pálpebras, dando de cara com a cama vazia. As cortinas do quarto ainda estavam fechadas e um bilhete jazia na mesa de cabeceira. se esticou e pegou o pequeno pedaço de papel, sorrindo largo ao ler a frase escrita pelo ator.
“Fui comprar algo para o café. Espero voltar antes de você precisar ler isso. Beijo”
Pulou para fora da cama e então se moveu em direção ao banheiro, apenas com sua toalha em mãos. Não demorou no banho, mesmo tendo lavado os longos cabelos, e logo estava de volta ao quarto. Se inclinou em direção a mala, sem dar-se conta da entrada de Holland no quarto. Ele usava roupas comuns – camiseta e moletom – e trazia uma sacola da Starbucks consigo. E mesmo que Tom se reprovasse pelos pensamentos pervertidos imediatos ao colocar os olhos em naquela posição, ele não poderia evitar que seu sangue corresse para o lado contrário de seu cérebro. Afinal, não transava a meses e conseguia despertar nele, coisas que jamais havia sentido. Queria transar com ela com a mesma intensidade que queria maratonar a segunda temporada de Marvel’s Runaways, comendo pipoca e com um cobertor pesado os cobrindo. Suspirou, deixando a sacola em cada poltrona e sentando-se na cama, se dando alguns segundos para apreciar o corpo da garota, coberto apenas pela toalha, enquanto ela murmurava Lost In Japan e balançava os quadris minimamente.
– Sabe, é quase um pecado você fazer isso comigo. – Tom disse por fim, fazendo pular pelo susto, o que o fez abrir um sorriso involuntário.
– Tom! – ela corou levemente, mas não correu para procurar uma roupa para vestir. E aquilo era bom, já que demonstrava que eles tinham intimidade o suficiente para não se envergonhar de seus corpos. Não que qualquer um deles tivesse motivos para vergonha – ou qualquer pessoa no mundo, já que corpos eram lindos em suas particularidades -, mas era bom saber que estavam naquele estágio. – Bom dia. – sorriu para ele, se aproximando e selando seus lábios. Holland resmungou em insatisfação.
– Bom dia. – ele desejou. – Mas seria ainda melhor se você parasse de me torturar. – suspirou alto. franziu o cenho em confusão.
– O que?
Tom não desviou o olhar do rosto da garota quando mordeu o lábio inferior e suspirou, causando um turbilhão de emoções em . A quentura de seu corpo em nada tinha relação com o banho quente que havia tomado minutos antes. – Eu tinha alguns planos para ontem. – ele murmurou. Entrelaçou seus dedos aos de , se colocando em pé e parando em frente a ela, seus corpos quase colados. prendeu a respiração. – Pizza, vinho, massagem… – suspirou novamente. – Dormir com você foi uma delícia, mas se você continuar andando de toalha por aí, eu não sei se aguento mais uma noite apenas dormindo ao seu lado. – confessou e soltou a respiração que prendia apenas para suspirar alto. Tom iria acabar com toda sua sanidade, ela sabia.
– De inocente você só tem a cara, não é? – ela riu em puro nervosismo. Thomas deu de ombros.
– A culpa é sua e dessa toalha minúscula.
– Então só temos uma opção. – estalou os lábios. – Nos livrar dessa toalha maldita. – e sorriu maliciosamente, deixando a toalha cair e exibindo seu corpo nu para Tom. Ele respirou fundo, engolindo em seco e puxando o corpo da garota para ainda mais perto do seu, segurando em sua cintura e causando atrito entre o bico dos seios dela e seu peitoral coberto pela camiseta. Ambos suspiraram e envolveu o pescoço do ator com os braços, aproximando seus rostos e beijando a ponta do nariz dele, enquanto brincava com os cachinhos em seus cabelos.
– Vamos mesmo transar? – Tom questionou, recebendo um aceno positivo de cabeça. beijou seu queixo, descendo os lábios para o pescoço do ator e usando os dentes para acabar um pouco mais com o autocontrole de Holland.
– Uhum. – estalou um beijo na nuca dele. Thomas desceu as mãos da cintura da garota para sua bunda, deixando alguns apertões e arrancando outro suspiro de . – E você está usando roupas demais. – sorriu, descendo os braços e segurando a barra da camiseta do ator, logo puxando a peça para fora do corpo dele e jogando em qualquer parte do quarto.
– Tem razão. – assentiu, deixando um último aperto na bunda da garota e abaixando a calça de moletom no instante seguinte, junto da cueca, exibindo sua nudez, enquanto observava cada gesto do ator e sentia suas pernas tremerem. Ele era completamente gostoso, praticamente um pecado. E ela queimaria no inferno com gosto se isso fosse necessário para tê-lo entre suas pernas.
empurrou Tom para a cama e ele caiu de costas no colchão, se movendo para cima enquanto a garota engatinhava em sua direção. Sentou em seu quadril, a bunda roçando em seu pau, enquanto trilhava com as unhas o caminho da barriga de Tom até os ombros. Tom voltou a espalmar a bunda dela com as mãos, apertando sua carne e recebendo mais um suspiro em resposta. aproximou seus lábios dos de Thomas, iniciando um beijo intenso, enquanto suas mãos se mantinham nos ombros do rapaz e seus seios roçavam contra o peito dele, arrepiando os pelos de sua nuca pela excitação que aquele ato lhe causavam. Rebolou minimamente quando Tom chupou sua língua, apenas para provocá-lo e recebeu um beliscão na nádega direita, findando o beijo com uma mordida no lábio inferior de Holland. Olhou nos olhos do ator com intensidade antes de beijá-lo no queixo, descendo os lábios e os beijos pelo pescoço de Tom, então para os ombros e por fim, para o peitoral do rapaz.
Não deixava de mover os quadris, friccionando sua boceta contra a barriga de Tom, enquanto sua bunda provocava a ereção já latejante do ator. trilhou um caminho de beijos pelo peito de Holland, unhando as unhas como complemento e descendo a língua pelo corpo dele e arrancando suspiros de Tom. Deixou algumas mordidas abaixo do umbigo do ator, sorrindo de forma maliciosa antes de se colocar de joelhos no chão e aproximar o rosto do pau dele. segurou a base do pênis com a destra – usando o pré gozo do ator para lubrificar toda sua extensão – e com a canhota, buscou apoio na cama para não perder o equilíbrio enquanto descia a boca pelo pau de Holland sem aviso prévio. Thomas gemeu alto, jogando a cabeça para trás e suspirando com força quando sentiu os lábios de subindo e então engolindo novamente seu cacete, tornando praticamente impossível não gemer alto quando a garota continuou a chupá-lo o máximo que podia e usando a ponta da língua para brincar com a cabecinha e dificultar ainda mais o ato de respirar. o chupava com vontade, engolindo o suficiente para Tom sentir o início da garganta dela contra a cabeça de seu cacete, enquanto a outra mão dela passava a brincar com suas bolas. Respirou fundo e abandonou o lençol que ele segurava, sentando na cama e segurando os cabelos de em um bolo, ditando os movimentos da boca dela e movendo os quadris para cima minimamente.
– Isso. – suspirou, metendo na boca da garota duas vezes seguidas, voltando a deixá-la com a determinação do ritmo das chupadas e grunhindo alto quando usou os dentes levemente contra seu pau. Holland pulsava em sua boca, o pau sensível pela necessidade de gozar que o ator reprimia para não estragar a brincadeira tão cedo. usou a língua para novamente provocar a cabecinha do pau dele e então afastou sua boca, sorrindo largo quando Tom lhe puxou para um beijo intenso e completamente delicioso. A língua dele explorava cada cantinho de sua boca, brincando com a sua língua de uma maneira atrevida que fazia imaginar aqueles mesmos movimentos contra seu clitóris. Facilmente poderia ser sua definição de paraíso.
Tom a jogou na cama, subindo para cima de seu corpo sem romper o beijo. Já estava sem ar, então desceu a boca para o pescoço e seios de , tomando o esquerdo na boca e sugando o mamilo com um pouquinho mais de força. gemeu, movendo as mãos diretamente para os cabelos do ator e os puxando conforme a língua de Holland brincava com seu mamilo. Ele chupava, mordia e beijava o bico de seu seio com precisão, encharcando sua boceta a cada girar de língua contra seu mamilo. Moveu a boca para o outro seio e repetiu as carícias, arrancando mais gemidos de e recebendo mais puxões de cabelo prazerosos. Thomas desceu as mãos que repousavam na cintura de para suas coxas, apertando sua carne e então movendo a destra para o meio das pernas da garota, alcançando sua boceta e usando o dedo indicador para bolinar seu clitóris, sem romper as carícias no seio da garota nem por um instante. mordeu o lábio inferior mas não conseguiu conter o gemido alto quando sentiu o dedo de Tom provocar sua entrada, movendo os quadris para cima em busca daquele contato que lhe causaria gritos de prazer. Tom finalmente abandonou seu mamilo e desceu os beijos para o estômago da garota, mordendo sua pele levemente e lhe arrancando suspiros conforme seus lábios desciam em direção ao seu ventre. Os olhares fixos um no outro, tornando o momento ainda mais intenso para ambos.
ergueu as pernas para cima, flexionando os joelhos e apoiando os pés no colchão, afastando uma coxa da outra e dando espaço para Tom se posicionar e lamber sua boceta de cima abaixo, causando um arrepio em sua nuca. A garota gemeu com a segunda lambida, fechando as mãos em punhos e mordendo o lábio inferior quando Holland usou a ponta da língua para acariciar seu clitóris e segurou suas coxas com as mãos, para mantê-la aberta e exposta para si. teve a certeza de que iria gritar quando o ator sugou seu clitóris e voltou a acariciar seu ponto de prazer com a língua, como se a estivesse beijando. Moveu os quadris para cima, buscando mais contato com a boca de Thomas e recebendo uma chupada um pouco mais forte, mas tão gostosa quanto as outras. Gemeu mais alto e fechou os olhos, apertando o lençol contra seus dedos e continuando a mover o quadril contra a boca de Tom, que sugava seu clitóris com precisão e alternava os chupões com carícias que incluíam toda a boceta da garota, usando os dentes para lhe provocar e lhe causar mais prazer.
– Mais. – conseguiu gemer, respirando fundo e voltando a morder seu lábio inferior. Tom soltou a coxa esquerda da garota e moveu os dedos para a entrada dela, metendo dois c facilidade, já que estava pingando de tesão. – Isso Tom. – gemeu novamente. – Agora me fode, por favor. – resmungou e mal teve tempo de respirar fundo e Tom estava movendo os dedos para fora e novamente para dentro de sua boceta, sem interromper o trabalho de sua língua no clitóris da garota. não demorou a gozar, ambos os estímulos sendo demais para seu corpo aguentar sem um alívio gritado contra o colchão. Seu corpo amoleceu na cama, mas a boca de Tom sob sua pele não deixou que a garota se desse por satisfeita. Ele se afastou por tempo o suficiente para pegar uma camisinha no criado mudo e desenrolar o objeto em seu cacete, logo tendo as mãos de em seus cabelos cacheados, puxando seus fios e o trazendo novamente em direção aos lábios dela.
Tom lhe beijou a barriga, as costelas, os seios, os ombros, o pescoço e o queixo. Grudou suas bocas novamente e se acomodou por entre as pernas da garota, roçando seu pau pulsante contra a boceta de e suspirando em conjunto.
– Como você quer? – Ele questionou, por entre os beijos. Continuava a roçar seu pau contra a intimidade de e a garota precisou de dois segundos para se localizar e formar uma resposta coerente.
– De quatro. – Decidiu, recebendo um sorriso malicioso do ator e então tendo seu corpo virado de bruços. também sorriu, apoiando os joelhos e as mãos na cama e empinando a bunda para cima, enquanto Tom se posicionava às suas costas. Ele apertou sua bunda, enquanto provocava sua entrada com a cabecinha do pau. gemeu, rebolando contra a pélvis de Thomas e arrancando um suspiro dele. Tom usou a canhota para segurar na cintura de e a destra para posicionar seu cacete na entrada dela, enfiando um pouquinho de cada vez, deixando a garota se acostumar com seu tamanho e grossura. Ela era apertada, mas Tom enfiava com facilidade, já que estava encharcada de tanto tesão por ele. Meteu até o talo, não encontrando dificuldade em acomodar seu pau na boceta de , que gemeu alto de prazer e rebolou, incentivando o ator a mover os quadris para trás e voltar com tudo, em uma penetração intensa e gostoso.
Holland metia fundo e com força, fodendo a garota do jeito que ela queria. gemia, o rosto enfiado contra o colchão, enquanto o pau de Tom entrava e saía de dentro de si, alargando sua entrada e causando uma satisfação que apenas um bom sexo poderia trazer. A cada estocada de Holland, seu tom de voz aumentava e Tom grunhia, seu pau pulsando a cada vez que a boceta de o engolia por completo. Suas bolas batiam contra as coxas dela, enquanto ela rebolava e pedia por mais. Tom segurou os cabelos de em um bolo e abraçou a garota pela cintura, puxando o corpo dela e causando atrito entre a pele das costas de e seu peito. Sugou a pele do pescoço dela, que jogou a cabeça para trás e apoiou as mãos nas coxas de Tom, de forma a se movimentar durante a penetração. Seus corpos colados e suados estavam em uma sincronia invejável, Holland movendo os quadris para cima e metendo na boceta de , que rebolava e sentava no pau dele, cada vez mais fora de si, conforme eles se moviam em conjunto.
– Gostosa. – Holland grunhiu quando rebolou outra vez, sentindo seu cacete a ponto de explodir. Mas não iria gozar sem ela, então usou a destra para voltar a acariciar o clitóris da garota, enquanto sua boca se ocupava com o pescoço dela e seu pau a rasgava naquele sexo completamente intenso e, de alguma forma, natural. Seus corpos encaixavam um no outro como nunca antes e nenhum deles saberia descrever todas as sensações que sentiam durante aquela foda. Era sexo pesado, mas também era apaixonado. Era, definitivamente, foder com amor.
Completamente fora de si, precisou rebolar mais algumas vezes para gozar nos dedos e no pau de Thomas, se derramando contra ele e gemendo alto, o corpo amolecendo enquanto Tom estocava mais algumas vezes e também se derramava na camisinha, a boceta ainda mais apertada de , graças ao orgasmo recente, sendo demais para ele aguentar sem se aliviar. Ambos suspiraram pelo cansaço, se jogando na cama e sorrindo largo enquanto Tom corria para o banheiro e se livrava da camisinha. Voltou para a cama segundos depois, puxando a garota para seus braços e colando suas bocas, sugando seu lábio inferior de forma gostosa e recebendo um gemido como resposta. o encarou, o rosto cansado, mas com um sorriso satisfeito nos lábios.
– Você arruinou meu banho. – Ela acusou.
– Tomamos banho juntos depois. – Tom sorriu.
– Vai ensaboar minhas costas? – questionou, sorrindo maliciosa para o ator.
– Vai empinar essa bunda deliciosa pra mim?
– Vou e você vai me comer de novo. – Ela retrucou, se aconchegando contra o peito dele e suspirando quando Tom a abraçou com força.
– Você nunca vai me ouvir dizer não para esse pedido. – Garantiu.
– Isso é bom. – suspirou. – Porque eu não pretendo sentar em outro pau que não o seu. – Sorriu. – Tipo, para o resto da vida.
E ali estava a reciprocidade, inédita para Tom. Porque ele não apenas queria foder aquela mesma garota pelo resto de seus dias, como queria passar dias e noites jogando conversa fora e aproveitando da alegria que apenas a presença dela lhe proporcionava. Era mesmo sexo com amor. E naquele caso, muito amor. De ambas as partes.
Maio de 2019, ainda na Califórnia.
suspirou, enquanto tamborilava as unhas contra o braço da poltrona do avião. O nervosismo, que não havia dado as caras desde o dia anterior – quando se despediu de Tom no aeroporto para que ele embarcasse para a Inglaterra -, estava tomando conta de sua mente e nem mesmo o calmante parecia ser o suficiente para fazê-la descansar e dormir naquela viagem. Adele, sua avó, estava sentada ao seu lado, tranquilamente lendo um livro de ficção científica, que havia lhe emprestado, e lançou um olhar de canto para a neta, sorrindo fraco em seguida. Sabia que o nervosismo da garota não era por causa do voo – mesmo que ela realmente odiasse voar – e estava ali para apoiar , já que havia sido ideia sua obrigar a garota a contar a verdade aos pais.
– O que foi? Está sentindo-se enjoada? – Questionou, com preocupação.
– Não. – torceu os lábios. – Daqui a pouco o calmante faz efeito. – Deu de ombros.
– Por que seu namorado não veio conosco? Ele não precisava viajar sozinho. – Adele comentou e riu.
– Ele já havia comprado a passagem. – Respondeu simplesmente.
– Oh, você parou de negar que ele é seu namorado. – A mais velha sorriu largo. – Agora você não tem opção, vai ter que me apresentar a ele.
– Eu iria apresentar de qualquer forma, vó. – A youtuber riu. – Minha mãe o intimou a um jantar. – Revirou os olhos.
– E você está nervosa por causa disso?
– Não. Estou nervosa porque ela vai me matar quando eu contar sobre a faculdade e então não existirá um jantar. – Soltou um muxoxo inconformado e Adele riu, revirando os olhos em seguida. – Tom mal começou a namorar e já vai ficar solteiro novamente.
– Com aquela carinha bonita, ele arruma outra namorada logo. – Adele garantiu, recebendo um olhar chocado da neta.
– Vó! – Chiou, fazendo a mais velha rir. revirou os olhos, desacreditada da fala da avó. Queria tanto que sua mãe tivesse puxado a Adele… Sua vida seria infinitamente mais fácil, tinha certeza.
– Pare de bobagem, . Candice vai xingar, vai reclamar e todo o resto, mas não vai te matar. – Falou com seriedade. – Vocês podem ter suas divergências, mas ela é sua mãe, te ama e quer o melhor para você. – Lembrou.
– E na cabeça dela, o melhor para mim, é estar na faculdade fazendo um curso que eu odeio. – Retrucou e Adele revirou os olhos novamente.
– A teimosia vocês tem na mesma medida. – Alfinetou e a garota riu, dando de ombros.
– Ao menos isso prova que eu não sou adotada. – Resmungou.
– E a dramatização você puxou de mim. – A avó sorriu, voltando a atenção para o livro e deixando novamente sozinha com seus pensamentos. Logo o avião iria decolar e ela esperava que o remédio fizesse efeito de uma vez. Para sua surpresa – e lembrança de colocar o aparelho em modo avião – seu celular vibrou, indicando a chegada de uma nova mensagem e pegou o aparelho no bolso do casaco, abrindo um largo sorriso quando o nome de Tom se destacou entre as várias notificações de redes sociais. Desbloqueou o aparelho com a digital e apenas deu-se conta que seu sorriso ainda estava firme em seu rosto quando sua avó começou a cantarolar Is This Love do Whitesnake, apenas para implicar.
– Você deveria agir como adulta, sabia? – estirou a língua para a mais velha, que deu de ombros em seguida.
– Sim, eu sei. E não ligo. – Voltou a ler o livro imediatamente, causando risos na neta. Adele era realmente uma peça rara, uma alma eternamente jovem, mesmo em seus quase 70 anos.
Tom havia lhe mandado uma foto junto de Tessa, com a legenda “estamos ansiosos para a sua chegada” e sentiu seu coração encher de alegria e carinho. Aquele garoto e tudo o que o envolviam deixavam seu coração palpitando como se estivesse em uma corrida e tinha certeza de que nada no mundo se comparava aquele sentimento. Era tão bom estar apaixonada e ter uma relação recíproca que ela nem sabia colocar em palavras.
Tommy ❤
Ela não vai te matar
Pare de pensar assim
Tenho certeza que depois de explicar os seus motivos, ela vai entender completamente
Tommy ❤
Mas eu não estou
Não quero perder a minha garota
Não logo após ela aceitar o meu pedido
Aliás, Harrison não acreditou em mim
Então quando formos jantar amanhã, esfregue isso na cara dele por favor
Tommy ❤
É claro
Harrison está ansioso para te conhecer
Podemos jantar com os seus pais domingo à noite
O que acha?
Tommy ❤
Soa incrível para mim
Com o aviso de que o avião iria decolar em poucos minutos, sorriu triste e avisou Tom que ligaria quando chegasse à Inglaterra. Ele desejou uma boa viagem e então ela colocou o celular em modo avião, cobrindo as orelhas com os headfones e então reclinou a poltrona, finalmente sentindo os efeitos do calmante em seu organismo. Quando acordasse já estaria em Londres.
Maio de 2019, Londres.
Tessa estava segura em seu assento impermeável para cães enquanto Tom dirigia em direção à casa de na manhã ensolarada daquele domingo. Estava nervoso, precisava admitir. Nunca havia apresentado nenhuma namorada para Tessa e por mais adorável e carinhosa que a cachorra fosse, tinha medo que ela não gostasse de , já que costumava ser bastante ciumenta e monopolizava a atenção do ator sempre que ele estava em casa. Até mesmo Nikki, mãe de Tom, recebi alguns rosnados descontentes quando abraçava o filho e Tessa estava por perto. Era adorável, mas também provocava uma leve tensão em Thomas.
– Tessa, – Chamou com cuidado, assim que manobrou o carro e estacionou o veículo em frente à casa de . A staffbull encarou o ator e ele quase riu. Tessa o entendia e ninguém no mundo iria convencê-lo do contrário. – Seja boazinha, ok? – Pediu e a cachorra baixou as orelhas como em um sinal de concordância. – é uma garota incrível e eu gosto muito dela, mas amo você e nunca irei te trocar. – Garantiu e recebeu uma lambida no queixo, o que o fez rir e então pegar o celular no bolso da bermuda, enviando uma mensagem para namorada avisando que a estava esperando em frente à casa.
não demorou dez minutos para bater na janela do carro e ocupar o banco do carona. Sorriu largo e beijou Tom nos lábios. O latido de Tessa se fez presente e a garota riu, se virando para a staffbull com os olhos brilhando em animação. Levou a mão direita até as orelhas de Tessa e logo a cachorra já estava com a cabeça pendendo para o lado, em busca de mais carinho nas orelhas.
– Ela é tão fofa! – grunhiu, pulando para o banco de trás do carro no instante seguinte e puxando Tessa para seu colo, enquanto Tom ria e sacudia a cabeça para os lados, sem acreditar que estivera temeroso de que Tessa não gostasse de . Quem no mundo conseguia não gostar de , de qualquer forma? A garota era simplesmente encantadora. – Você é um amorzinho, vou te roubar para mim! – Afinou a voz ao falar com Tessa, recebendo uma lambida no rosto, o que a fez gargalhar alto.
– Não vai não. – Tom logo se meteu na conversa e revirou os olhos para ele.
– Não me desafie. – Estalou os lábios, voltando a se entreter com Tessa. Holland riu e então deu a partida no carro – após colocar o cinto de segurança e novamente prender Tessa em seu assento especial. – Onde nós vamos, de qualquer forma?
– Aos jardins de Kensington. – Tom comunicou. – Tessa precisa se exercitar um pouco. – Deu de ombros. – E eu trouxe uma cesta de piquenique e uma toalha para aproveitarmos um pouquinho de sol. – Se virou rapidamente para trás e sorriu para .
– Eu vou procurar um concurso de melhor namorado do mundo e vou te inscrever nele. – decidiu, arrancando risadas de Thomas. – Estou falando sério.
– Não tenho dúvidas. – Assentiu com a cabeça. – Já contou para a sua mãe? O ator questionou e observou a careta no rosto da youtuber pelo espelho retrovisor. Tessa estava com a cabeça deitada no ombro de , que aproveitava o momento para tirar algumas fotos.
– Parece que você está ansioso para ficar solteiro. – Chiou, fazendo Tom rir ainda mais.
– De forma nenhuma. – O ator murmurou. – Só acho que contar de uma vez vai tirar um peso das suas costas.
– Vai tirar um peso enquanto minha mãe enfia uma faca. – concordou e Holland revirou os olhos.
– Dramática. – Retrucou.
– De qualquer forma, eu vou contar hoje à tarde. – Suspirou alto. – Minha avó quase deixou escapar no café da manhã hoje e eu sei que ela não vai conseguir guardar o segredo por muito mais tempo. Já faz um ano. – Torceu os lábios.
– Tenho certeza que seus pais vão entender.
– Se fosse qualquer outra coisa, eles entenderiam. – comentou. – Mas é dança. Isso nem é trabalho para eles. – Riu em desgosto. Tom fez uma careta.
– Vou te levar ao Lip Sync Battle. – Prometeu e a garota o olhou com diversão. – E então você vai provar para eles que dançar é um trabalho como qualquer outro. Você só vai amar um pouco mais o que vai pagar as suas contas. – Riu fraco.
– Assim como você e a atuação. – sorriu.
– Que atuação? Eu sou o Homem-Aranha. – Lançou um olhar incrédulo para a youtuber, que soltou uma gargalhada em seguida. Tessa lambeu seu rosto mais uma vez e lançando um último olhar encantado para o namorado, voltou sua atenção para a staffbull.
– Me desculpa por não te dar atenção, princesa. – Murmurou novamente com a voz fina e Tom sorriu largo, o coração cheio de amor naquele instante. – Mas o seu pai é muito fofo e eu não resisto. Eu sei que você me entende. – Falou para a cachorra, lançando um olhar de esguelha para Holland, que abriu um sorriso largo.
E enquanto dirigia, desviava o olhar para o retrovisor apenas para ver e Tessa brincando como se conhecessem uma a outra durante toda a vida. E para Thomas, aquilo era extremamente importante. Tessa era parte de sua família e ser aceita e amada por ela era indispensável. Só esperava que seus pais e seus irmãos – Harry já adorava – sentissem o mesmo pela garota, principalmente porque naquela altura do campeonato, Holland sentia-se incapaz de arrancar o sentimento que nutria por de seu peito. Era um carinho tão puro, um gostar tão natural… Ele simplesmente não sabia explicar. Mas gostava de ter seu coração transbordando por ela. merecia cada partícula do sentimento de Tom por ela.
Tommy ❤
Cadê a minha garota corajosa?
Que flertou comigo na première de Vingadores?
Tommy ❤
Adoro as duas, mas prefiro a corajosa
Tommy ❤
Você poderia dormir aqui em casa hoje
Eu poderia te recompensar por ser corajosa
Tommy ❤
Pagarei com o maior prazer
suspirou alto, bloqueando o celular e guardando o aparelho no bolso dos shorts, como havia dito para Tom que faria. Contou até cinquenta mentalmente, se colocando de pé e então seguindo para a cozinha, no primeiro andar da casa. Adele estava lá, servindo uma fatia de bolo para si e quando percebeu a presença de , sorriu para a neta e fez um gesto para que a mais nova se aproximasse. De braços dados, seguiram para o quintal, onde Loren e Edward tomavam um pouco de sol. A garota tomou fôlego uma última vez antes de sentar na beirada da espreguiçadeira onde seu pai estava deitado e chamar a atenção de ambos seus genitores.
– Oi amor! – Ed sorriu largo. – O que foi? – Franziu o cenho quando a filha lhe abriu um sorriso amarelo.
– Precisamos conversar. – Foi o que ela disse e Loren riu baixinho.
– Não precisa ficar nervosa porque o seu namorado vem jantar em casa hoje. – Sorriu para a filha. – Não vamos assustá-lo.
– Não é sobre isso. – suspirou, procurando pela avó e recebendo um aceno de cabeça como incentivo. – Preciso contar uma coisa para vocês. É algo que eu estou escondendo há um ano e não acho certo continuar fazendo isso. Não contei antes porque não quero decepcionar nenhum de vocês, mas é sobre a minha vida que estamos falando e eu preciso estar bem com as minhas decisões.
Loren sentou-se de forma ereta, enquanto Edward franzia o cenho em direção à filha.
– É sobre a faculdade? – A mais velha indagou e assentiu em concordância. – Nós já sabemos. – Suspirou e a garota ergueu o olhar até a mãe, completamente surpresa e sem palavras.
– Como assim? – Questionou após alguns minutos.
– Nós estávamos pagando. – Edward deu de ombros. – Fomos notificados quando você não apareceu mais nas aulas e também quando trancou o curso.
– E por que vocês não foram até Los Angeles me matar? – Sua pergunta era séria , o que fez Loren e Edward trocarem um olhar e então rirem, deixando completamente confusa e Adele um tanto chocada. Nem ela esperava por aquela reação.
– Estou sentindo que falhei como mãe. – Loren murmurou por fim. – , você acha mesmo que iríamos te matar por causa da faculdade? Nos preocupamos com o seu futuro, mas temos consciência de que a vida é sua e você tem maturidade para tomar suas próprias decisões.
– Eu gostaria que fizesse faculdade e assumisse os negócios da família, mas amor, você quem sabe o que é melhor para a sua vida. – Ed murmurou.
– Certo. – assentiu, meio desconfiada. – Eu tenho certeza que bati a cabeça e estou sonhando. – Ergueu as mãos para cima, arrancando risadas dos pais. – Mas se isso for mesmo real, fico agradecida. – Sorriu com sinceridade. – Assim que eu passar em meu primeiro teste e conseguir um papel em algum musical, vocês vão precisar atravessar o oceano para me ver dançar.
– Iremos com todo o orgulho do mundo. – Ed sorriu e puxou a filha para um abraço e logo Loren estava junto, apertando em seus braços. A garota ainda os encarou por uns cinco minutos, esperando pelas brigas e gritos, e quando nada veio, soltou o ar audivelmente e voltou para seu quarto, após beijar Adele na testa e agradecer pelo apoio. Se jogou na cama, puxando o celular do bolso e então ligando para Tom, que lhe atendeu no segundo toque, fazendo-a sorrir largo ao ouvir o latido de Tessa ao fundo da ligação.
– “Posso confirmar que você não morreu?” – Foi o que o rapaz indagou e soltou um risinho. – “E eu continuo comprometido?”
– Para o seu azar. – Riu. – Acredita que eles foram completamente compreensíveis?
– “Acredito.” – Tom estalou os lábios. – “Você é a única filha deles e eles só querem a sua felicidade.”
– Estou sentindo um pingo de inveja por ser filha única? – A youtuber brincou.
– “Jamais. Paddy é incrível.” – Tom alfinetou os gêmeos sem nem pensar duas vezes, o que causou risos em .
– Pobre Harry. E Sam, que eu ainda não tive o prazer de conhecer.
– “Não está perdendo nada.” – Holland declarou. – “De qualquer forma, terá o infeliz prazer de conhecê-lo amanhã à noite.”
– Sua mãe me intimou para um jantar? – tentou brincar, mas seu coração estava quase saindo pela boca.
– “Na verdade foi Paddy.” – Tom riu. – “Ele acha você parecida com a Bella e quer muito te conhecer.”
– Eu já tenho meu Holland favorito depois da Tessa. – provocou e ouviu o riso debochado de Thomas do outro lado da linha.
– “Nem você acredita nisso, babe.”
respirou fundo, fechou os olhos e reproduziu em seus pensamentos aquele apelido novo. Queria guardar cada pequeno detalhe da sonoridade daquela palavra no fundo de seu coração, tamanho o amor que sentiu quando Tom a chamou por aquele nome. O timbre enrolado e rouco do ator era uma das coisas que ela mais amava no mundo e poderia ouvi-lo chamá-la de babe por toda a eternidade.
– Então eu sou babe agora?
– “Você ainda tem dúvidas?”
– Não. – Estalou os lábios. – Não sobre você.
– “Sobre nós.” – Tom a corrigiu e pensou que iria morrer. De amor, por seu namorado.
Maio de 2019, Londres.
Aquela era uma situação atípica e tinha todo o direito de estar surtando. Ninguém poderia julgá-la por estar colocando papel higiênico nas dobras do joelho, dentro do sutiã e com uma toalha envolta de sua nuca. Estava suando frio e quando a buzina do carro de Tom soou na rua, ela encarou seu reflexo no espelho e contou até dez para evitar gritar e surtar de uma vez por todas. Aspirou fundo, soltando o ar com calma e repetindo o gesto mais algumas vezes, antes de retirar os papéis higiênicos e deixar a toalha no cesto de roupas sujas, seguindo para fora do quarto e descendo as escadas da casa de seus pais com uma tranquilidade que não habitava em sua alma. Thomas estava na sala, conversando com Edward sobre alguma coisa no qual não prestou atenção e logo o olhar de sua avó estava sobre ela. Adele abriu um sorriso encorajador, mas nem aquilo seria capaz de acalmar . Deveria ter tomado o calmante que sua mãe havia sugerido e queria bater em si mesma por ter recusado. Havia acreditado que tudo daria certo. Era burra, não tinha como negar nem para si mesma.
Tom se virou para ela quando a garota desceu o último degrau e o sorriso que quase sumia com os olhos do garoto fez o coração de bater descompassado, causando-lhe um turbilhão de sentimentos que ela não saberia definir direito. Adorava vê-lo sorrir, aquilo era um fato. Ele era tão bonito, mas quando sorria conseguia enxergar o coração dele e aquilo era o suficiente para fazê-la se apaixonar cada vez mais.
– Você está linda. – Holland a elogiou, fazendo-a corar levemente. Usava um vestido floral e os cabelos estavam soltos e bagunçados como de costume. Poderia ter se arrumado um pouco mais, mas seria apenas um brunch com a família de Tom, não havia a necessidade de uma produção muito exagerada.
– Obrigada. – Sorriu em agradecimento e Tom a segurou pela cintura, deixando um beijo em sua testa e sorrindo para ela.
– Nervosa? – Indagou e o sorriso brilhava em seus olhos. bufou.
– Você sabe que sim, Holland. – Chiou. – Estou prestes a vomitar. – Respirou fundo e o ator riu.
– Vai dar tudo certo. – Garantiu. – Você é adorável e eles irão perceber isso sem muito esforço da sua parte. – Beijou-a no rosto e então se virou para a família, acenando em despedida e seguindo com Tom para o carro. Tomou a liberdade de conectar seu celular ao aparelho de som do carro e escolheu Never Be Alone do Shawn Mendes para tocar. Aquela era sua música de conforto e a garota sorriu largo quando Tom entrelaçou seus dedos aos dela.
– Você ainda vai gostar de mim, mesmo se seus pais me odiarem? – questionou e o ator soltou uma risadinha fraca. Se inclinou para ela e beijou-lhe nos lábios, do jeito que fazia as pernas de bambearem. O beijo de Tom tinha gosto de menta e simplesmente adorava aquilo. Segurou a nuca dele e logo suas mãos estavam brincando com os fios de cabelo do ator, enquanto o beijo persistia até ficarem sem fôlego. Thomas sorriu, ainda de olhos fechados e a testa colada à da namorada, enquanto puxava o ar com força para os pulmões.
– Eu ainda serei completamente apaixonado por você, mesmo se meus pais te odiarem. – Sussurrou. – Mas isso não vai acontecer, porque eu estou feliz com você e isso é tudo o que eles mais querem para mim.
assentiu em concordância, escondendo o rosto contra a curva do pescoço do ator em seguida. – Estou com medo.
– Eu sei. – Holland falou. – E estou aqui com você. – Beijou o topo da cabeça dela para reforçar sua fala. E aquilo acalmou o coração de parcialmente.
Quinze minutos mais tarde e Tom estava estacionando o carro em frente à casa que supunha ser de sua família. Era normal como qualquer outra casa na Inglaterra e aquilo acalmou a garota um pouco mais. Se encontrasse uma mansão, provavelmente iria se sentir desconfortável e deslocada da vida de Tom, como nunca havia se sentido até então. Ele era um ator mundialmente conhecido – e provavelmente quase milionário -, mas para ela era apenas Tom. Seu Tom. Não encontrava diferenças gritantes em seus estilos de vida e aquilo era bom, já que diminuía a distância social que não deveria existir entre eles.
Tom entrelaçou seus dedos aos de quando desceram do carro e a guiou para dentro da casa, apontando para os quadros no hall de entrada e contando um pouco mais sobre sua infância naquela casa. , cada vez mais encantada, absorvia cada palavra do ator com atenção e sentiu seu coração quase sair pela boca quando deu de cara com Nikki Holland na sala de estar. Engoliu em seco e apertou os dedos nos de Tom, causando um riso no namorado. lhe lançou um olhar feio e Holland engoliu a risada, tomando a frente para as apresentações.
– Mãe, essa é a , de quem eu tenho falado tanto. – Sorriu largo. Nikki se aproximou com um olhar avaliador, mas logo abriu um sorriso. – , essa é a minha mãe, Nikki Holland. – Thomas disse por fim e estava prestes a estender a mão para cumprimentar Nikki quando foi puxada para um abraço inesperado.
– Tom fala tanto de você que já me sinto íntima. – A mulher riu. – É um prazer enorme conhecê-la, . – Se afastou e a youtuber soltou o ar que prendia.
– Ela está nervosa. – Thomas comentou.
Nikki franziu o cenho para a garota. – Por quê?
– Um medo bobo. – disse por fim. – Tom foi perfeito em me acalmar. – Sorriu para o namorado.
– Venham, – Nikki os chamou. – Paddy está ansioso para te conhecer.
Maio de 2019, Londres.
Tom estava suando em bicas. Uma semana de folga havia sido o suficiente para deixar seu corpo preguiçoso e tinha certeza de que os músculos iriam ficar doloridos graças ao treino pesado que fizera com Harrison naquela manhã de sábado. Ambos os amigos iriam viajar para fora da Inglaterra no início da semana e só se veriam pessoalmente em um mês, na première de estreia de Spider-Man: Far From Home. Tom iniciaria a turnê de divulgação do filme e passaria cerca de um mês apenas com o elenco principal do filme. E apesar de adorar estar com os amigos, ele já estava sentindo falta de .
– Planos para o último final de semana de férias e último final de semana com a ? – Harrison questionou, enquanto secava a nuca suada com uma toalha de rosto e terminava de guardar suas coisas na mochila.
Tom torceu os lábios, colocando sua própria mochila nas costas e seguindo com o amigo para fora do vestiário da academia.
– Não chegamos a decidir nada. – Suspirou. – Eu estou muito ansioso para a turnê de divulgação, mas queria ficar com ela, entende? – Deu de ombros. – Estou tão acostumado em tê-la por perto.
– Você não poderia levá-la junto? Na turnê de Homecoming eu fui junto. – Lembrou.
– Eu convidei, mas ela não aceitou. – Mordeu o lábio inferior. – Ela precisa resolver as pendências com a universidade e voltar para as aulas de dança. E ainda tem o canal.
– Ela poderia cobrir a turnê. Daria um up para as visualizações dela.
– Não fale isso perto da , por favor. – Tom logo murmurou e Harrison franziu o cenho em sua direção.
– Por quê? – Questionou curioso.
– As pessoas estão falando muita merda sobre nós. Sobre ela. – Comentou. – E ela acha que se colocar algum conteúdo exclusivo no canal as pessoas vão parar de valorizar o trabalho dela e começar a apontar o privilégio informativo que o nosso namoro dá a ela. E já passa por maus bocados apenas por ter um canal sobre a Marvel. – Torceu os lábios.
– Eu acho que você teve muita sorte de encontrar essa garota. – Harrison disse por fim. Entraram no carro de Tom, que logo tinha o celular em mãos para responder as mensagens de . A garota estava em seu apartamento e segundo ela, tinha preparado um almoço mediano para eles, já que ela não era realmente boa na cozinha.
– E como chegou a essa conclusão? – Thomas questionou, o sorriso feliz brincando nos lábios ao visualizar uma foto de abraçada em Tessa que a garota havia lhe enviado. Seu coração encheu de amor e ele já sentia o peito doer pela falta que ambas lhe fariam.
– Você tomou uma ruim com a Melinda. – Harrison lembrou. – Qualquer pessoa no seu lugar não se abriria para um novo relacionamento tão cedo. Mas então apareceu. Você teve sorte. – Sorriu para o amigo. Tom assentiu em concordância, já que também acreditava na sorte que havia tido. era uma peça rara e ele era muito grato por tê-la encontrado.
Deixou Harrison em seu apartamento antes de ir para casa, acenando para o porteiro quando passou pelo hall de entrada do prédio. Ocupou o elevador, já que não estava em condições de enfrentar 15 lances de escada e logo já estava destrancando a porta de casa, sorrindo ao identificar o cheiro de lasanha no forno e uma música animada tocando no aparelho de som. Deixou a mochila no porta casaco e se escorou no batente da porta da sala, cruzando os braços em frente ao corpo enquanto observava dançar de forma hipnotizante qualquer que fosse a música que tocava. Tom era completamente alienado e não conhecia nem metade dos artistas atuais.
Ela movia os quadris com precisão e cada rebolado era completamente sincronizado com a batida da música. Os cabelos estavam soltos e se moviam de um lado para o outro e a camiseta de Tom que a garota vestia apenas deixava a cena ainda mais encantadora. Apenas o fazia se apaixonar ainda mais. Apenas lhe dava a certeza de que era a pessoa certa e que eles precisavam tentar fazer aquele relacionamento dar certo. Mesmo se ele estivesse em Bali e ela em Los Angeles, eles haviam sido feitos para ser. Juntos.
estava novamente tremendo dos pés à cabeça. Mas dessa vez, por um acaso extremamente maravilhoso do destino, Tom Holland estava ao seu lado e entrelaçou os dedos de suas mãos, subindo a mão de até seus lábios e beijando-a com cuidado.
– Estou nervosa. – A garota suspirou e Tom sorriu para ela.
– Estou percebendo. – Riu e ela revirou os olhos. – Mas não existem motivos para isso. Você está linda e todos irão te amar.
– A estrela é você, Holland. Não eu. – Estalou os lábios. – Ainda acho que eu deveria entrar pela porta dos fundos e ficar quietinha até o filme começar.
– De forma alguma. Minha namorada incrível precisa estar do meu lado para que a imprensa tire fotos incríveis nossas e as pessoas na internet nos definam como “meta de casal”. – Sorriu sem mostrar os dentes. gargalhou.
– Você precisava parar de deixar a Melinda te convencer disso, é sério. Está se tornando egocêntrico. – Brincou.
– Melinda é sempre muito sensata, eu acredito no que ela fala.
– Felizmente ela te deu um chute. Sensata demais. – sorriu largo e Tom voltou a gargalhar.
O carro finalmente parou na entrada do TCL Chinese Theatre e Tom beijou nos lábios rapidamente antes de sair do carro, dando a volta no veículo para abrir a porta para ela. A garota tomou fôlego algumas vezes, contando até dez em um curto exercício de controle mental. Se você consegue dormir com Tom e não morrer do coração, não vai morrer do coração ao atravessar o tapete vermelho ao lado dele, foi seu último pensamento antes de Tom abrir a porta do carro e estender a mão para ela. sorriu e entrelaçou seus dedos nos dele. Thomas a abraçou pela cintura e logo se moviam em direção a área de imprensa. Tom fora o último a chegar e a maioria da imprensa estava dividida entre coletar entrevistas com o restante do elenco, então quando Holland apontou no tapete vermelho, a gritaria aumentou consideravelmente e sentiu seu coração bater rapidamente no peito.
Já havia vivido a experiência de uma première. Mas lá do outro lado, tentando chamar a atenção de algum ator para conseguir uma pequena entrevista para o canal. E era um pouco assustador ter tanta gente gritando em sua direção e tirando fotos suas, mas quando sentiu o aperto de Tom em sua cintura e voltou o rosto na direção dele, abriu um sorriso largo e agradeceu aos céus por aquele garoto ter se apaixonado por ela.
– Tudo bem? – Tom questionou apenas para que ela ouvisse.
– Estou viva. – Foi sua resposta e o ator gargalhou, beijando-a no rosto demoradamente enquanto a imprensa fazia a festa com as fotos.
– Hoje eu não vou entrevistar você e isso é uma pena. – Torceu os lábios.
– Melinda e Zendaya estão dispostas a dar uma entrevista exclusiva para o seu canal. E você namora o Homem-Aranha. Pode ganhar entrevistas quando quiser. – Sorriu e gargalhou.
– Vou me tornar a próxima J. Jonah Jameson. Daily Bugle está à minha espera. – Fingiu jogar os cabelos para trás, já que seus longos fios estavam presos em um coque elegante.
Tom abriu um largo sorriso para a namorada.
– Ele aparece no filme. – Foi o que disse enquanto deixava o queixo cair em pura surpresa pelo spoiler inesperado.
– Holland! – Reclamou, enquanto ele ria.
– Eu não dei spoiler na primeira vez que vi você. – Se defendeu.
– Você é um namorado horrível.
– Hoje sou o Homem-Aranha. E ele sempre foi um péssimo namorado. – Piscou para ela.
– Pois volte a ser Tom Holland, mas sem os spoilers. – chiou e Tom lhe beijou os lábios rapidamente.
– Amo você. – Sussurrou para ela.
– Amo você ainda mais, mesmo que não consiga manter os spoilers dentro dessa boca. – Deu de língua para ele e Thomas riu. O olhar apaixonado que trocaram foi capturado por dezenas de lentes de câmeras fotográficas, mas enquanto se olhavam, pareciam os únicos no mundo. Afinal, haviam feito um ao outro acreditar novamente naquele amor que transbordava de cada poro de seus corpos.
—
Nota da autora: Tomzinho merecia um final feliz depois do final de NBTS e Tomaddie é o meu mundo todinho e quem não shippa eles tá errado. Essa história é mais curtinha e completamente fofinha de propósito e eu espero que tenham gostado.
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