Sinopse: Interpretar um super-herói no MCU não era uma tarefa fácil. Um herói tão popular, como o amigão da vizinhança, Peter Parker, menos ainda. Mas para Tom Holland, a tarefa mais difícil de seus dias era resistir as provocações da atriz que interpretava Gwen Stacy ao seu lado, em Spider-Man 2. E para ela, deixar um certo ator britânico de bochechas coradas era o ponto alto de seus dias.
Fandom: Tom Holland.
Gênero: Romance.
Classificação: 18 anos.
Restrição: Cenas de sexo explícito.
Beta: Rosie Dunne.
Mais tarde, naquele mesmo dia, Tom estava estudando as próximas cenas que gravaria para Avengers 4 quando Harrison se jogou ao seu lado no sofá, com um tablet em mãos. Tablet esse que Osterfield quase enfiou no rosto de Holland, que xingou alto devido a atitude estranha do melhor amigo.
– Que bicho te mordeu, cara? – Ele questionou, confuso.
– Lê a porra da matéria, Holland. – Harrison disse, bufando em seguida. A lerdeza de Tom às vezes o cansava.
Tom revirou os olhos, pegando o tablet em mãos e iniciando a leitura do artigo postado em alguma revista de fofocas sobre celebridades.
Era um artigo tosco, que falava sobre a reunião do elenco de Spider-Man 2 e comentava sobre possíveis teorias a respeito do roteiro do filme. Tom estava desistindo da leitura quando uma sequência de fotos lhe chamou a atenção. Seu queixo caiu e ele arregalou os olhos. De alguma forma, algum paparazzo havia conseguido fotografar o exato momento em que beijou o rapaz no rosto. E se fosse apenas isso, Tom estaria tranquilo. Mas a droga do ângulo deixava a entender que eles haviam se beijado nos lábios. O artigo questionava sobre um possível relacionamento entre eles, já que não havia sido confirmada no cast do filme e não teria motivos para comparecer a bendita reunião.
– Mas que merda é essa? – Holland indagou, irritado.
– Posso enviar uma nota de esclarecimento. – Harrison sugeriu, tomando o tablet para si novamente.
– Não. – Tom negou. – Só vai colocar lenha na fogueira. É melhor deixar quieto. Esses rumores morrem sozinhos.
– Se você prefere assim. – Harrison deu de ombros, dando-se por vencido. – Mas ainda estou confuso pela atitude dela.
– Se você está, imagina como eu estou? – Tom largou o roteiro em cima da mesa de centro.
– Com muita sorte, ela pode estar a fim de você. – Harrison sugeriu.
Tom encarou o amigo, a incredulidade transbordando em seu olhar. Em seguida, começou a rir alto, sacudindo a cabeça para os lados, considerando aquela ideia absurda.
, o prodígio irlandês, interessada nele? Nem em seus maiores sonhos.
A loira usava uma saia jeans de botões, camiseta de banda e botas de cano curto. A bolsa estava pendurada em seu ombro e os óculos escuros postos em seu rosto. Andou pelo estacionamento a passos largos, cuidando o horário em seu relógio de pulso a cada dois minutos. Não estava atrasada e isso era um ponto positivo. Entrou na cafeteria e procurou por Holland com os olhos, encontrando o rapaz sentado em uma mesa ao fundo do estabelecimento. Trocaram um aceno rápido e logo já estava ocupando o banco vago em frente ao garoto.
Tom tinha os cabelos bagunçados e usava jeans e camiseta. As bochechas coradas o deixavam adorável, na opinião de , que abriu um sorriso gigante para o garoto.
– Que bom que pode vir hoje. – Ela disse e Tom sorriu fraco.
– Consegui um dia de folga no set. – O garoto explicou, sem conseguir olhar nos olhos de , fato esse que a deixou bastante curiosa.
– Ah, não queria atrapalhar sua folga. – exclamou, tocando levemente a mão de Tom por cima da mesa. Holland sustentou um olhar surpreso para ela por alguns segundos, focando a atenção no cardápio em seguida.
– Não está atrapalhando nada. – O rapaz sorriu.
– Se está dizendo… – deu de ombros. Pegou outro exemplar do cardápio e soube exatamente o que pediria. Uma garçonete os atendeu e ambos fizeram seus pedidos, voltando a conversar assim que a mulher se retirou. – Já conseguiu ler o roteiro?
– Sim, uma pequena parte. – Tom sorriu, parecendo envergonhado. – Jon não mandou muita coisa e não posso julgá-lo.
– Entendo. – sorriu.
– E você, conseguiu ler?
– Sim, quase tudo na verdade. Faltam algumas cenas finais que Jon ainda não enviou, mas fora isso, estou bem familiarizada.
– Eu não vou te questionar a respeito do roteiro porque não confio em mim mesmo. – Tom comentou, fazendo rir com gosto.
– Você é adorável, sabia? – Ela questionou, tendo a visão das bochechas de Holland assumindo diferentes tons de vermelho.
Aquilo seria muito melhor do que ela havia imaginado e abriu um sorriso gigante ao ter a constatação de que Holland era realmente um cara envergonhado. Nunca havia ficado com um cara tímido e explorar seu lado dominante era um de seus desejos mais árduos. E Tom parecia o candidato perfeito para aquilo, em sua opinião.
– Obrigado, eu acho. – Sorriu sem graça.
– Mas então, até que parte do roteiro você leu? – Questionou, interessada. Apesar de ter tomado a decisão de fazer de Holland seu próximo alvo, ela jamais deixaria o trabalho de lado. Levava muito a sério sua profissão, independente de seus desejos pessoais. Mesmo que um desses desejos estivesse com os cabelos revirados de forma bastante sexy e o lábio inferior preso por entre os dentes, enquanto formulava a frase ideal para responder sua pergunta.
– O começo. – Disse por fim. – Entendi muitas das cenas que estou gravando para Avengers 4. Vai ser bastante complexo interpretar Peter, principalmente porque ele vai estar vivendo intensamente dois sentimentos: a vontade de manter ao Avengers reunidos por conta do luto e a recente paixão pela Gwen.
– Gwen não é menos complexa. – admitiu. – Acho que sem a bagagem que eu já tenho das HQs, seria bem mais difícil interpretá-la.
– Digo o mesmo. – Tom concordou, tendo sua fala interrompida pela garçonete, que depositou seus pedidos na mesa. Ambos agradeceram, antes da moça se retirar. – Apesar de que, a experiência do Peter dentro do MCU é totalmente única.
– Eu ia comentar isso. – murmurou. – Apesar de ele ter interesses amorosos, como pela Liz e agora pela Gwen, a maior motivação dele ainda é ser um Vingador e lutar por aqueles que não podem se defender.
– Exato! – Tom sorriu, animado. – As outras duas franquias focaram totalmente na morte do tio Ben e nos interesses amorosos. Tanto que Jon não vai usar MJ pelo desgaste da personagem na franquia Spider-Man.
– Eu fiquei surpresa por ele inserir a Gwen. – falou. – Mas era a melhor escolha. E sou grata demais pelo papel para questionar as escolhas de Jon. – Ela riu e Tom a acompanhou.
– Jon é genial. – Holland comentou. – Sei que você já trabalhou com diversos diretores renomados, mas a experiência no set de Spider-Man é única. Somos uma família, para ser bem sincero.
– Vivi essa experiência apenas uma vez, em um filme da Sofia Coppola, então estou animada para fazer parte disso. – afirmou, bebendo seu café em seguida. – Os outros sets em que trabalhei, normalmente eram sérios demais. Muito atores famosos com complexo de superioridade. – Deu de ombros, sorrindo tristemente.
– Você não vai chegar a ter a experiência completa que é gravar para Avengers, mas Spider-Man é igualmente único. – Tom sorriu para a garota, de forma reconfortante.
– Tenho certeza que sim. – Assentiu com a cabeça, em concordância. – Mas se você só leu o começo, não pegou bem a essência da relação entre Peter e Gwen, não é?
– Não, infelizmente. – Tom suspirou. – Jon não me mandou muita coisa e também estive gravando durante toda a semana e não tive tempo nem para comer direito.
– Podemos conversar sobre isso, se estiver tudo bem para você. – sugeriu.
– Seria ótimo. – Tom concordou. – Até para podermos marcar os ensaios de uma vez.
Então se pôs a falar a respeito da relação de Gwen Stacy e Peter Parker. Contou desde a maneira como os personagens iriam se conhecer, até as cenas finais que ela tinha lido. Pelo que tudo indicava, o romance entre os personagens iniciaria nesse filme, para então se desenrolar no próximo. A dúvida que ficava dizia a respeito da morte de Stacy: seria chocante como na franquia The Amazing Spider-Man ou Jon faria mudanças para o destino da amada personagem? não tinha as respostas para aquela questão e Tom muito menos.
– Podemos marcar para a semana seguinte, o que acha? – Tom sugeriu, checando com Harrison por mensagens sua agenda da semana. – Eu tenho gravações na quarta de manhã e de noite, mas a tarde está livre.
– Por mim é tranquilo. – sorriu. – Onde nos encontramos?
– Pode ser no set de Avengers? Facilitaria a minha vida e nos daria mais tempo para ensaiar. Só preciso checar com Harrison a possibilidade. – Tom murmurou, distraído em suas mensagens.
– Você está perguntando para uma fã de carteirinha do MCU, se podemos ensaiar no set de Avengers 4? – indagou, perplexa.
Tom soltou uma risada alta, abandonando o celular em cima da mesa e observou os olhos dele sumirem conforme o sorriso crescia. A vontade de beijá-lo até ficar com a boca adormecida a pegou em cheio e teve que sacudir a cabeça para os lados, em uma tentativa de voltar a focar a atenção na conversa com Holland.
– Eu juro que não sou tão lerdo assim normalmente. – Ele comentou, divertido. – Só um pouco, na verdade. Mas gravei a noite toda e não consegui descansar direito ainda.
– Desculpe mesmo por atrapalhar a sua folga. – falou, sem graça.
– Já disse que não atrapalhou nada. – Tom garantiu. – Mas minha pergunta foi realmente idiota. Óbvio que você não se importaria em ir até o set de gravações.
– Por dois motivos: – levantou dois dedos e Tom a observou com atenção. – Poder, sem querer, encontrar com o Downey Jr. ou o Cevans e segundo, te ver de roupa colada em carne e osso. – Sorriu divertida. – Eu não seria louca de recusar essa oferta.
O sorriso malicioso de apenas contrastou com as bochechas coradas de Holland e para qualquer pessoa que os visse de fora, estranharia aquela situação, pois claramente os estereótipos estavam invertidos. Mas para quem conhecia ambos os atores, poderia supor com toda a certeza, de que aquela situação iria se repetir por várias e várias vezes, enquanto os dois tivessem que conviver e interagir.
– Não sei o que dizer, sinceramente. – Tom murmurou, em um fiapo de voz.
– Apenas agradeça, Holland. – lançou uma piscadela para o rapaz. – Você é gostoso, deveria se acostumar com as pessoas falando isso.
Eles encerraram aquele pseudo encontro quase meia hora depois, com os detalhes para o ensaio acertados e mais informações a respeito do roteiro do filme, para que Tom melhor se situasse e se preparasse para os ensaios. voltou para casa com um sorriso no rosto e uma missão em mente. Ela conquistaria Tom Holland, o tiraria de sua zona de conforto e não pouparia esforços para alcançar seu objetivo: transar com o rapaz.
Sem sentimentos, sem envolvimentos desnecessários, apenas dois corpos suados e respirações ofegantes pós orgasmos. Era aquilo que ela queria e era aquilo que ela teria. Mesmo que tivesse que enfrentar dezenas de bochechas coradas pelo caminho.
Harrison
Vou comprar algo no Burger King 01:35 PM
Boa sorte com a 😎 01:35 PM
Harrison
Na verdade, sou mesmo 01:37 PM
Um ótimo amigo teria escondido uma câmera apenas para assistir você fugindo das investidas de como um garotinho de 12 anos 01:37 PM
Holland suspirou, andando mais alguns passos e parando em frente a porta do lugar onde ele normalmente cochilava durante os intervalos das gravações e era seu refúgio de paz. Refúgio esse que havia sido devastado pelo furacão e Tom sabia que após a passagem da mulher, nada seria como antes. Com uma súbita de coragem, girou a maçaneta e entrou no cômodo.
estava sentada no sofá, entretida no telefone, do qual ela desviou a atenção assim que ouviu o barulho da porta. Fixou os olhos em Tom e sorriu com diversão, logo deixando o olhar cair para o corpo do rapaz e o deixando com as bochechas rosadas de imediato.
– Desculpe pelo atraso. – Tom disse, fechando a porta atrás de si. – As gravações atrasaram completamente e só consegui sair agora.
– Tudo bem. – A loira disse, ainda sorrindo. – A visão fez tudo valer a pena.
Decidindo ignorar o comentário, Tom se dirigiu para o pequeno armário que continha suas roupas e pescou algumas peças para vestir após o banho.
– Preciso tirar esse suor do corpo e vestir algo mais confortável. – Avisou, focando os olhos em brevemente. – Harrison não vai demorar a voltar, mas eu também não vou demorar no banho. Espero que não se importe em ficar sozinha mais alguns minutos. – Sorriu sem graça.
– Sem problemas. – deu de ombros. – O Twitter vai me entreter.
Holland acenou com a cabeça, antes de se trancar no banheiro. Despiu o uniforme e aproveitou a água quente por alguns minutos, deixando o stress escorrer pelo ralo, ignorando todos os pensamentos que surgiam em sua mente. Não havia conseguido dormir horas o suficiente naquela noite e já sentia a exaustão tomando conta de si. Talvez não tenha sido uma boa ideia marcar um ensaio com naquela tarde, quando ele precisava tão desesperadamente, cochilar no sofá de seu camarim até a próxima cena que tivesse que gravar.
Vestiu uma calça de moletom preta e uma camiseta azul escura e saiu do banheiro enquanto secava os cabelos. Encontrou gargalhando com vontade e Harrison secando as lágrimas dos olhos, quase desfalecendo de tanto rir. Tom arqueou as sobrancelhas, confuso frente a cena que encontrou.
– Trouxe seu lanche. – Harrison avisou, assim que avistou o amigo saindo do banheiro, apontando para a mesa disposta no canto esquerdo do camarim. Tom acenou em agradecimento e soltou um murmúrio de prazer ao dar a primeira mordida no hambúrguer de carne e cheddar que Harrison havia comprado para ele. Sentiu o olhar de fixo nele e se obrigou a não olhar para a garota, temendo que encontraria algo que o deixaria em uma saia justa. Já estava cansado de passar vergonha na frente de Harrison e não queria dar mais motivos para o amigo rir dele.
– Isso parece estar bom. – comentou por fim e Tom apenas encontrou o sorriso malicioso – que ele já parecia conhecer bem demais, plantado nos lábios rosados da mulher.
– Eu estou faminto. – Respondeu, após terminar o lanche e atacar as batatinhas com queijo e bacon.
– Pude notar. – Ela murmurou, se calando em seguida.
– estava me contando sobre as perguntas absurdas que os fãs fazem para ela. – Harrison exclamou, com divertimento.
– Tenho certeza de que Tom já ouviu coisas bizarras também. – levou o olhar para Holland rapidamente, voltando a atenção para Harrison. – Principalmente de mulheres.
– Bem, sim, é claro. – Harrison deu de ombros. – Mas nunca foi nada super bizarro, não é? – Indagou para Tom, que assentiu em concordância.
– Não que eu me lembre. – Concordou. – A maioria apenas pergunta sobre os filmes e o Peter. Dificilmente as perguntas são sobre mim.
– Isso é o que eu chamo de desperdício de oportunidades. – retrucou e Tom sentiu suas bochechas corarem levemente. Se amaldiçoou mais de quarenta vezes por conta daquela reação estúpida de seu corpo, antes de forçar um sorriso fraco e voltar a atenção para o lanche.
e Harrison conversaram durante todo o tempo em que Tom estava se alimentando. Falaram sobre filmes, artistas musicais e até mesmo sobre teorias da conspiração. Tom não podia negar que a mulher era encantadora. Era uma atriz extremamente talentosa e dedicada, uma mulher inteligente e carismática e claro, linda de morrer. Era impossível não sentir uma atração por ela, Tom constatou, tarde demais para o seu próprio bem. Já estava intoxicado e vidrado em todos os detalhes da loira, que insistia em lhe lançar olhares e sorriso maliciosos, atitudes essas que o deixavam extremamente confuso e perdido a respeito das intenções da mulher. Afinal de contas, o que ela queria?
Holland suspirou, juntando as embalagens do lanche e colocando no lixo, seguindo para o banheiro, onde escovou os dentes. Aproveitou para pentear os cabelos e voltou para o camarim, sentando no sofá ao lado de .
– Vou deixar vocês à vontade para ensaiar. – Harrison murmurou, lançando um rápido olhar encorajador para Tom, que respondeu com um olhar quase homicida para o melhor amigo. Ele mataria Harrison por deixá-lo sozinho com , dada as circunstâncias da situação. Com a saída de Harrison, voltou sua atenção total para Holland, que sorriu sem graça para ela.
– Trouxe teu texto? – Ele indagou, já buscando o seu próprio na mesa de centro.
– Claro. – acenou com a cabeça. Puxou uma pasta de dentro da bolsa e logo os dois atores já estavam procurando pela primeira cena que gravariam juntos no roteiro. Tom foi o primeiro a achar, indicando para a página em questão. A loira agradeceu e logo eles estavam interpretando seus personagens. Tom já estava acostumado com Peter, sendo quase uma extensão de si mesmo, então era mil vezes mais fácil para ele ler as frases do teioso do que foi durante as gravações de Captain America: Civil War.
Já , Tom pôde notar, estava totalmente familiarizada com a personagem, como se tivesse nascido para interpretar Gwen Stacy. Qualquer pessoa que a visse atuando, teria a certeza de que ela não estava arruinando sua carreira com aquele papel, como muitos sites estavam comentando nos últimos dias. O rapaz se pegou admirado demais, pela naturalidade com a qual as falas de saiam, seus movimentos e suas expressões. Nem ele se sentia tão confortável como Peter, como ela parecia se sentir como Gwen. A mídia não tinha nenhuma ideia do que estava falando.
– O que foi? – questionou, após quase dois minutos esperando pela fala de Tom – que não veio, já que o moreno estava divagando e a encarando com uma expressão bastante curiosa, para dizer o mínimo.
– Desculpe. – Tom murmurou, constrangido por ter sido pego no flagra. – Só me assustei com a sintonia que você apresentou com a personagem.
– Eu te disse: amo Gwen Stacy. Estar nesse filme é meu sonho nerd realizado. – E ela riu, como em uma piada particular, que toda a boa educação de Tom não permitiu que ele questionasse qual era.
– Fico feliz por isso. – Thomas confessou. – Acabei ouvindo falar sobre as manchetes midiáticas sobre você desde que o cast principal de Spider-Man foi confirmado e fiquei um pouco temeroso sobre a forma como isso te afetaria.
– Agradeço pela preocupação. – sorriu, quase que intimidada e Tom se admirou verdadeiramente. Não esperava ver em qualquer situação em que ela se sentisse acuada: aquilo simplesmente não combinava com a loira. – Mas eu jamais abandonaria esse papel. Não vou negar que os comentários recentes me deixaram bastante irritada, mas acabei superando. Vou provar que estão errados. – E lá estava, o sorriso convencido que Tom já conhecia de cor.
– Vamos voltar? – Ele indagou, após alguns minutos de silêncio constrangedor.
– Claro! – exclamou. – Podemos pular para a cena do beijo? – Ela questionou e Tom arregalou os olhos, assustado.
– Beijo? Como? – Balbuciou, extremamente desconcertado. Ele não tinha nenhuma cena de beijo no roteiro. Sequer tinha cena de abraço entre os dois, que dirá de um beijo!
– A cena do primeiro beijo de Peter e Gwen, Holland. – explicou, piscando os olhos lentamente. – Seria bom ensaiarmos ela, antes das gravações.
– Não acho necessário. – Tom retrucou, rapidamente. Passou as mãos pelos cabelos, em sinal claro de desconforto. – Jon não costumava gravar cenas adiantadas e duvido que vá começar agora.
– Certo. – A loira assentiu, estalando os lábios. – Mas seria bom estarmos preparados. – Ela sorriu divertida e se aproximou de Tom. Holland, em um reflexo rápido, levantou do sofá e se afastou da mulher, que soltou uma risada alta.
– , eu não vejo necessidade nesse teste. – O moreno comentou, totalmente sem graça.
– Eu só estou usando uma desculpa para te beijar, Holland. – retrucou, deixando-o ainda mais corado do que antes. – Você não quer? Porque se não quiser, tudo bem, eu posso superar um fora.
– Não, eu… – Tom se enrolou, sem saber como começar a se explicar.
Se ele queria beijá-la? Bom, era óbvio que sim. Mas ele sabia que não deveria. Eles trabalhariam juntos por seis meses. Tinham mais as semanas de divulgação e caso Jon não matasse Gwen em Spider-Man 2, ainda teriam mais um filme para gravar juntos. Um envolvimento entre eles era a última coisa que Tom gostaria de construir. Tinha muito em jogo, principalmente se levasse em consideração a grandiosidade do MCU. Aquela franquia de Spider-Man tinha tudo para dar certo e ele não queria ser o cara que colocaria tudo a perder. Porque apesar de ser otimista, Tom não podia apostar sua carreira na duração de um relacionamento. Eles poderiam ficar juntos por um longo tempo ou terminar em uma semana. E ele conhecia as estatísticas de artistas que trabalharam juntos após um rompimento e ele tinha apenas uma palavra para proferir: catástrofe.
– Você não precisa terminar. – comentou, se levantando e andando a passos lentos na direção de Tom. – Eu posso ver que você quer, tanto nos seus olhos, como nas suas atitudes.
– Eu não… – E novamente ele não conseguiu terminar sua frase. Não seria capaz de olhar nos olhos da moça e dizer que não a queria. Ele não mentiria descaradamente.
– Sabe, Holland? – A loira murmurou, próxima demais. Tom quase podia sentir seus corpos se tocando e seus pelos se arrepiando.
Que conexão era aquela?, se questionou. Como poderia se sentir tão afetado por aquela mulher, em tão pouco tempo de convivência? Tudo bem, ele já tinha uma certa paixonite por , mas aquela atração era demasiada para tão limitada vivência partilhada.
– O que? – Se obrigou a questionar, quando a mulher não continuou sua fala. sorriu maliciosa, segurando a camiseta dele pela barra e beijando o rosto de Holland com leveza, estalando os lábios em sua bochecha e deixando uma marca de batom na pele dele.
– Eu adoro uma conquista. – Exclamou, com diversão. – E te levar para a cama vai ser uma meta pessoal pelos próximos meses.
E com isso, se afastou. Guardou seus pertences na bolsa e saiu do camarim de Tom, deixando-o novamente desnorteado e ainda mais confuso. Mas acima de tudo, com uma expectativa e um certo receio pela promessa que ficou pendente entre eles.
Já era o terceiro ou quarto drink que estava bebendo. Ela já sentia os efeitos do álcool em seu corpo, mas nada grave o suficiente para fazê-la parar de beber, ou pior, vomitar em cima da mesa. Ela apenas sentia a agitação e o riso bobo que algumas doses de álcool poderiam causar. As bochechas coradas eram apenas a exteriorização daquele efeito. Em todas as vezes que foi e voltou do bar, andou com facilidade, sem precisar se apoiar nas pessoas ou nas paredes. estava bem.
Mas em sua opinião, Tom Holland estava muito melhor.
O rapaz usava jeans colados, – que valorizavam sua bunda, na opinião de – uma camiseta branca e uma jaqueta de couro que o deixavam, também segundo a opinião da loira, sexy para um caralho. A convite de Harrison, se sentou na mesma mesa que ele, junto de Tom e Jacob. Zendaya, a estrela da festa, andava de mesa em mesa, cumprimentando os amigos e arrastando alguns, eventualmente, para a pista de dança. havia dançado com Zendaya mais de uma vez e em todas as vezes, as músicas eram claramente sexuais e ela dançou olhando diretamente para Tom, que naquele momento, estava fazendo de tudo para evitar olhar para a loira ou participar da conversa esporádica entre ela e Harrison.
– Fiquei sabendo que você fez uma live hoje, . – Harrison comentou, chamando a atenção da garota, que encarava Holland, do outro lado da mesa, descaradamente e sem nenhum pudor. levantou o olhar até Harrison, encontrando o sorriso divertido no rosto do rapaz e os olhos astutos. Ele sabia no que ela estava pensando e por isso a havia chamado. sorriu, bebendo mais um gole de sua bebida antes de responder ao loiro.
– Foi uma breve divulgação do novo photoshoot que fiz para a Calvin Klein. – A mulher deu de ombros, demonstrando que não fora nada demais.
– E quando saem essas fotos? – Ele voltou a questionar e cerrou os olhos em sua direção, curiosa quanto a intenção de Harrison quanto aquela conversa. – Quer dizer, as fotos vão ser divulgadas em breve ou apenas algumas pessoas vão ter acesso?
gargalhou alto quando ouviu Tom engasgar com a bebida que tinha em mãos. O garoto levou alguns segundos para se recuperar e então lançar um olhar ameaçador para Harrison, que apenas riu e fingiu não entender a atitude do melhor amigo.
– Ponto para você, Osterfield. – disse por fim, levantando seu copo em direção ao garoto e fazendo um brinde.
Era bem verdade que Holland não havia respondido a mensagem que mandou com sua foto em anexo. Mas ela sabia que ele havia visualizado e com a ajuda de Harrison, descobriu que a foto, de alguma forma, afetou Tom. E aquilo era exatamente o que ela queria.
– Você divulgou o nome do filme de propósito ou foi sem querer? – questionou, quando Tom finalmente terminou sua conversa com Jacob e voltou a atenção para o restante das pessoas sentadas à mesa. O rapaz deixou o olhar sob brevemente, o desviando para o copo que segurava e o mantendo ali enquanto respondia à pergunta da mulher.
– De propósito. Ordens lá de cima. – Ele disse, fazendo menção ao MCU.
– Ele não daria um spoiler desse tamanho. – Jacob riu do amigo, descontraindo a conversa que por algum motivo, estava bastante tensa.
– Daria sim. Você põe muitas expectativas nele. – Harrison dispensou a fala de Jacob com um aceno de mão.
– Harrison, você é uma droga de amigo. – Thomas disse, revirando os olhos em seguida.
– Sou um ótimo amigo. E isso é tão verdade, que vou buscar mais bebidas para nós. – Harrison exclamou, risonho. Se levantou e juntou os copos vazios. – Vem comigo, Jacob? – Indagou, de forma inocente. Holland levantou a cabeça em direção a Harrison e lhe lançou um olhar homicida, o que quase fez gargalhar. Ele realmente não queria ficar sozinho com ela e aquilo a divertia.
Assim que Harrison e Jacob se ausentaram da mesa, um silêncio pairou sobre e Tom. O garoto olhava para todos os lados, menos para a loira, que mantinha seu olhar fixo nele e um sorriso malicioso nos lábios.
– Você não respondeu a minha mensagem. – comentou, como quem não queria nada. Observou as bochechas de Tom corarem levemente e sorriu mais ainda. O rapaz não respondeu e ela revirou os olhos. – Fala sério, Tom. Você vai mesmo tentar me evitar? – Ela questionou, se inclinando em direção a ele. Tom olhou para ela e bagunçou os cabelos com a mão esquerda.
– Você me deixa desconfortável. – Ele murmurou. – Por isso eu prefiro evitar.
– Poxa, assim você me magoa. – Foi a vez de ela suspirar. – Eu queria te deixar excitado, não desconfortável.
– É exatamente por isso que eu fico desconfortável. Você usa conotação sexual para tudo. – Ele exclamou, mas seu olhar não era de censura. Ele apenas constatava o fato.
– Você sabe o porquê. – Ela deu de ombros, sem se importar. – Eu disse que te conquistaria e você não me mandou desistir. Se você pedir para que eu pare, eu paro. Você quer que eu pare? – questionou e seu tom de voz misturava seriedade com malícia. – Você não quer transar comigo, Holland?
Tom respirou fundo, deixando sua atenção focar na mesa por alguns instantes. – , eu… – E novamente ele não conseguiu concluir a frase.
alargou seu sorriso.
– Você não quer que eu desista, mas também não admite que me quer. – Ela concluiu. – Se você admitisse, as coisas seriam bem mais fáceis. A gente poderia transar no banheiro agora mesmo.
– Eu não estou fazendo um joguinho. – Tom se defendeu.
– Eu sei. – deu de ombros. – Mas você não está preparado para admitir. Ou talvez não tenha certeza do que quer. Independente disso, Holland, nós vamos acabar da mesma maneira. Só vai demorar um tempo.
– Eu não acho que devamos. – Tom disse por fim. – Tem muito em jogo e eu não quero estragar nada.
– Você é bonzinho demais. – estalou os lábios. – Quebrar algumas regras e correr alguns riscos nos faz sentir vivos.
– Eu me sinto vivo sem precisar fazer essas coisas. – Tom retrucou.
– Eu quero te beijar agora.
Holland arregalou os olhos, surpreso com a mudança de assunto e a objetividade de . As bochechas de Tom assumiram tons rosados enquanto o encarava.
– Eu …
– É só um beijo, Holland. – Ela suspirou. Trocou de lugar e sentou ao lado do garoto, sem desviar seus olhos dos dele. – Um beijo e eu juro que te deixo em paz. Por hoje. – Acrescentou, sorrindo.
– . – Tom suspirou, sacudindo a cabeça para os lados, sem saber o que falar ou como agir.
aproveitou a mudança na música para se inclinar em direção a Tom, o deixando sem espaço para fugir. Ele havia escolhido o pior lugar para se sentar e ela agradeceu internamente por aquilo.
Don’t let me leave when I’m standing at your door
Don’t make me stop when you’re really wanting more
If you show me what you should be thinking of
Let me get inside your mind
If you show me love it’ll be enough
It’ll be a better night
– If you want let me know, it’ll be a better night. – murmurou, mudando a letra da música de propósito.
Tom deixou o olhar cair para os lábios de , que se aproximou ainda mais do rapaz e grudou sua boca na dele, o pegando de surpresa. Os lábios macios e a língua dela traçando o contorno de sua boca fizeram Tom erguer a mão direita e segurar pela nuca. Ele cederia e a beijaria de verdade, aquele encostar de lábios não sendo o suficiente. estava pronta para enfiar a língua na boca de Tom quando foram interrompidos pelo pigarro de Harrison e a risada de Jacob. Tom ficou ainda mais corado do que pensou ser possível, enquanto ela apenas suspirou e se afastou do rapaz. Levantou da mesa, pegando sua bolsa e beijando os outros dois garotos no rosto, antes de se virar para Holland e murmurar.
– Nos vemos em Nova Iorque, Tom.
Tom estava jogado no sofá de sua casa, atirando uma bola para cima repetidas vezes, pois para ele, aquilo era uma espécie de terapia. Estava pensativo, mas seus pensamentos estavam uma confusão absurda. Parte dele, e uma parte considerável, achava que era melhor se afastar de . A garota claramente era problema e deixava isso claro em todas as palavras que saíam de sua boca e em todas suas ações. Eles não tinham nada em comum e Tom não se sentia confortável em entrar em um relacionamento sem propósitos.
Mas por tudo o que ele acreditava, ele queria muito entrar naquela loucura. Não apenas porque estava extremamente atraído pela mulher, mas também, porque aquilo era algo que ele jamais faria. E ele estava entediado com a sua vida amorosa. Não namorava há bastante tempo e não encontrava garotas que lhe despertassem aquela euforia e nervosismo… Como o fazia.
Suspirou, atraindo a atenção de Harrison, que acabara de sair do banho. Haz olhou para Tom e riu, já imaginando que o amigo estava em um dilema por conta de . Aproximou-se e sentou na poltrona, se inclinando para frente e pegando a bolinha que Holland havia atirando para cima.
– E aí, mané. – Haz exclamou. – Está queimando os neurônios por quê?
– Só estou pensando. – Tom disse se esquivando da pergunta.
– Me deixa dar um palpite… ? – Arqueou as sobrancelhas, assistindo Tom assentir com a cabeça. Holland sentou no sofá e passou a mão pelos cabelos, antes de encarar Harrison e suspirar.
– É a única coisa que anda me tirando o sono desde que as gravações de Avengers 4 terminaram. – Deu de ombros.
– Como foi hoje? – Harrison questionou, com curiosidade. Havia notado que Tom estava estranho e mais ainda, mas não quis ser indiscreto, mesmo que seu cargo de melhor amigo desse passe livre para aquele tipo de pergunta.
– Estranhamente esclarecedor. – Tom comentou. Se jogou de costas no sofá e fechou os olhos. – Ela é muito decidida cara. Não mede esforços para ter o que quer.
– E no momento, ela quer você. – Harrison deduziu.
– E isso não é ruim, de forma nenhuma. – Tom riu, voltando a encarar o amigo. – Mas ela não deixa nada em aberto, sabe? Não existe possibilidade de termos algo que vá evoluir.
– Cara, é só…
– Sexo, eu sei. – Tom revirou os olhos. – Sei mesmo. Mas é estranho entrar em um relacionamento sabendo que não vai dar em nada.
– “Nada” não é a palavra que eu usaria. – Harrison riu, de forma sugestiva.
– Pensa com a cabeça, Osterfield. – Tom reclamou.
– Eu estou. – O loiro brincou e Tom atirou uma almofada no amigo.
– Não com a cabeça certa. – Tom retrucou.
– Tom, falando sério… Eu não vejo os problemas que você vê. – Deu de ombros.
– Então me esclareça os pensamentos, ó senhor de mente iluminada. – Holland debochou, fazendo Harrison revirar os olhos para ele.
– Pensa comigo. – Pediu, juntando as mãos e olhando fixamente para o amigo. – A mulher te quer. Você a quer e não adianta negar, porque só um idiota não iria querer . – Falou, não dando espaço para Holland retrucar. Ele não retrucaria, mas Harrison não precisava saber daquilo. – E ela já disse que vai te conquistar. Porque ela faria isso, se quer apenas sexo? – Questionou, enrugando a testa em confusão. – Ninguém faz tudo isso por uma foda, acredite.
– Então ela gosta de mim? – Tom indagou, com uma careta.
– Não. – Harrison riu. – Não ainda, pelo menos. – Deu de ombros. – O meu ponto é: talvez ela ache que só quer sexo com você. Talvez ela realmente acredite nisso. Mas no fundo, talvez ela também esteja procurando por alguma coisa e tenha encontrado isso em você.
Tom arqueou as sobrancelhas, realmente impressionado com a interpretação de Harrison. Ele poderia ter razão. Talvez estivesse usando desculpas, com as quais já estava acostumada, para entrar naquela relação. E se aquilo fosse verdade, ele tinha uma chance de ter algo a mais com ela. O sexo era um brinde inevitável.
– Você pode ter razão. – Decidiu por fim.
– E o que você vai fazer quanto a isso? – Harrison questionou, finalmente animado com aquela situação.
– Entrar no jogo dela.
– Esse é o The Tonight Show with Jimmy Fallon e estamos de volta com o elenco principal de Spider-Man: Far from Home, os atores Tom Holland e ! – Jimmy exclamou, saudando os convidados com um sorriso.
A plateia se agitou, animada. Tom acenou, enquanto sorriu abertamente.
– É um prazer estar de volta, Jimmy. – Tom encarou o apresentador, também sorrindo.
– Sempre saio do seu programa com ótimas lembranças. – argumentou, fazendo todos sorrirem.
– Certamente nosso último beer pong faz parte dessas lembranças. – Jimmy riu, enquanto fazia uma careta.
– Oh. – Ela exclamou. – Tinha se esquecido desse. Retiro o que eu disse. – Sorriu amarelo, arrancando risadas de toda a plateia.
Holland e estavam no programa para promover Spider-Man: Far from Home. Com o elenco divulgado e a primeira semana de filmagens já concluída, os atores principais haviam sido escalados para iniciarem pequenas divulgações do filme. Tom interpretaria Peter Parker pela quinta vez e viveria Gwen Stacy, primeiro amor de Parker e uma das personagens mais amadas do universo Marvel.
– Fiquei sabendo que a química entre vocês no set é incrível! – Jimmy comentou e riu.
– E quem foi que te disse isso? – Indagou a loira, com diversão.
– Minhas fontes preferem o anonimato. – Fallon fez suspense e Tom gargalhou alto, fazendo um coro de risinhos se apresentarem nas meninas da plateia. Ele era realmente charmoso e ninguém poderia negar isso.
– E atendem pelo nome de Jacob Batalon? – Indagou o moreno, fazendo todos rirem.
– Eu tentei Jacob, mas fui desmascarado! – Jimmy falou diretamente para a câmera, arrancando mais risadas dentro do estúdio. – Mas me digam, como está sendo contracenar juntos? – O apresentador indagou. – Não fica um clima constrangedor?
Tom arqueou as sobrancelhas, fingindo uma confusão que não existia. Trocou um olhar rápido com e soube que ela também compreendia a pergunta do apresentador. Eles já sabiam que teriam seus passados escavados, ainda mais com o rumor de que estavam namorando, graças a foto daquele beijo no rosto.
– Clima constrangedor? – A garota indagou e Tom invejou a capacidade de fingir desentendimento que ela tinha. Ele não conseguia impedir suas bochechas de corarem, apesar de tentar muito.
– Bem, acho que terei que refrescar suas memórias, não é mesmo pessoal? – Atiçou a plateia, que foi ao delírio, gritando palavras de incentivo. Fallon apertou um botão no controle e o telão passou a transmitir um vídeo de . O user do Instagram da garota estava no topo do vídeo e eles logo identificaram que era uma sequência de Stories. Tom escondeu o rosto com as mãos, já sabendo o que viria a seguir, enquanto ria e exclamava um “ah” contínuo, indicando que havia entendido a que Jimmy se referia.
O vídeo logo começou a rodar, enquanto comentava alguma coisa sobre a première de Avengers: Infinity War.
“Todo mundo deveria ver esse filme o mais rápido possível”! – ela exclamava, parecendo super animada, mostrando o painel gigantesco com o pôster de Infinity War. – “Eu estou completamente apaixonada por todos esses personagens e atores! Eu casaria com todos eles, sem exceção”! – um novo vídeo se iniciou com uma risada de . – “Se Tom Holland estiver solteiro e procurando um relacionamento, por favor, me indiquem! Eu criei uma crush absurda naquele rapaz”! – uma garota apareceu ao lado de quando o último vídeo iniciou, afirmando que Stan era muito bonito também. – “Sebastian Stan é sensacional, mas você viu a bunda do Holland? Não dá para ignorar aquilo”!
– Eu não acredito que vocês têm esse tipo de coisa! – exclamou, fingindo ultraje.
– Mas não temos apenas de você, ! – Fallon exclamou, rindo alto devido a expressão dos atores. Tom estava tão corado que sentia suas bochechas em chamas e encarava o apresentador com diversão. Ela não estava envergonhada e constrangida com a situação. Ela lidava com aquele tipo de coisa com naturalidade e Tom a invejava por aquilo.
Jimmy apertou outro botão e logo um tweet de Tom apareceu no telão, respondendo a uma pergunta de uma fã.
@homecomingtom*: quem é a sua crush atualmente?
@tomholland1996: . Ela estava sensacional em seu último filme. E ela é linda.
O tweet era de dois meses atrás e se possível, Tom ficou ainda mais constrangido do que antes. olhou para o rapaz, com um sorriso aberto estampado nos lábios, enquanto a plateia mantinha silêncio e Fallon encarava os convidados com atenção, esperando conseguir uma inédita e elevar a audiência do programa.
– Eu sou sua crush, então? – indagou, com um sorriso malicioso. Tom suspirou, notavelmente tímido.
– Bem… – Resmungou, dando de ombros.
– Eu não o entendo, sabe Jimmy. – A loira continuou, ainda com o sorriso no rosto, tirando os olhos de Holland e os focando no apresentador. – Ele foge de mim, quando eu tento uma aproximação. E agora isso… Você pode me explicar o que se passa na cabeça dele, já que também é homem?
A plateia foi ao delírio. Fallon gargalhou, sacudindo a cabeça para os lados.
Tom engoliu em seco, totalmente desconfortável. Todo o público estava achando extremamente fofa toda sua vergonha e não poderia estar mais satisfeita. Era bastante prazeroso para ela vê-lo constrangido, pois Holland ficava extremamente fofo com as bochechas coradas.
– Eu não posso dizer nada! – Jimmy exclamou e voltou a olhar para Tom, batendo seu ombro no dele e sorrindo divertida, tentando descontrair o garoto.
– Ele não é fofo? – Ela indagou para o público, que vibrou em concordância. – Dá vontade de guardar num potinho, lá em casa!
– Ela quer me manter em cárcere privado! – Tom brincou, mas o vermelho em suas bochechas ainda era nítido.
gargalhou, puxando Holland e beijando sua bochecha, ouvindo os gritos da plateia. Aproximou-se da orelha do rapaz e sussurrou apenas para ele ouvir.
– Eu quero fazer muito mais que isso com você, Thomas.
E se afastou, como se não tivesse deixado Tom totalmente desnorteado.
– Será que o primeiro beijo desses dois vai sair antes do primeiro beijo de Peter Parker e Gwen Stacy? Porque eu estou sentindo um clima! – Fallon comentou, dando seguimento ao programa e focando a atenção novamente em Spider-Man: Far from Home.
Após a entrevista, Tom seguiu a passos rápidos até o camarim que estava ocupando no set de gravações do programa, sem dar tempo para falar qualquer coisa a respeito da entrevista com Jimmy. Holland estava extremamente envergonhado. Suas bochechas estavam vermelhas e suas mãos suavam, fazendo o rapaz passá-las em seus jeans a todo o momento.
Entrou no camarim bufando e Harrison o encarou com as sobrancelhas arqueadas e um princípio de riso no canto dos lábios. Ele estava louco para rir do constrangimento do amigo, mas não o faria até que fosse seguro. Tom parecia estar uma pilha de nervos e Harrison não queria ver o amigo tendo um colapso nervoso.
– Água? – Harrison indagou, oferecendo uma garrafinha para Holland, que negou com um aceno de cabeça.
– Foi tão vergonhoso assistir como foi participar? – Ele indagou, rapidamente. Se jogou no sofá e encarou Harrison, esperando uma resposta.
– Foi… estranhamente fofo. – O rapaz disse por fim, num suspiro. – Vocês têm uma química imensa e quebrou o clima estranho ao fazer piadas. No final, até você acabou deixando a entrevista mais engraçada.
– Eu queria cavar um buraco no chão e enfiar minha cara lá dentro. – Holland suspirou, pendendo a cabeça para trás e fechando os olhos.
– Eu conheço lugares muito mais interessantes para você enfiar o rosto, Tom, basta você pedir.
Holland levantou o olhar até a porta e visualizou escorada no batente, usando um vestido preto soltinho e botas de salto. Os cabelos estavam presos em um coque alto e ela estava com a mesma maquiagem que usara na entrevista. Apesar do visual tranquilo, o sorriso malicioso estava estampado nos lábios da garota e os olhos brilhavam em divertimento.
Harrison deixou uma gargalhada escapar e Tom sentiu novamente suas bochechas corarem.
– Você adora me deixa constrangido, não é? – Ele questionou, suspirando em seguida. Não conseguia conter as bochechas coradas, mas esperava ter alguma dignidade para rebater as gracinhas de .
– Sim. – Ela sorriu, entrando no camarim e sentando ao lado do rapaz. – Eu me divirto horrores com tudo isso. – Abriu um sorriso gigante.
Pelo canto do olho, Holland pegou Harrison saindo de fininho da sala. O garoto fez uma nota mental para xingar o amigo mais tarde por abandoná-lo.
– Dá para perceber. – Ele disse, se levantando do sofá. Abriu o frigobar e pegou uma garrafinha de suco, bebendo todo o líquido em poucos goles. Voltou a se sentar, mas dessa vez, na poltrona, que ficava de frente para o sofá. Decidido a não fugir e tentar revidar da melhor forma que pudesse.
– Então, me diz uma coisa… – começou, com seu tom de voz sugestivo e Tom logo imaginou que ela iria provocá-lo novamente.
– O que? – A encarou, com convicção.
– Quando vai me dar aquele beijo? – Ela perguntou, se inclinando para ele e deixando seus rostos a poucos centímetros de distância.
– Não sei. – Tom respondeu. – Quando você quer?
o encarou, voltando a se recostar no sofá e arqueando as sobrancelhas.
– Você não está tentando reverter esse jogo, está? – Ela questionou, com diversão.
– Talvez. – Ele deu de ombros.
gargalhou, realmente impressionada pela atitude do rapaz. Tom lançou um olhar intenso para ela, que apenas sacudiu a cabeça e se levantou.
– Tudo bem. Se é assim que você quer.
– Pensei que você queria que eu cedesse. – Tom comentou, arqueando as sobrancelhas para ela.
– Sim, eu queria. Mas parece que as coisas vão ficar ainda mais interessantes. – Sorriu de forma angelical. – E eu estou adorando isso.
Dito isso, se colocou para fora do camarim, deixando Tom confuso e atordoado, sem saber quais eram as intenções de .
Aquela mulher iria deixá-lo louco.
terminou de gravar suas cenas com Tom e Jacob ao final da tarde. Tinha um compromisso importante, então apenas correu para seu camarim para trocar de roupa. O conjunto blusa de botões e saia plissada de Gwen Stacy era até bonitinho, mas nada que fosse realmente usar fora dos sets. Não combinava em nada com sua personalidade. Pegou sua bolsa e saiu do camarim, ouvindo as risadas de Tom e Harrison na sala da frente. Parou por um momento, tentada a entrar e provocar Holland apenas mais um pouquinho, mas logo afastou aqueles pensamentos e correu para fora do estúdio. Estava atrasada e não poderia se dar ao luxo de deixar Edward a esperando à toa.
Tinham poucos fãs nas portas do estúdio e logo foi abordada por alguns, ansiosos para falarem a respeito do papel dela no filme e parar tirar uma foto. os atendeu com carinho e logo estava em seu carro, dirigindo pelas ruas de Nova Iorque no limite de velocidade permitido por lei. Estacionou em frente ao restaurante em que Edward havia marcado a reserva e entregou as chaves para o manobrista. A moça da recepção sorriu para e logo a loira estava acomodada na mesa, com Edward a sua frente. O irmão de a abraçou com força, antes de segurá-la pelas mãos e sorrir.
– Como você está?
– Bem e você, Ed? – Ela questionou, com preocupação.
– Ótimo. Sóbrio a quatro meses. – O rapaz afirmou, com certo orgulho na voz.
suspirou em alívio, acariciando o ombro do irmão em seguida.
– Isso é maravilhoso. Estive muito preocupada com você. – Ela afirmou, com o tom de voz pesaroso. – Queria muito ter ido te visitar.
– Você não poderia e não deveria, . – O rapaz suspirou. – Eu sei o quanto é difícil para você voltar.
– E como eles estão? – Ela questionou, apenas por educação.
E por mais que fingisse interesse, Edward sabia que ela realmente não se importava com a resposta que ele daria. apenas não queria magoar Edward ao demonstrar sua total frieza com relação a tudo que fazia referência aos pais.
– Mamãe está tentando fazer a agência de modelos prosperar. E papai está trabalhando com o administrativo da loja. Estão bem. – Ed afirmou, enquanto assentia.
– Isso é bom.
– Mas e você? Está mesmo bem? – O irmão questionou, preocupado. – Fiquei sabendo dos rumores que saíram na mídia.
– São apenas rumores, nada demais. – deu de ombros. – Estou gravando Spider-Man e está sendo maravilhoso. – Ela sorriu contente.
– Fico feliz, irmã. – Ed também sorriu. – Mas e o seu namorado?
– Eu não tenho namorado, você me conhece. – revirou os olhos.
– Bom, talvez você devesse avisar a ele. – O homem riu, enquanto arqueava as sobrancelhas, em confusão.
– O que? – Indagou.
Edward riu. – Eu não sei como você consegue decorar textos imensos e não tem a capacidade de prestar atenção nas coisas ao seu redor.
– Faça sentido, Edward. – bufou, irritada pela implicância do irmão.
– Seu suposto namorado acabou de se acomodar na mesa perto da janela. – O loiro falou e virou-se de costas, encontrando Tom e Harrison a três mesas de distância deles. Tom acenou em cumprimento e Osterfield lhe lançou um sorriso fraco. Ela mordeu o lábio inferior, antes de acenar e voltar a prestar atenção no irmão.
– Ele não é meu namorado. – declarou por fim. Edward riu fraco.
– Não foi o que saiu na mídia.
– A mídia aumenta tudo. – Suspirou, cansada. – Não estou namorado e duvido que algum dia eu vá namorar.
– Tudo bem. – Edward se rendeu, levantando as mãos para o alto.
A garçonete do restaurante se aproximou dos irmãos e ambos fizeram seus pedidos, já acostumados a comer a mesma coisa quando se encontravam.
– Vai ficar por quanto tempo? – A loira questionou, bebericando seu suco de laranja.
– Umas duas semanas. – Ed respondeu. – Tenho algumas papeladas para resolver e vai levar alguns dias.
– Quer ficar lá em casa? – Questionou. – Sabe que tem espaço e não vai atrapalhar em nada. – Falou. – Só vai ter que dividir o apartamento comigo e .
Ed deu de ombros, sorrindo torto. e ele tinham um passado, que se tornava muito presente quando se encontravam.
– Sem problemas. Deixei minha mala na casa do James. – Mencionou o melhor amigo e fez uma careta, revirando os olhos em seguida. Edward ignorou a reação da irmã, pois a conhecia bem demais para evitar entrar naquele assunto.
– Podemos passar lá para você pegar as suas coisas. – Ela sugeriu. – Mas não vou subir. – Lembrou.
– Eu sei.
Jantaram tranquilamente, enquanto conversavam sobre tudo e nada, como costumavam fazer quando ainda moravam juntos na Irlanda. Diferente da relação com os pais, era muito próxima de Edward e sentia muita falta do irmão. Passou por um período conturbado quando o rapaz decidiu se internar em uma clínica de reabilitação e se culpava por tê-lo abandonado quando se mudou definitivamente para Los Angeles. E embora Edward não a culpasse, ela se sentia em dívida com o irmão.
– . – Ed chamou, alguns minutos após eles finalizarem o brownie com sorvete que haviam pedido para a sobremesa.
– Sim? – A garota levantou os olhos para ele, abandonando a colher no prato.
– Estamos sendo observados pelo seu não-namorado. – Foi o que ele disse e se virou para trás novamente, encontrando os olhos de Tom fixos nela. Sorriu, acenando para o garoto, se voltando para o irmão, sem dizer uma palavra. – Tudo bem, o que foi isso? – O rapaz questionou curioso. riu.
– É uma história um pouco longa, que ainda não se desenrolou. – Ela deu de ombros.
– Pois bem, a sua história um pouco longa e que não se desenrolou está vindo para cá. – Edward informou e sorriu com malícia.
Logo sentiu Tom as suas costas, virando-se em direção ao rapaz e o fitando com curiosidade.
– Sim? – Ela disse, simplesmente.
– Podemos conversar? – Holland indagou, acenando brevemente para Edward.
– Vou ao banheiro. – O irmão informou, se levantando e sumindo por entre as pessoas. Tom sentou ao lado de , que arqueou as sobrancelhas em sua direção.
– Desembucha, Holland. – Ela murmurou, com os olhos em fendas.
– Nunca te vi por aqui antes. – O rapaz disse, tentando enrolar. revirou os olhos.
– Edward está hospedado aqui por perto e fez a reserva. Não fica perto do meu apartamento, por isso você nunca me viu por aqui. – deu de ombros.
– E quem é Edward? – Tom questionou, sem demonstrar que estava sentindo ciúmes.
– Meu irmão. – falou e Tom se surpreendeu, sentindo as bochechas corarem no mesmo instante. Não havia percebido semelhanças entre o rapaz que antes sentava-se com e a mulher ao seu lado. Ela sorriu para ele, apertando suas bochechas com os dedos. – Não precisa ficar com vergonha, Tom.
– Eu não estou. – O rapaz retrucou, emburrado. riu mais, sabendo que era mentira.
– Sabe o que isso me lembra? – Ela perguntou, fitando-o com intensidade. Os cabelos revirados o deixavam ainda mais charmoso e mal conseguia desviar o olhar da boca de Holland.
– O que? – Tom suspirou já envolto por aquela tensão que sempre os cercava.
– Que nos devemos um beijo. – Ela respondeu. – E eu acho um crime perder essa oportunidade. – Sorriu com malícia.
Edward voltou a mesa e encarou a cena. Sorriu fraco, antes de pigarreou e chamar a atenção para si.
– Vamos? Preciso pegar as minhas malas. – Ele lembrou. assentiu, entregando sua bolsa para o irmão, lançando olhadelas para Holland.
– Eu preciso resolver uma coisa com o Tom primeiro. Pode pagar a conta e pegar o carro? Já te encontro. – Ela murmurou, vendo o irmão se afastar no mesmo instante em que Tom arqueou as sobrancelhas para ela e levantou, o puxando para os fundos do restaurante.
A área externa estava deserta e sorriu assim que passou pelas portas. Ela finalmente ia beijar Tom Holland e sentia a expectativa queimar em sua pele.
puxou Tom pelo braço, se escorando na parede e deixando o rapaz se encaixar por entre suas pernas. Tom a prensou contra a parede, acabando com qualquer distância entre seus corpos. o abraçou pelo pescoço e Holland apertou sua cintura por baixo da blusa, suspirando em seus lábios antes de depositar um selinho na boca de .
– Não temos muito tempo. – Ela o lembrou, mordendo seu lábio inferior e com o olhar fixo no de Holland.
– Isso é uma pena. – Tom disse por fim, vencendo a distância entre eles e finalmente unindo seus lábios. gemeu baixinho, muito mais entregue do que ela imaginara que ficaria, enquanto Tom suspirou, entreabrindo os lábios e deixando sua língua se encontrar com a de . O beijo não era calmo ou delicado, o que apenas aumentava a tensão entre eles. acariciava a nuca de Tom e puxava seus cabelos, enquanto Holland acariciava a pele de por baixo da blusa. A falta de fôlego se fez presente, os fazendo afastar os lábios um do outro e respirar profundamente, antes de voltarem a se beijar mais algumas vezes, intercalando os beijos com mordidas nos lábios e selinhos rápidos.
O celular de vibrou e a garota suspirou, não querendo se separar de Tom de forma nenhuma. Acabou selando seus lábios longamente, antes de abrir os olhos e o fitar. Os lábios vermelhos de Holland a fizeram sorrir e quando ele se aproximou para outro beijo, ela negou com a cabeça e afastou seus braços do pescoço dele.
– Eu preciso ir. – Informou. – Meu irmão está me esperando.
– Tudo bem. – Tom assentiu, a contragosto. – Nos vemos amanhã.
E mesmo com a despedida, ele não a soltou, o que apenas fez alargar seu sorriso. Aproximou-se de Tom, segurando em seus braços e o beijou delicadamente, sem envolver a língua no ato. Suspirou contra seus lábios e o soltou novamente, o empurrando levemente para que ele se afastasse e ela pudesse sair.
– Vem, vamos. – Ela disse, o puxando pela mão para dentro do restaurante novamente. Passou pela mesa onde ele estava sentado e acenou para Harrison, que os encarou com um sorriso malicioso estampado nos lábios. Já na porta do estabelecimento, se virou para Holland e acenou uma última vez, antes de correr para seu carro, encontrando o riso divertido de Edward, que foi o caminho inteiro fazendo piadinhas a respeito do “namorico” de .
Tom apenas compreendeu o quão ferrado ele estava, quando chegou ao set de gravações naquele dia e avistou conversando com Jacob, sentindo uma vontade absurda de puxar a garota para um canto qualquer e beijá-la até ficar com os lábios inchados. Suspirou, ajeitando os óculos que teimavam em escorregar pela ponte de seu nariz e bagunçou os cabelos, sendo seguido por Harrison de perto.
Ambos os rapazes cumprimentaram Jacob e , mas a troca de olhares entre a mulher e Holland não passou despercebida por nenhum dos outros dois. Harrison tinha mais informações que Jacob e ainda sim, podia afirmar com toda a certeza do mundo, que não entendia aquela pseudo relação que estava se estabelecendo entre seu melhor amigo e a irlandesa.
– Jon estava te procurando. – Jacob avisou a Tom, que suspirou, antes de assentir com a cabeça.
– Eu acho que sei o que ele quer. – Murmurou em resposta. – Regravações de Avengers 4.
– Mas já? – Jacob questionou surpreso.
– Na verdade, é a pré regravação. – Tom deu de ombros. – Vou passar o resto da semana sem aparecer por aqui.
– Isso não vai nos atrasar? – questionou, parecendo preocupada. Ela já estava vestindo as roupas de Gwen Stacy e os cabelos penteados para trás e a tiara no topo de sua cabeça apenas lhe davam uma aparência mais angelical do que o normal, fazendo Tom distrair-se e demorar a formular respostas diretas.
– Não exatamente. – Harrison respondeu, tomando a frente. – Todas as cenas sem o Tom ou com o dublê podem ser gravadas nesse período. – Explicou, recebendo um aceno positivo de .
– Entendi. – Ela sorriu. – Bem, preciso correr para a maquiagem. Até daqui a pouco! – E atirando um beijo para todos, sumiu pelo set de filmagens, sendo seguida pelo olhar de Tom.
Harrison riu, enquanto Jacob encarava o amigo com curiosidade.
– Eu perdi alguma coisa? – Jacob indagou, causando um rubor nas bochechas de Tom instantaneamente.
– Quem perdeu alguma coisa foi o Tom, meu amigo. – Harrison zoou. – E ele perdeu todo o autocontrole que um dia ele possuiu.
– Vocês vão me explicar ou eu vou ter que procurar a ? – Jacob disse, impaciente.
– Camarim, por favor. – Tom suspirou, sendo seguido pelos dois amigos para seu camarim individual.
Se largou no sofá, suspirando alto, enquanto Jacob e Harrison ocupavam as poltronas.
– Estão querendo me matar de curiosidade? – Jacob indagou, sem conseguir conter sua curiosidade.
– Tudo que eu sei é que estava jantando com um rapaz naquele restaurante perto de casa, onde sempre comemos. – Harrison começou a contar a história, detendo toda a atenção de Batalon. – Nosso querido Holland ficou com ciúmes e foi tirar satisfações. Alguns minutos de conversa resultaram com os dois nos fundos do restaurante, que só para constar, estava vazio. – O loiro comentou sugestivamente e Jacob sorriu com malícia. – Eles voltaram quase 10 minutos depois, de mãos dadas, com as roupas amassadas e as bocas inchadas.
– Que orgulho! – Jacob riu, se inclinando para frente e sacudindo o ombro de Tom com entusiasmo.
– Vocês nem sabem se aconteceu alguma coisa. – Tom contestou, arqueando as sobrancelhas para os amigos.
Jacob olhou para Harrison, que suspirou.
– Ele não quis me contar.
– Ah não Thomas, não me diga que você se acovardou. – Jacob implorou, sacudindo Tom pelos ombros novamente.
– É claro que não. – Tom bufou. – Aquela mulher não deixa essa opção.
– Então vocês se beijaram? – Harrison indagou, apenas para ter certeza.
– É. – Tom corou, quando as lembranças surgiram em sua mente.
– E agora vocês estão juntos? – Jacob questionou.
– Não exatamente. – Thomas deu de ombros. – Ela não quer um relacionamento.
– Mas você quer?
– Eu quero ela. – Confessou. – Não achei que pudesse piorar a atração que eu já sentia, mas vê-la hoje só deixou bem claro que não existe mais uma realidade onde eu não vá querê-la. – Suspirou, entrando em um dilema interno.
– Bom, isso é um problema. – Jacob disse por fim.
– Vocês são muito dramáticos. – Harrison revirou os olhos. – Já falei para o Thomas pensar com a cabeça, mas ele insiste em se enfiar dentro de uma caixa.
– Tudo bem, não estou acompanhando. – Jacob murmurou, franzindo o cenho em confusão.
– sabe que Tom não vai se contentar com uma foda casual. E mesmo assim, ela está insistindo nele. Talvez ela só diga que não quer algo sério, porque é o modus operandi dela. Tom tem chances de conquistá-la. – Harrison explicou.
– Faz sentido. – Jacob assentiu. – E qual o plano para conquistar o coração de ? – Arqueou as sobrancelhas, demonstrando animação.
– Não tenho um plano. – Tom suspirou. – Não consigo raciocinar direito com ela por perto.
– Enquanto você não dormir com ela, essa tensão não vai te deixar pensar com clareza. – Harrison condenou. – Não sei se admiro a sua resistência ou te acho o maior otário do planeta.
– Provavelmente a segunda opção. – Tom se deixou rir. – De qualquer forma, não vou conseguir pensar em nada até voltar definitivamente para cá. Preciso resolver as coisas com os Russo antes.
– Mas ainda tem o dia de hoje. – Jacob falou, dando de ombros em seguida. Tom sorriu, assentindo em concordância. Ele realmente ainda tinha aquele dia.
E podia fazer um belo estrago na calcinha de antes de deixá-la em abstinência de sua presença.
Peter corria por um beco, com a mochila em umas das mãos e tirando a máscara do uniforme do Homem-Aranha com a outra, quando já estava afastado da rua. Resmungou alguma coisa incompreensível, antes de parar de correr e apertar o botão no peito do uniforme, deixando-o mais largo e mais fácil para retirar. Procurou por suas roupas dentro da mochila e estava com os jeans e as meias no corpo quando uma exclamação surpresa soou as suas costas. Enfiou o uniforme dentro da mochila com um movimento rápido e olhou em volta, se dando conta que estava em um beco ao lado da escola e que Gwen Stacy o encarava com o semblante curioso. A garota usava uma calça jeans e uma blusa de botões branca, diferente das roupas que normalmente usava na escola. Os cabelos loiros estavam soltos e ela não usava sua costumeira tiara.
– O que está fazendo aqui, Peter? – Questionou, com preocupação, após passar os olhos pelo estado do garoto. – Você foi assaltado? – Indagou, arregalando os olhos brevemente.
– Não, eu… – Peter engoliu a seco, sem saber que desculpa utilizar para sair daquela situação sem parecer maluco. – Precisei trocar de roupa. Minha camiseta estava suja. – Falou por fim, sabendo que não soara tão convincente quanto gostaria.
– Poderia utilizar o banheiro da escola. – Gwen comentou, de forma gentil. – De qualquer forma, nos vemos na reunião? – Indagou, sorrindo aquele sorriso que enfraquecia as pernas de Parker.
– Claro. – Peter murmurou, observando-a acenar e seguir para a escola, com a típica expressão apaixonada que ele já estava acostumado a montar quando se tratava de Gwen Stacy.
– E corta! – Jon gritou, com um largo sorriso no rosto. Tom logo deixou os ombros caírem e seguiu para o lado do diretor, querendo uma opinião a respeito da cena. Com a mesma motivação, voltou correndo para o set e parou ao lado de Holland, com a respiração falha e os cabelos desgrenhados.
Tom levantou a mão direita e a moveu até os fios da loira, os colocando no lugar enquanto ela o observava atentamente. Sorriu, voltando sua atenção para Jon, que repassou a cena para os atores verem e decidirem se precisavam de mais uma tomada. Apesar dos altos padrões que Jon estabelecia para a atuação no filme, tanto Tom quanto gostavam de rever suas performances e julgar por si mesmos se precisavam melhorar alguma coisa.
– Por mim está ótima. – Holland disse por fim, após o olhar questionador de Jon cair sobre si.
– Eu também gostei. – assentiu com a cabeça.
Estavam gravando dentro do estúdio C, que era a céu aberto e dava uma maior veracidade para as cenas que supostamente se passavam na rua. Um pequeno beco havia sido montado entre os trailers que normalmente ocupavam aquele espaço, e serviam para gravar as cenas fora do set de Spider-Man.
– Por hoje é só isso, pessoal! – Jon gritou, dispensando a equipe. Voltou-se para Tom no instante seguinte. – Te vejo na segunda, certo?
– Sem dúvidas. – Tom assentiu. – Alguma cena específica?
– Não, vamos continuar de onde paramos. – Watts informou. Acenou para os atores e sumiu pelo set de filmagens, enquanto o restante da equipe se dispersava aos poucos.
– Não vou te ver até segunda então? – indagou, com o cenho franzido e um brilho nos olhos que Tom já identificava como segundas intenções por parte dela.
– Sim. – Respondeu.
– E quem eu vou provocar durante o resto da semana? – Ela fez bico com os lábios, chamando a atenção de Holland para sua boca no mesmo instante.
– Espero que ninguém. – Ele mordeu o próprio lábio, jogando as mãos para trás do corpo, em uma tentativa de evitar puxar a cintura de para junto de seu corpo.
– Você é ciumento, Thomas? – Ela questionou, com um sorriso torto. Deu um passo para frente, ficando mais próxima do que a sanidade de Tom poderia aguentar. – Porque se for, não precisa se preocupar. Só tenho olhos para você agora.
– Não sou ciumento. – Foi o que Tom replicou.
– Pois deveria ser. – soprou. – Fodas pós-briga são as melhores.
E as bochechas de Tom coraram no mesmo instante. O rapaz se questionou se algum dia conseguiria se equiparar a em suas frases e chegou a conclusão de que não. Ela falava com tanta naturalidade, que não soava forçado aos seus ouvidos. Já para Tom, qualquer palavra errada o deixava corado.
– Vai sentir minha falta? – Ele murmurou, tendo consciência de que aquele era o máximo de atrevimento que sairia de seus lábios.
– Se você quer que eu sinta a sua falta, tem que me dar alguma coisa para esperar. – Rebateu, fazendo Tom sorrir e em um impulso, puxá-la para dentro do trailer mais próximo, que para sua sorte, estava destrancado.
Holland segurou na cintura de , dando passos para trás e caindo no sofá. Puxou a loira para si e ela sorriu, antes de ficar de joelhos, com Tom entre suas pernas. Ele não deu tempo para que ela pensasse em qualquer coisa, pois a puxou pela nuca e grudou seus lábios nos dela. Uma das mãos segurava os cabelos de em um bolo, enquanto a outra subia pela cintura dela, por debaixo da blusa, acariciando a pele macia e arrepiando seus pelos.
suspirou contra a boca de Tom, sentando no colo dele e o abraçando pelo pescoço, unindo seus corpos ainda mais. Ela entreabriu os lábios apenas para sentir um chupão em seu lábio inferior, perdendo o resto de sanidade que lhe restava e afundando as unhas nas costas de Tom. O rapaz invadiu a boca de com a língua, fazendo-a perder o ar devido a intensidade com a qual o beijo se iniciou. As línguas se acariciam com intensidade e soltava gemidos baixos a cada vez que Tom chupava a língua dela e apertava sua cintura. O rapaz desceu a mão que segurava os cabelos de para sua bunda, espalmando as duas mãos no local e apertando suavemente. sorriu, findando o beijo com duas mordidas no lábio de Tom e o encarando com diversão.
– Você é meio bruto, Tom. – Ela observou, segurando o rosto do rapaz e olhando fixamente em seus olhos. – Mata a minha curiosidade e responde se você fode com força ou gosta de trepada amorzinho.
Tom sorriu, selando seus lábios rapidamente antes de mover a boca para a clavícula de e deixar algumas mordidas no local. – Você vai ter que descobrir sozinha. – Sussurrou contra o pescoço dela, deixando alguns beijos molhados, que a fizeram suspirar.
– Você está me fazendo passar vontade. – disse, o repreendendo. – Vou ter que me tocar novamente quando chegar em casa. – Falou, causando um arrepio na nuca de Thomas. Beijou o rosto e o pescoço do garoto, parando a boca em sua orelha e mordendo o lóbulo com suavidade. – Você vai se tocar pensando em mim, Tom?
– Sem nenhuma dúvida. – Respondeu.
– Ótimo. – sorriu. Empurrou Tom pelo peito e voltou a pisar no chão, lançando um olhar malicioso para ele em seguida. – Talvez eu até te mande uma foto.
Se inclinou e o beijou novamente, acenando antes de sair do trailer. Tom gargalhou, mesmo que a situação que havia ficado em suas calças fosse mais desesperadora do que qualquer outra coisa. Ele certamente ia esperar pela foto.
Mais tarde, deixou os dois na porta do prédio em que morava, com um aviso explícito para as ambos se comportassem e dirigiu para o set de filmagens. Encontrou Jacob Batalon no estacionamento e acenou para o rapaz, que a esperou descer do carro para caminharem juntos para o estúdio.
– Boa tarde, Jacob! – Ela sorriu, de forma simpática.
– Chegando agora? – Indagou.
– Sim. – Suspirou. – Apenas cenas rápidas hoje.
– Que inveja. – Batalon riu. – Estou gravando com Tom a manhã inteira.
– Oh, Tom já está de volta? – Questionou, fingindo-se de desentendida.
– Como se você não soubesse que sim. – O rapaz acusou, fazendo-a dar de ombros e rir.
– Nem todos se convencem com essa cara de surpresa. – comentou. Empurrou as portas do estúdio A e logo a movimentação pela qual era apaixonada entrou em seu campo de visão.
– Eu teria me convencido, caso não tivesse passado a manhã com Tom e sua ansiedade. – Jacob comentou, atraindo a atenção da loira, que arqueou as sobrancelhas e procurou por Thomas pelo set. O encontrou sentado em sua cadeira, lendo o texto e já uniformizado.
– Muito obrigada por essa informação. – Ela se virou para Jacob, sorrindo com diversão.
– Não tem dê que. – Jacob assentiu, sumindo pelo corredor dos camarins.
caminhou até a cadeira destinada a ela, colocada ao lado da de Tom naquela tarde. Sentou-se e aproveitou o set vazio para colocar a mão esquerda na coxa de Thomas e apertar o local com a ponta dos dedos. Holland pulou de susto, afastando o olhar do texto em suas mãos e os fixando em . Sorriu largo e ela o achou extremamente fofo. Apenas para revirar os olhos para si mesma e afastar aqueles pensamentos.
Sexo, . Apenas isso.
– Achei que não vinha hoje. – Ele comentou.
– Só tinha algumas cenas rápidas e Jon me autorizou a vir apenas à tarde.
– Ah sim. – Thomas murmurou.
– Sentiu saudades é? – indagou, acariciando a perna de Tom, a mão próxima demais da virilha dele. Holland soltou o ar pela boca audivelmente e a encarou com intensidade.
– Se eu disser que não, vou estar mentindo. – Ele respondeu. – Pensar em você está virando rotina.
arqueou as sobrancelhas, realmente surpresa com as palavras de Holland. Esperava bochechas coradas e fugas nada sutis por parte dele.
– Espero que minha foto tenha te alegrado. – Ela sorriu, de forma inocente.
– Ah, com certeza. – Ele sorriu largamente. – Muito obrigado, aliás.
– Estarei esperando o retorno da gentileza. – disse por fim, afastando a mão do corpo de Tom assim que vozes e passos se fizeram presentes.
– É claro que vai estar. – Thomas riu e o encarou com os olhos em fendas.
Ele estava muito saidinho naquele dia e ela já tinha uma ideia de como fazê-lo voltar ao estado de bochechas coradas que a deixava com a calcinha molhada e uma vontade imensa de beijá-lo. Sorriu largo para Tom, levantando da cadeira e seguindo para seu camarim. Trocou de roupa e foi direto para a maquiagem e para o cabeleireiro, batendo o recorde e encarnando Gwen Stacy em menos de meia hora.
Voltou para o estúdio, já com seu texto em mãos e os ouvidos atentos a conversa que acontecia no set. Jon sorriu para ela e acenou para que se aproximasse. Tom e Jacob estavam ali, já caracterizados como seus personagens.
– Boa tarde, . – Jon a cumprimentou. – Aproveitou a pequena folga?
– Se com aproveitar você quer dizer dormir, então sim, aproveitei. – Ela respondeu, sorrindo e Jon riu.
– Não deixa de ser um aproveitamento. – Comentou. – Enfim, vamos lá. Todos preparados para suas cenas de hoje? São cenas importantes. Gwen quase vai descobrir o segredo de Peter e Ned vai ajudar a manter a identidade secreta do Homem-Aranha oculta, mais uma vez.
– Preparados. – Tom falou. Ned, ao seu lado, assentiu e apenas levantou o polegar indicando um “certo”.
– Depois dessa cena, teremos uma cena entre os vilões e vocês podem assistir, mas já sabem…
– Bico fechado. – murmurou, junto dos outros dois atores.
– Meus orgulhos! – Jon brincou, mandando cada ator para sua marca no instante seguinte.
O cenário era a casa de Peter. Gwen tinha um trabalho escolar para realizar com Peter e chegara adiantada a casa do rapaz. Tia May a autorizara a entrar e esperar no quarto de Peter, que estaria conversando com Ned a respeito do encontro que tivera com o vilão, Mysterio. parou a sua marca, no corredor do prédio em que Peter morava. Marisa já estava na sala, com a televisão ligada e Tom e Jacob no quarto de Peter. Jon iniciaria a gravação com a conversa entre os dois amigos, cortando para a tomada em que Gwen tocaria a companhia e seria recepcionada por May.
A cena em si levou meia hora para ser gravada, mas tanto Tom quando pediram uma segunda tomada pois observaram erros em suas posturas. Jon concordara com eles e solicitou uma terceira tomada, apenas por garantia. Revisaram as cenas, observando cada pequeno detalhe e enfim, foram liberados para um breve intervalo, antes de seguirem para o estúdio B e assistirem a cena entre Jake Gyllenhaal e Michael Keaton, o ex-vilão Abutre.
estava na cozinha, com uma fatia de bolo de chocolate e um copo de suco de laranja. A cadeira a sua frente, antes vazia, foi ocupada por Tom já usando jeans e camiseta. Ele sorriu para ela e o encarou com curiosidade, dando uma última garfada no bolo e afastando o prato de si.
– Hey. – Thomas murmurou. arqueou as sobrancelhas para ele, em dúvida quanto aquele comportamento.
– Hey. – Retrucou. Cruzou os braços em cima da mesa e Tom desviou o olhar rapidamente para seu decote, fazendo-a sorrir satisfeita. Ainda não havia trocado de figurino, então usava a saia e a regata de Gwen.
– Eu queria te perguntar uma coisa. – Coçou a nunca, desconfortável. – Mas não sei como você vai reagir.
– Você só vai descobrir quando perguntar. – pontuou. Tom assentiu brevemente, soltando o ar pela boca e encostando-se a cadeira.
– Podíamos sair. – Ele falou, receoso.
– Sair? – franziu o cenho. – Como em um encontro?
– É, – Suspirou. – Tipo isso.
– E porque? – Indagou surpresa. Não era convidada a ir a encontros pelos caras com quem, ocasionalmente, se relacionava.
– Porque eu gostaria de sair com você. – Tom falou, dando de ombros. o mediu com o olhar, antes de sorrir sem mostrar os dentes e assentir com a cabeça.
– E esse encontro vai terminar em sexo? – Questionou os olhos brilhando em malícia. Thomas corou e deu de ombros novamente.
– É possível. – Ele disse por fim.
– Sábado. As 20h. – falou, levantando da cadeira e colocando o prato na pia. Parou ao lado de Tom e se inclinou para ele, depositando um beijo rápido em seus lábios. – Estou ansiosa.
Estalou os lábios na bochecha dele, antes de seguir para o estúdio B e ocupar uma das cadeiras vazias em torno do set. Tom chegou instantes depois dela, ocupando um lugar no outro extremo do set e sorriu, satisfeita, pois seu plano correria perfeitamente.
Cumprimentou os atores e a equipe e aguardou o início da cena para digitar uma mensagem para Holland, que tinha o celular em mãos. Observou a expressão dele com divertimento.
Tom arqueou as sobrancelhas, confuso. Levantou o olhar para e recebeu um sorriso da loira, antes de digitar uma resposta.
Tom: O que foi? 03h45min PM
viu o exato momento em que Tom abriu a foto e arregalou os olhos, ficando extremamente ruborizado. Ela sorriu, lambendo os lábios antes de voltar a digitar.
Tom: Porra 03h47min PM
Tom: , por favor 03h48min PM
sorriu, encarando o olhar desesperado de Tom do outro lado do set. Ele se remexeu na cadeira, desconfortável e ela alargou seu sorriso.
observou Tom suspirar e levantar da cadeira que ocupava, sumindo pelos corredores no instante seguinte. Sorriu largo, bloqueando o celular e voltando a prestar atenção na cena. Sua calcinha estava pesada, mas nada lhe deixava mais feliz do que imaginar Tom se masturbando no banheiro pensando nela.
Mais uma vez.
Tom dormiu por quase uma hora. Acordou de supetão, sentindo a presença de alguém no camarim junto com ele. Estava atordoado e também, excitado. Havia sonhado com e só de pensar nas coisas que haviam acontecido em seu sonho, suas bochechas coravam e sua boca ficava seca. Suspirou, passando as mãos no rosto e então abrindo os olhos, olhando a sua volta. Encontrou um pacote da Pizza Hut em cima da mesa e agradeceu a Harrison por não tê-lo acordado para comer. Varreu o restante do cômodo com o olhar, encontrando mexendo nos papéis que estavam na estante. Ela se virou para trás e encontrou Tom a observando. Sorriu fraco, antes de explicar o motivo de sua presença.
– Deixei meu roteiro em casa. – Ela murmurou. – Vim pedir o seu emprestado, mas você parecia cansado e não quis te acordar.
– Na pasta preta. – Thomas falou, sentando-se no sofá e fazendo questão de colocar a almofada em seu colo, de forma nada discreta. de shorts jeans e cropped não estavam ajudando em nada em sua situação. seguiu os movimentos de Tom com o olhar, arqueando as sobrancelhas quando notou a almofada estrategicamente usada para esconder sua ereção e as bochechas coradas. Abandonou a estante e se aproximou de Holland, com passos suaves.
– O que aconteceu? – Indagou, curiosa.
– Nada. – Tom respondeu, rápido demais e sem olhar em seu rosto.
sentou-se no sofá, ao lado do rapaz, e cruzou as pernas, atraindo os olhos dele brevemente para o ato. Tom sacudiu a cabeça e desviou o olhar, se repreendendo. Ele queria sim, acabar com aquela tensão que os rodeava. Mas também queria que fosse um momento legal e que eles pudessem aproveitar com calma. Thomas apenas não sabia que para , eles poderiam aproveitar por partes e o ato final não seria menos sensacional por conta daquilo.
– Não achou o roteiro? – Ele questionou, tentando desviar a atenção da mulher.
– Você me distraiu e agora estou curiosa. – Alegou. – O roteiro pode esperar.
– É? – Se fez de desentendido. – Sobre o que?
sorriu largo, da forma como fazia quando soltaria um comentário que o deixaria desconfortável, e Tom presumiu que havia escolhido as palavras erradas.
– Sobre o motivo de ter uma almofada no seu colo. – Falou, se aproximando dele, ficando a menos de dez centímetros de distância. – Está escondendo alguma coisa, Thomas?
– Não. – Respondeu, novamente rápido demais.
– Então deixa eu ver. – Desafiou, o brilho nos olhos capturando toda a atenção de Holland, o transportando para aquela atmosfera de tesão que ele só sentia com . Aquela mulher o havia enfeitiçado.
– Não tem nada para ver. – Retrucou, enrubescendo.
– Thomas, por favor. – rolou os olhos. – Você não é nada discreto e não sabe mentir. – Acusou. – Está excitado por causa de um sonho e isso é completamente ok.
– Você não deveria estar se arrumando? – Ele mudou de assunto, desviando o olhar do dela. – Nós vamos gravar hoje, pelo que eu sei.
– Ainda temos uma hora. – sorriu maliciosamente. – E nesse meio tempo, você pode me contar do seu sonho.
puxou a almofada das mãos de Tom, antes de se colocar de joelhos no sofá e passar uma perna para cada lado do corpo dele. Sentou em seu colo, deixando as mãos em seus ombros e os lábios muito perto dos dele. Holland levantou os olhos para ela e suspirou, segurando na cintura dela com firmeza e a fazendo sorrir largamente.
– Me conta, Tom. – Ela sussurrou, se aproximando da orelha do rapaz e mordendo o lóbulo rapidamente, antes de descer os lábios para o pescoço dele e deixar alguns beijos molhados. – Você sonhou comigo? Ou com outra pessoa? Não vou ficar brava se você sonhou com outra. Mas quero os detalhes. – Se aproximou mais do tronco de Holland, se movimentando no colo dele e fazendo Tom gemer baixinho. Se já estava excitado antes, naquele momento, com grudada em seu corpo, ele estava prestes a mandar tudo para o inferno e acabar com aquela tensão de uma vez por todas. , sentindo o contato entre seus sexos, mesmo com as camadas de roupas entre eles, suspirou baixinho e mordeu a clavícula de Tom, passando os braços ao redor do pescoço dele e grudando seus seios em seu peito.
– Foi com você. – Tom murmurou. – Não poderia ser com outra.
– Gosto das suas palavras. – falou. Subiu os beijos para o rosto do garoto, que espalmou as mãos nas coxas dela e a puxou para mais perto de si. Ambos suspiraram com o contato, tão mais íntimo do que qualquer outro que já tiveram. – Fala mais. – Pediu. – Sua voz fica uma delícia sussurrada, sabia?
– . – Tom suspirou. – Se a gente começar, não vai conseguir parar. – Pontuou, respirando fundo, enquanto ela o beijava no queixo.
– Temos tempo, Tom. – Falou, o fitando nos olhos com intensidade. – E ninguém disse que a gente precisa seguir o protocolo. – Sorriu com malícia, puxando os cabelos da nuca dele.
Ele se inclinou pela ela, grudando seus lábios e iniciando um beijo de tirar o fôlego. Tom apertou os dedos nas coxas de , fazendo-a suspirar e abraçá-lo com mais força pelo pescoço. Logo uma das mãos de Tom estava subindo pelo corpo de , por dentro da blusa e alcançando o seio descoberto dela. gemeu ao sentir a carícia em seu mamilo, cravando as unhas nas costas de Thomas. Separou seus lábios, mordendo o inferior do rapaz e o puxando com os dentes.
– Com o que você sonhou? – Indagou, sem se deixar esquecer.
– Com você. – Ele respondeu, brincando com o mamilo dela por entre seus dedos. – Na minha cama.
– E como eu estava? – Suspirou, contendo a vontade de tirar a própria blusa e extravasando sua excitação nas costas de Tom. Ele certamente ficaria marcado e esperava que nenhuma cena sem camisa fosse necessária pelo resto da semana. – O que a gente estava fazendo?
– Você estava com uma camisola preta. – Tom contou, afastando os dedos do seio de e segurando a barra da blusa dela, a subindo lentamente. Não conseguia desviar o olhar do dela e sentia seu pau ficar cada vez mais duro. – Mal cobria a sua bunda e eu não conseguia tirar os olhos de você.
suspirou, afastando os braços do pescoço de Tom e segurando as mãos dele, ajudando-o a tirar aquela maldita blusa que já a estava incomodando. Aproveitou e puxou a de Thomas no mesmo instante, grudando novamente seus corpos e aproveitando a falta de tecido para passar os dedos pelo abdômen de Holland. Aqueles gominhos a tiravam do sério e precisou conter a vontade de passar a língua por toda aquela área, já que no instante seguinte, Tom desceu os lábios para o pescoço dela, mordendo e chupando sua pele com vontade.
– E o que você fez ao me ver usando uma camisola tão pequena? – Questionou, afobada. Os beijos dele já estavam em seu maxilar e Tom não parecia disposto a parar de descer a boca por seu corpo. Ela já se contorcia no colo dele, imaginando aquela boca maravilhosa em seus seios.
– Você quer que eu fale, ou que eu te mostre? – Questionou, finalmente desistindo de lutar contra a vontade de transar com , que o estava assombrando a semanas.
– Gosto da sua voz. – Ela murmurou. – Mas gosto mais da sua boca. – E com isso, puxou-o pelo pescoço e capturou seus lábios em outro beijo, ainda mais voraz do que o anterior. Tom usou a mão esquerda para abrir o botão do jeans de , que se moveu para cima e o ajudou a descer a peça. Logo ela estava apenas com uma calcinha preta, que mais parecia um shorts minúsculo, rebolando no colo dele, enquanto suas línguas se acariciavam e se chupavam e ela puxava os cabelos dele sem piedade. Thomas espalmou as mãos na bunda de , puxando-a outra vez para perto de si e então usando a destra para adentrar a calcinha dela. Sentiu o fundo da peça já molhado e suspirou, antes de usar dois dedos para acariciar os grandes lábios da boceta de .
A garota grunhiu, puxando os cabelos dele com mais força e afastando seus lábios, movendo-os para a orelha de Tom, onde gemeu baixinho e arrepiou os pelos dele. Tom usou dois dedos para afastar os grandes lábios e acariciar a intimidade de , movendo os dedos de cima para baixo e baixo para cima, acariciando toda a extensão da boceta dela, sem realmente encostar em seu clitóris ou penetrá-la. gemeu mais alto, sentindo-se encharcar os dedos de Tom.
– Me fala. – Ela sussurrou, mordendo o pescoço dele e voltando a olhá-lo nos olhos. – O que mais nós fizemos? Você me fodeu?
– Do jeito que você pediu. – Thomas murmurou, descendo a trilha de beijos pelo pescoço da loira, chegando a seus seios e rodeando o mamilo esquerdo dela com a língua. Beijou e sugou com delicadeza, arrancando um gemido alto dela.
– E como foi que eu pedi?
– Assim. – Pontuou, enfiando a ponta de dois de seus dedos na entrada dela, que já estava úmida e pronta para ele. gemeu, assentindo com a cabeça e cravando as unhas nas costas de Holland. – E com a boca. Ando sonhando com o teu gosto nos meus lábios tem semanas. – Ele sussurrou, passando seus beijos e carícias para o outro seio. Sentiu a menina se arrepiar e enfiou seus dedos um pouco mais fundo. – E foi tão gostoso que você chegou a gritar.
– Tom, por favor. – implorou. – Eu estou pingando. Me fode logo. – Uma nova rebolada, em busca da fricção entre sua boceta e os dedos dele se fazendo presente.
– Mas eu vou deixar para te chupar no sábado. – Murmurou. – Com calma e com dedicação. Agora eu só vou te foder, do jeito que você pediu – Selou seus lábios aos dela, finalmente penetrando-a com seus dedos e fazendo-a gemer alto. respirou fundo, antes de voltar a beijá-lo, os dedos de Tom saindo e entrando novamente em sua boceta.
Gemeu baixo no ouvido dele, quando Tom torceu os dedos e estimulou o clitóris dela, mantendo um ritmo rápido de estocadas com seus dedos.
– Thomas, continua assim. – Ela suspirou, gemendo longamente, enquanto Tom beijava sua clavícula.
– Se eu soubesse que você gemia tão gostoso, tínhamos feito isso antes. – Comentou, vendo-a se contorcer em seu colo.
Tom usou o polegar para acariciar a intimidade de , sem interromper a penetração com os dedos, provocando uma dupla estimulação no clitóris da loira. Seus dedos escorregavam com facilidade na entrada de , e Tom já imaginava como seria enfiar seu pau no lugar de seus dedos. Gemeu apenas com a possibilidade, aumentando o ritmo das estocadas e fazendo grunhir e rebolar novamente. Aproveitou da posição para espalmar a outra mão na bunda da garota, apertando seus dedos no local e suspirando.
– Gostosa. – Gemeu no ouvido dela, sentindo a entrada de se fechar contra seus dedos, indicando que ela estava prestes a gozar. Aumentou a estimulação no clitóris dela e beijou seus lábios e pescoço.
não falou nada, apenas cravou as unhas nos ombros de Tom e rebolou novamente, respirando fundo uma última vez antes de gemer alto e se derreter em um orgasmo intenso, que fez todo o corpo de tremer. Ela suspirou contra o pescoço de Tom, o corpo mole demais para fazer qualquer coisa que não fosse respirar fundo. Holland tirou os dedos de dentro dela e os levou aos lábios, provando do gosto que o estava tirando o sono e gemendo em seguida. Era muito melhor do que ele imaginava.
– Eu deveria ter te chupado. – Confessou, antes de sentir os lábios dela tomarem os seus em um beijo intenso.
Tom mal havia fechado a porta do carro, quando seu celular tocou e ele precisou interromper a conversa com Harrison. Ele sorriu imediatamente ao visualizar o número da mãe no visor e logo havia atendido a ligação.
– Mãe! – Saudou. – Que saudades! – Colocou o cinto, enquanto Harrison dava a partida no veículo.
– Oi querido, também estou com saudades! – Nikki falou e Tom podia imaginá-la sorrindo. – Harry disse que você está bem ocupado essa semana, por isso resolvi te ligar.
– Pode ligar sempre que quiser, mãe. – Tom pontuou. – Tenho sempre um tempo para você.
– E quando vem para casa?
– Duas ou três semanas. – Tom murmurou. – Ainda temos cenas para gravar aqui em Nova Iorque, antes de irmos para a Inglaterra.
– E você vai ficar aqui conosco, não é? – Nikki indagou, parecendo ansiosa.
– Sim, é claro. – Tom franziu o cenho. – Porque não ficaria?
– Harry comentou a respeito de uma garota. – Foi o que a mulher respondeu e Tom ficou ainda mais confuso.
– Harry só chega no domingo. Como ele poderia saber… – Tom começou a questionar, parando seu olhar em Harrison e sua expressão de culpa. – Mãe, eu já te retorno. Preciso matar o Harrison. – Avisou, fazendo Nikki gargalhar e Harrison revirar os olhos.
– Uma hora ela iria descobrir que você está apaixonadinho. – O loiro retrucou.
– Fofoqueiro deveria ser seu sobrenome. – Tom acusou, ainda com o telefone em mãos. – Eu não acredito que você foi fazer fofoca para o Harry! – Bufou, irritado. Harrison revirou os olhos.
– Eu precisava falar para alguém! – Retrucou.
– Não para o meu irmão mais novo, seu idiota. – Thomas reclamou. Voltou a colocar o telefone na orelha e suspirou. – Ainda não o matei. – Avisou.
– Boa notícia. – Nikki riu. – Mas e a garota?
– Não tem nada demais, mãe. – Tom suspirou, desacreditado que teria aquela conversa com sua mãe. – Nós não temos nada.
– Mas você gosta dela? – Questionou curiosa.
– Isso está em análise. – Respondeu, com sinceridade.
– Bom, ok então. – Nikki suspirou. – Mas caso as coisas mudem, me avise. Adoraria conhecê-la.
– Será a primeira a saber, isso se Harrison não contar antes de mim. – Lançou um olhar zangado para o melhor amigo, que voltou a rolar os olhos.
E com isso, Tom passou mais algum tempo no telefone com a mãe. Brigou com Harrison mais um pouco e foi dormir ainda mais exausto do que no dia anterior. Mas o sorriso largo em seu rosto denunciava seu real estado de espírito. Aquela loira irlandesa estava mesmo bagunçando sua cabeça.
tocou a campainha da casa de Tom. Ajeitou os cabelos com as mãos, antes da porta ser aberta e a figura de Holland se fazer presente. Ele usava jeans e camiseta e seus olhos percorreram o corpo de de cima abaixo, enquanto um sorriso torto tomava conta de seus lábios. bateu palmas para si mesma, orgulhosa da escolha do vestido. havia achado o modelo rose gold de seda muito simples, mas havia adorado a peça: tinha um decote em V, as costas nuas e o corte era reto e batia na metade de suas coxas.
– Você veio. – Ele disse, parecendo aliviado.
– Em hipótese nenhuma eu não viria. – respondeu, entrando na casa assim que Tom segurou seus dedos e a puxou para dentro. Deixou sua bolsa no sofá e seguiu o rapaz para a cozinha, mordendo o lábio inferior com a visão que Tom de costas proporcionava. Ele era gostoso e mal via a hora de beijá-lo inteiro.
– Paparazzi então? – Ele questionou, parecendo ansioso.
– Sim. – suspirou. – Eles me perseguem vez ou outra. Principalmente quando tem alguma estreia de filme se aproximando. – Deu de ombros, quando ele virou o corpo para trás, a fim de fitá-la.
A cozinha de Tom estava uma bagunça. Haviam vasilhas e panelas por todo a mesa, ingredientes na pia e colheres no balcão. arqueou as sobrancelhas, soltando um riso baixo. Sentou-se no balcão e observou Tom voltar para o fogão.
– Você precisa de ajuda? – Ela indagou, enquanto Tom desviava o olhar das panelas e o focava nela.
– Não. – Respondeu. – Apesar da bagunça, está tudo sob controle.
– Certo. – Estalou os lábios. – E o que o vamos comer?
– Ravióli ao molho branco. – Thomas respondeu, orgulhoso.
– Uau. – assobiou. – Não sabia que você cozinhava.
– Minha mãe me ensinou alguma coisa. – Tom deu de ombros. – E morar com Harrison me obrigou a aperfeiçoar. – Eles riram juntos.
– Falando em Harrison, onde ele está? – questionou, curiosa, dando por falta do loiro e seus olhares nada discretos. Ele era quase tão transparente quanto Tom e supunha que aquele era um defeito dos ingleses.
– Saiu. – Foi o que Tom respondeu, dando de ombros.
– E ele volta?
– Não. – Thomas falou, fazendo sorrir largamente. Eles teriam a casa só para eles durante toda a noite e ela mal podia esperar para ter Tom enfiado entre suas pernas. Esperava que ele largasse aquela desculpa de cozinhar e a comesse de uma vez.
– Hm. – Ela resmungou.
– E seu irmão, como está? – Tom indagou, puxando assunto. Já havia colocado os raviolis para cozinhar e estava pegando os ingredientes para preparar o molho branco.
– Nesse momento, provavelmente muito feliz. – riu, fazendo Tom franzir o cenho e a encarar com confusão no olhar. – Ele está na casa de .
– Não sabia que eles namoravam. – Holland comentou.
– Eles não namoram. – disse e Thomas soltou um “ah”.
– Entendi. – Falou, voltando sua atenção para o molho. – Você quer alguma coisa para beber? Tem de tudo na geladeira. – Ele ofereceu, simpático.
mordeu o lábio, reprimindo a vontade de soltar um comentário safado. Negou com um aceno de cabeça, lembrando que Tom não estava olhando para ela e murmurando em seguida: – Não, obrigada. Estou bem.
– Logo o molho estará pronto e poderemos jantar. – Ele falou e riu baixo, sem acreditar na situação em que havia se metido.
Ela estava ali, com um cara que realmente fazia um jantar na casa dele para eles. Normalmente, quando estava com alguém e essa pessoa a chamava para sua casa, era para transar e no máximo, oferecer uma água após o sexo. Mas com Tom, nada era o usual. Ele quebrava algumas barreiras todos os dias, surpreendendo com suas atitudes e suas palavras. Ela não poderia acreditar, caso não o conhecesse pessoalmente, que um homem daquele tipo ainda existia. Ele queria comer ela? Sim, sem dúvidas. Mas ele não queria apenas comer ela, mesmo que fosse apenas aquilo que ela queria. Estava acostumada e gostava de relacionamentos casuais. Um pau amigo era a melhor das relações pós modernas, em sua opinião. Mas com Tom aquilo não seria possível. E não sabia se gostava daquela ideia ou não, já que nunca teve a intenção de entrar em um relacionamento com Tom. Não depois de tudo que havia passado com James. Mas ali estava Thomas, cozinhando para ela, antes de transarem até estarem suados e satisfeitos. O mesmo Tom que ainda não a havia comido, porque era um cara decente demais para apenas transar com ela e fingir que nada havia acontecido no dia seguinte.
Merda, pensou. Ele vai foder comigo de todas as formas possíveis.
suspirou baixo, focando o olhar nas costas de Holland, mordendo seu lábio inferior em seguida. Ela o queria naquele exato momento e não se importava nem um pouco com a comida.
– Não estou com muita fome. – respondeu, saltando do banco que ocupava e se aproximando de Tom. O abraçou pelas costas e suspirou em sua nuca, arrepiando todos os pelos de Thomas. Riu baixinho, beijando a pele dele e passando as unhas levemente no abdômen, por cima da camiseta. – Não de comida, pelo menos.
– Hm. – Tom resmungou, abandonando os ingredientes para o molho e baixando a potência do fogo que cozinhava o ravióli. alargou seu sorriso, descendo as mãos pelo corpo de Tom e acariciando a pele dele por dentro da blusa. Passou as unhas por todo o abdômen dele, sentindo-o contrair-se sob seu toque.
– Eu passei a semana toda pensando nesse momento, sabia? – Murmurou, arrastando os lábios para os ombros de Thomas e deixando mordidas sutis. – Mal conseguia me aguentar de tesão.
– Você não foi a única. – Tom retrucou. – Seu gemido rouco não saiu da minha cabeça.
– Eu adoro a sua voz. – confessou. A mão direita abandonando o abdômen de Holland e desabotoando o jeans dele. Desceu o zíper e aproveitou para brincar com o elástico da cueca de Tom. – Fico excitada pra caralho quando você fala sacanagem.
– Deu para perceber, já que você encharcou meus dedos naquela tarde. – Ele suspirou e riu, abandonando o elástico e acariciando o pau dele por cima da cueca. O rapaz grunhiu, deixando-a satisfeita. Não precisava de muita coisa para Tom ficar excitado. Não com os mamilos duros de roçando as suas costas, o cheiro dela entorpecendo sua mente e a boca distribuindo mordidas em sua nuca. E quando acariciou seu pau, Tom soube que eles foderiam ali mesmo, na cozinha. Seu cacete já havia sido negligenciado demais e estava louco para participar das brincadeiras. De preferência, na boca de e depois na buceta dela.
– Meu primeiro plano era te amarrar na minha cama e te fazer implorar para ser chupado. – murmurou, segurando a ereção dele por cima da cueca. Ele já estava duro e estava ansiosa para tê-lo dentro dela. – Mas agora, só consigo querer que você me coma de quatro, enquanto me chama de putinha e dá uns tapas na minha bunda.
– Podemos fazer os dois. – Tom sugeriu, guiando a mão de para dentro de sua cueca. A voz dela sussurrada arrepiava todos seus pelos e o deixava ainda mais excitado. Precisava que começasse a acariciá-lo. – Mas admito que a primeira opção me parece sensacional. Você em cima de mim deve ser uma visão e tanto.
abandonou a carícia e desfez o meio abraço em Tom, o virando de frente para ela. Holland segurou-a pela cintura e a puxou para mais perto de si, a ereção batendo na barriga dela.
– Você existe mesmo? – Ela questionou, divertida. – Nunca encontrei um cara que preferisse ser amarrado a me comer de quatro.
– Existo e estou duro pra caralho. – Tom retrucou. – Podemos discutir isso depois? Eu estou mesmo precisando que você use essa mão. – Ele murmurou, arrancando um sorriso de , que baixou os jeans e a roupa íntima do rapaz, puxando a camiseta dele para fora de seu corpo enquanto Tom chutava as roupas para longe. deu um passo para trás e o observou completamente nu a sua frente. Tom era gostoso demais para seu próprio bem. Os cabelos revirados pediam por puxões e o pescoço quase chamava pela boca de . Os músculos do braço tensionados e a barriga definida faziam-na morder o lábio inferior e sentir vontade de esfregar uma coxa na outra. Desceu o olhar para a virilha dele e precisou conter um gemido. Ele era grande e grosso. E ela mal podia esperar para tê-lo a fodendo com força.
Se aproximou novamente, sendo observada atenção por Tom. Ela se inclinou e o beijou nos lábios, envolvendo seu pau com a mão esquerda deixando a direita no abdômen dele, o arranhando e arrepiando seus pelos. Seus seios roçavam no peito nu de Tom, o tecido leve da seda deixando o contato ainda mais intenso e fazendo se arrepiar. Tom apertou os dedos na cintura dela e suspirou baixo, quando as unhas de traçaram a extensão de seu pau, parando na glande, que ela acariciou com a ponta dos dedos. Tom já estava mais do que duro e só pode gemer baixo. sorriu, usando o líquido que escorria da glande para lubrificar todo o comprimento do pau de Thomas. Desceu os lábios para o pescoço dele e traçou as linhas em seu abdômen com a língua, como queria fazer desde a primeira vez que o havia visto sem camisa.
– Talvez você queira desligar o fogo. – Ela sugeriu. Tom moveu as mãos da cintura dela para os ombros, onde baixou as alças de seu vestido e deixou seu tronco nu. Apreciou a visão dos seios de , os mamilos rosados e entumecidos, que ele estava louco para provar com a língua. apertou a excitação de Holland e então se ajoelhou, aproximando o rosto da virilha dele. – Porque vamos demorar aqui.
E com isso, envolveu a glande com os lábios. Tom gemeu alto, encostando-se no balcão da pia e usando a destra para desligar o fogão. não desviou o olhar do rosto de Tom quando chupou a cabeça de seu pau pela primeira vez, roçando os dentes levemente pela área. A canhota de Thomas logo envolveu os cabelos de enquanto a destra se apoiava no balcão. Ela sugou sua glande algumas vezes, antes de descer a boca por seu pau e engoli-lo até o talo. Tom sentiu a garganta dela pressionar sua glande e gemeu novamente.
– Céus, .
Ela o enfiou inteiro em sua boca uma, duas, três vezes. A cada estocada, Tom gemia e puxava os cabelos da nuca dela. Voltou a chupa-lo com maestria, usando a canhota para segurar a base do pau dele e acariciar a parte de que não cabia em sua boca. Usou a outra mão para arranhar as coxas de Tom e segurar em sua bunda, deixando-o ainda mais excitado do que nunca. chupava Tom com vontade, envolvia seu cacete com a língua e usava os dentes apenas para provocá-lo. Ele latejava em sua boca e poderia supor que ele gozaria em breve. Afastou a boca do cacete dele e chupou suas bolas, deixando um beijo cálido na cabeça de seu pau e levantando novamente.
Tom beijou-a com força, tomando os lábios dela para si e chupando sua boca e sua língua por entre o beijo. Segurou-a pelas coxas e puxou-a para seu colo, fazendo-a envolver sua cintura com as pernas. A ereção de Tom pressionada contra sua virilha, enquanto ela o envolvia com os braços pelo pescoço. Thomas a colocou sentada no balcão da ilha da cozinha, descendo as mãos para as coxas dela e apertando sua pele com força, antes de subir o vestido por seu corpo, deixando-a nua a sua frente, já que ela não usava lingerie. Thomas esquadrinhou o corpo de com o olhar, seu pau pulsando a cada pedacinho de pele em que ele colocava os olhos. gemeu baixo apenas por causa do olhar que ele lhe lançava, seu corpo pedindo pelo toque dele.
– Você é muito gostosa. – Tom murmurou, voltando a apertá-la em seus braços, as mãos pousando na cintura dela, puxando-a de encontro a seu corpo. A altura do balcão deixava suas intimidades niveladas e Tom grunhiu baixo quando seu cacete roçou na boceta de . – Eu quero chupar cada pedacinho do seu corpo.
– Depois. – rugiu, envolvendo os braços no pescoço de Tom e grudando seus seios no peitoral dele. Aproximou os lábios do ouvido dele e sussurrou: – Só mete, Thomas.
Tom grunhiu, segurando a coxa esquerda de e erguendo a perna dela, que apoiou o pé no balcão, enquanto Tom se encaixava no meio de suas pernas. Um braço a envolvia pela cintura e o outro segurava a base de seu pau, o guiando para a intimidade da loira. diminuiu a distância entre suas bocas e roçou seus lábios aos dele, arranhando a nuca de Holland levemente. Ele usou a glande de seu pau para estimular o clitóris de , fazendo-a suspirar e grunhir em descontentamento.
– Tom, por favor. – Suplicou, não dando importância para o quão apelativo aquilo era. Precisava do pau dele dentro dela e não estava com paciência para brincadeiras. Tom desceu a boca para o pescoço dela quando finalmente encaixou a ponta de seu pau na entrada de , gemendo junto da garota quando finalmente a penetrou.
Holland fechou os olhos, respirando fundo, enquanto seu cacete pulsava. era muito melhor do que ele havia previsto e ele não demorou a tirar o pau de dentro dela e meter novamente, com força. gemeu alto, agarrada a Tom, a testa pendendo no ombro dele.
– Caralho, . – Tom suspirou, estabelecendo um ritmo de estocadas rápidas, girando os quadris e arrancando gemidos cada vez mais altos da mulher. Seu pau entrava fundo e com força, a cada estocada um novo gemido e a cada gemido, cravava as unhas nos ombros de Tom e puxava seus cabelos com mais força.
– Mais forte, Holland. – Murmurou, completamente fora de si. Beijou a clavícula do rapaz e mordiscou seu maxilar, gemendo contra a pele dele, arrepiando os pelos de Tom.
– Tão apertada. – Tom grunhiu, aumentando o ritmo das estocadas. – Tão molhada. – Suspirou, em êxtase.
– Mais um pouco. – gemeu. – Eu estou quase lá.
E Thomas meteu. Mais rápido, mais forte, mais fundo. Girava os quadris e voltava a estocar, sem dar tempo para sentir falta do pau dele a preenchendo. Holland grunhiu alto quando a entrada de se contraiu e ela gozou, gemendo alto e arranhando as costas dele com mais força. Precisou meter só mais algumas vezes para também chegar ao orgasmo, gemendo o nome de e descansando a cabeça no ombro da loira.
– Porra. – suspirou. – Podemos fazer de novo? – Indagou, mordendo o lábio inferior. Tom riu alto, se afastando de e a encarando.
– Depois do jantar, que tal? – Vestiu a cueca e fez um bico descontente.
– Tudo bem. – Murmurou. – Posso roubar uma roupa sua?
Thomas arqueou as sobrancelhas, assentindo uma vez com a cabeça.
– Por favor, me dê essa visão. – E com isso, riu alto. Pulou da bancada e se aproximou de Tom, beijando-o uma última vez antes de sumir para o quarto dele, em busca de uma roupa para vestir.
Harrison entrou em casa e encontrou Tom jogado no sofá. A TV estava ligada e pela espiada que deu na cozinha, a casa estava uma bagunça. Certamente aquilo indicava sexo, em vários momentos e em diferentes posições e Harrison riu, antes de se jogar em cima de Tom em uma comemoração nada madura.
– Transou? – Indagou, animado. Tom revirou os olhos para o amigo, soltando um riso baixo e assentindo com a cabeça.
– Sim. – Murmurou.
– Isso meu garoto! – Parabenizou o amigo, bagunçando os cabelos de Tom e levantando do sofá em seguida. – E como foi?
– Ah… – Thomas corou e Harrison revirou os olhos.
– Ah, pode parar. – Reclamou. – Agora você já transou, não precisa ficar envergonhado.
– Foi bom. – Suspirou. – Quer dizer, mais do que bom… E a gente conversou. – Sentou no sofá, dando espaço para Osterfield.
– E ai? – Indagou, curioso.
– Bom, nós não temos um relacionamento. – Afirmou.
Harrison o encarou, procurando por algum vestígio de que Tom não havia gostado da imposição de . – E para você está tudo bem?
– Sim. – Assentiu. – Não acho que eu tenho tempo para um namoro agora, sabe? – Deu de ombros. – Mas não teremos só sexo. Vamos sair para fazer outras coisas também.
– Isso é bom. – Harrison murmurou. – Acho que vai dar certo. – Encorajou Thomas.
– É sim. – Sorriu fraco.
– Vai tomar um banho. – Harrison sugeriu. – Precisamos buscar Harry no aeroporto.
– Ok. – Tom levantou e seguiu para o banheiro, com a cabeça cheia de . Mal podia esperar para ver a mulher novamente.
Tom
? 5:45 AM
Precisamos conversar 5:45 AM
Fizemos uma merda 5:45 AM
Uma merda enorme! 5:45 AM
Eu não sei como eu pude esquecer 5:46 AM
Da maldita camisinha! 5:46 AM
Você precisa fazer um teste de gravidez 5:46 AM
É muito cedo para isso? 5:46 AM
Posso agendar um teste ou passar na farmácia 5:46 AM
TRANSAMOS CINCO VEZES 5:47 AM
E NAS CINCO NÃO USAMOS CAMISINHA 5:47 AM
Não podemos ser pais agora! 5:47 AM
Temos um contrato com a Disney! 5:47 AM
, por favor, me liga 5:47 AM
Eu vou passar na farmácia antes de ir para o set 5:47 AM
agradeceu pelo misto quente e o café com leite que fora deixado em sua mesa pelo atendente e então voltou a olhar para o aparelho, rindo sozinha do desespero de Holland. Era óbvio que ela sabia que eles não tinham usado camisinha. Poderia estar doida de tesão, mas sua consciência ainda dava as caras em momentos como aquele. E Tom também não havia se lembrado e ela não o julgava. Afinal, ele era homem e estava louco para foder. Na hora da emoção, esquecera-se de falar da camisinha. E não se importara, já que tinha DIU e além disso, problemas nos ovários, o que a impediam de engravidar sem tratamento. Mas existia uma pequena chance de acontecer? Sim. Mas ela não estava em seu período fértil.
Resolvera que iria terminar seu café da manhã antes de ligar para Holland e esclarecer a situação. Pagou pela refeição e voltou ao carro, conectando o celular ao aparelho de som do carro e fazendo uma chamada para .
Precisava contar para a melhor amiga.
– Que foi? – a saudou e poderia apostar que ela tinha voltado a dormir no sofá da sala após não encontrar o café da manhã pronto.
– Você não vai acreditar no que aconteceu agora. – exclamou, com diversão.
– Meu cérebro só funciona a partir das 10 horas. – lembrou.
– Holland me mandou um monte de mensagens, desesperado, porque não usamos camisinha. – riu.
– Você não falou para ele dos ovários problemáticos e do DIU? – indagou, parecendo mais atenta a conversa.
– Esqueci. – murmurou. – Me mantive ocupada com outras coisas.
gargalhou alto. – Você vai matar o rapaz, .
– Não foi intencional. – Ela riu novamente. Estava perto do set de gravações, já que o trânsito estava pesado no sentido contrário ao que seguida.
– Ainda sim. – também riu. – Pelo menos ele foi digno de mandar mensagens. Quero um print depois.
– Ele surtou. – contou. – Mas eu não esperava nada diferente dele, para ser bem sincera.
– Ele é decente. – afirmou. – Bom, ligue para ele, antes que ele morra do coração.
– Certo. – estalou os lábios. – Até mais tarde. Beijo.
– Beijo. – murmurou, finalizando a chamada em seguida.
dirigiu por mais alguns minutos e logo estava nos sets de gravações. Não tinham muitas pessoas por lá, visto que faltavam pouco menos de uma hora para iniciarem o expediente naquele dia.
atravessou o pátio, acenando para as poucas pessoas que já se organizavam em suas funções e seguindo para seu camarim. Ligaria para Holland de lá, para enfim esclarecer toda a situação. Acabou trombando com Harrison no meio do caminho e logo seus olhos analíticos estavam presos no rapaz que o acompanhava. Não era Tom, mas bem poderia ser um parente do rapaz.
– ! – Harrison a saudou, sorrindo abertamente.
– Bom dia! – Ela sorriu, voltando a atenção para o loiro.
– Não pensei que te veria antes das 8h. – Osterfield comentou.
– Acordei mais cedo do que o normal. – deu de ombros.
– Certo. – Assentiu. Pareceu lembrar-se do rapaz que o acompanhava e o puxou pelos ombros, apresentando-o para . – Esse é Harry, irmão de Tom.
– Suspeitei que fossem parentes mesmo. – Ela riu, estendendo a mão para o rapaz, que sorriu para ela.
– Meu cabelo é muito mais bonito. – Murmurou, fazendo-os rir.
– Preciso concordar. – deu de ombros. – Mas onde está Tom?
Ignorou o sorriso malicioso que Harrison plantou nos lábios, encarando ambos os rapazes com determinação. – Eu preciso falar com ele.
– Está no camarim. – Harry falou. – Pediu algum momento sozinho.
– Certo. – Sorriu sem mostrar os dentes. – Bato lá mais tarde. – Mentiu descaradamente. – Preciso ir para meu camarim. – E com um aceno, se despediu dos rapazes.
Caminhou rapidamente pelo set, chegando ao corredor dos camarins e ignorando a porta com seu nome. Girou a maçaneta e se enfiou para dentro do camarim de Holland. O encontrou mergulhado em seu texto, deitado no sofá.
– Harrison, eu pedi cinco minutos… – Bufou, parecendo irritado.
– Não é o Harrison. – falou, finalmente atraindo a atenção do rapaz. Ele largou o texto e pulou para fora do sofá, seguindo até em passos rápidos.
– Porque não me respondeu? – Indagou ansioso. – Eu estava surtando!
– Eu notei. – Ela riu e Thomas fez uma careta.
– , temos um problema! – Disse, como se a loira não tivesse entendido a gravidade da situação.
– Eu sei Thomas. – Ela suspirou. – Cinco fodas sem camisinha.
– E você não está preocupada? – Questionou, a voz uma oitava mais alta do que o normal.
– Não. – Deu de ombros. – Primeiro, porque eu tenho DIU. Segundo, meus ovários são podres. – Ela falou, sem se abalar. – Não tenho chances de engravidar sem tratamento. O 1% de chance que haveria é dizimado pelo fato de que não estou no período fértil.
Tom deixou os ombros caírem, visivelmente aliviado. Suspirou alto, passando a mão pelos cabelos e quase fazendo rir.
– Porra, e porque não me disse isso?
– Bom, eu estava ocupada sendo muito bem fodida. – Retrucou. – Não pode reclamar, já que o responsável foi você.
– Certo. – Tom desconversou, as bochechas coradas. – Agora posso cancelar o infarto que eu quase estava tendo. – Ele voltou ao sofá, enquanto ria, ainda escorada a porta do camarim. Observou o cabelo bagunçado, os ombros largos e as bochechas coradas por alguns instantes antes de suspirar e decidir que precisava transar naquele instante. As lembranças do final de semana a estavam deixando extremamente excitada e pronta para ser fodida.
– Thomas? – Ela chamou. Já tinha as mãos na barra do vestido, puxando a peça para cima.
Ele virou a cabeça em sua direção, arregalando os olhos levemente quando a viu com o vestido na altura da cintura, usando uma calcinha vermelha minúscula.
– Sexta vez? – Ela questionou, sorrindo com malícia. – Todo esse papo me fez lembrar-se das outras cinco vezes e eu já estou molhada.
Tom levantou, seguindo até ela com passos rápidos. Postou-se entre suas pernas, já com as mãos em sua cintura.
– Há dez minutos eu estava surtando e agora você quer transar? – Ele murmurou, deixando alguns beijos molhados no pescoço dela.
– Agora você pode pensar em me foder contra essa porta, de costas. – suspirou. – Vou empinar a bunda para você, bem gostoso.
– Então empina. – Tom falou, quase que em uma ordem. riu, virando de costas para Holland e empinando o traseiro contra seu quadril. Espalmou as mãos na porta e logo sentiu a ereção dele contra sua bunda. Thomas abriu o zíper das calças e desceu a cueca junto com o jeans. Acariciou seu cacete algumas vezes, antes de segurar a cabecinha e o posicionar na entrada de . Com os dedos, checou a umidade da mulher, gemendo quando seus dedos deslizaram com facilidade. empinou a bunda ainda mais e Tom a penetrou com força. Ambos gemeram alto e se obrigou a morder os lábios. Os camarins eram a prova de som, mas não poderia arriscar gemer loucamente grudada a porta e torcer para ninguém ouvir.
– Não fazem nem 24 horas e eu já estava com saudades dessa boceta. – Tom grunhiu, girando os quadris e retirando seu cacete por completo, apenas para meter novamente e arrancar novos gemidos de . Enlaçou a cintura dela com o braço esquerdo e espalmou a mão direita na bunda da loira.
– Então me rasga, Holland. – Ela gemeu, rebolando contra o quadril de Tom.
Holland afastou os cabelos de de sua nuca e a beijou, estabelecendo um ritmo de estocadas rápidas e fortes. Logo ambos estavam gemendo palavras desconexas, pedindo por mais. Mais força, mais rapidez, mais um do outro. gozou primeiro, a penetração e as carícias que Tom passou a realizar em seu clitóris sendo demais para ela aguentar. Tom gozou em seguida, gemendo alto o nome da garota, enquanto seu cacete jorrava seu líquido dentro dela. Eles se beijaram com intensidade antes de voltaram a se vestir e seguir para seu camarim, totalmente satisfeita.
O intervalo para o almoço dentro do set de gravações era uma loucura. A cada minuto a segurança avisava da chegada de algum delivery, a fila para o micro-ondas e para a geladeira eram enormes e os lugares nas mesas eram disputados com muita luta e argumentação.
estava sentada na mesma mesa que Zendaya e Jacob Batalon. Sua salada com frango ao molho branco havia sido entregue a pouco menos de dez minutos e o bolo de chocolate já havia sido resgatado da geladeira por Jacob, que havia enfrentado a fila para pegar sua vitamina de frutas. Eles conversavam sobre a viagem para a Inglaterra que realizariam dali a quinze dias e também sobre algumas cenas que havia gravado na semana anterior.
– Eu gosto tanto da relação da Gwen com a MJ. – Z comentou, dando uma nova garfada em seu purê com carne de panela.
– Sim! – exclamou, animada. – Não pensei que seria assim, já que aparentemente, a MJ seria o interesse amoroso do Peter com a saída da Liz Allen.
– Nossa, seria péssimo. – Jacob riu. – Não foi nada construído no primeiro filme. Acho que ficaria meio sem nexo.
– Ah, mas sem a Gwen, eles poderiam construir. – deu de ombros. – Eu teria gostado.
– Oh não, estou bem assim. – Zendaya riu. – Deixo os beijos com o Holland para você. – Fez uma careta engraçada.
– Não que seja um sacrifício para ela. – Jacob zoou e Z franziu o cenho para , os olhos arregalados.
– Vocês…?
– Não! – exclamou. – Quero dizer, mais ou menos. – Deu de ombros. – É um não-relacionamento.
– Certo. – Zendaya rolou os olhos. – Só você mesmo para inventar essas coisas e fazer dar certo.
– Como assim? – terminou sua salada, puxando o recipiente com o bolo de chocolate no mesmo instante em que Tom e Harrison chegaram ao refeitório, com Harry na cola deles.
– Bom, esses relacionamentos estranhos só dão certo com você. – Ela murmurou. Jacob acenou para os amigos, os convidando para a mesa. – Com nós, reles mortais, nunca dá certo.
– Verdade. – Jacob concordou com Zendaya.
– Às vezes não dão certo para mim também. – retrucou.
– Uma em cada dez? – Z riu. – Mas se vocês estão de comum acordo, espero que dê certo.
– Fazem três dias e estamos ok. – sorriu.
– Quem está ok? – Harrison indagou, ocupando o lugar ao lado de . Tom sentou entre Jacob e Z e Harry entre Jacob e Harrison.
– Eu estou super ok. – desconversou, fazendo Zendaya e Jacob rirem. Tom os encarou com confusão, antes de desviar o olhar para e sorrir de lado. Ela piscou para ele, antes de voltar a comer seu bolo.
– Estava falando com Tom que deveríamos sair no sábado. – Harrison murmurou. – Para comemorar o fim das gravações em Nova Iorque.
– Mas as gravações só terminam na sexta-feira que vem. – Zendaya lembrou, com as sobrancelhas arqueadas para Harrison, como se ele fosse louco.
– E a maioria de nós vai para a Inglaterra no sábado. – Tom explicou.
– Eu só vou no domingo. – comentou.
– Eu também. – Z disse.
– Bom, nós vamos ver a família durante o final de semana. – Harrison deu de ombros.
– Acho uma ótima ideia. – Jacob disse por fim. – Mas temos que escolher um lugar que não venda apenas bebida alcoólica. – Avisou e todos olharam para Harry, que corou e baixou a cabeça. o achou extremamente parecido com Tom e sentiu pena das meninas que iriam se apaixonar pelos irmãos mais novos de Tom. Se todos fossem como o primogênito, como Harry parecia ser, elas iriam morrer esperando por uma atitude e não teriam.
– Vacilo Jacob. – Harry retrucou, fazendo-os rir.
– Podemos jantar em algum lugar. – sugeriu. – Que tenha karaokê, para Z nos humilhar. – Riu, recebendo um olhar torto da amiga.
– Você também canta bem, fica na sua. – A morena rolou os olhos.
– Vou procurar alguma coisa e aviso vocês. – Harrison concluiu.
– Você podia chamar a e o seu irmão. – Tom sugeriu para , que arqueou a sobrancelha para ele, surpresa.
– Não acho que Edward iria gostar da ideia. – Ela suspirou.
– Porque não? – Jacob indagou.
– Bom, ele tem problemas de socialização. – Disse, de forma evasiva. Tom fixou o olhar nela, com curiosidade. – E ele está voltando para casa essa semana, de qualquer forma.
– Ah, eu conheço um lugar! – Zendaya exclamou, chamando a atenção para si. suspirou em alívio, ato que fora notado apenas por Tom.
– Mande a localização para nós. – Harrison solicitou.
Logo engataram em uma nova conversa, sobre assuntos diversos e conseguiu distrair seus pensamentos de Edward e os problemas com sua família. Riu bastante durante todo o almoço e quando voltou ao set de gravações e ela e Z gravaram algumas cenas juntas, já havia se esquecido dos problemas.
Porém, para seu azar, Tom havia notado que algo não estava certo e se decidiu a tentar descobrir o que acontecia com a família de e porque ela parecia sempre tensa ao falar de sua vida pessoal. Ele queria conhecer , de verdade e por inteira.
Por acaso você está me convidando para uma rapidinha, Holland? 09h31min am
Alguém gostou de sexo matinal 🌚 09h31min am
Tom sentou-se no sofá, ainda com a atenção no celular, enquanto Harrison e Harry trocavam um olhar cúmplice, prontos para sacanear com Thomas assim que ele tivesse acabado de flertar com o celular. Harrison sentou no braço do sofá, encarando Tom com entusiasmo, enquanto Harry estava em pé, também com os olhos fixos no irmão.
Meu irmão foi embora ontem 09h32min am
Assim, só um comentário 09h32min am
pode dar uma volta pela cidade 09h33min am
Ela não se importa 09h33min am
Estou te esperando 09h34min am
Tom finalmente guardou o celular no bolso e voltou o olhar para os dois garotos a sua frente. Franziu o cenho, em confusão, mas logo sentiu suas bochechas arderem, devido ao olhar que Harrison lhe lançou.
– Então, maninho… ? – Harry comentou, surpreso. Thomas lançou um olhar feio para o melhor amigo.
– Você não consegue manter essa boca fechada. – Reclamou.
– Bom, eu teria descoberto de qualquer forma. – Harry deu de ombros. – Vocês não foram exatamente discretos essa semana.
– Tom, me ajuda com o roteiro? – Harrison tentou uma falha imitação da voz de . – Tom, vamos ensaiar aquela cena no meu camarim. – Debochou novamente e Holland revirou os olhos.
– Vá a merda. – Retrucou, mau humorado. – Vamos tomar café ou não? Tenho coisas para fazer.
– Claro que tem. – Harrison riu.
– Ela é areia demais pro seu caminhãozinho. – Harry falou por fim, causando mais risos em Osterfield e deixando Tom com uma careta no rosto durante todo o caminho até a Starbucks mais próxima.
Eles tomaram café tranquilamente, conversando a respeito da semana de filmagens e sobre a ida ao karaokê naquela noite. Harrison estava animado e Harry só esperava conseguir beber um pouco de cerveja. Odiava os Estados Unidos e sua ideia imbecil de que as pessoas só poderiam beber legalmente aos 21, se podiam tirar carta de motorista aos 16 e comprar armas no Walmart. A lógica estadunidense não fazia sentido para nenhum dos três.
– Eu vi algumas fotos do lugar e parece legal. – Harrison comentou, após devorar seu último donuts.
– É escolha da Zendaya. Obviamente é um lugar legal. – Tom deu de ombros.
– Só espero não ficar segurando vela. – Harry comentou, com uma careta.
– Não se preocupe, maninho. Harrison está encalhado. – Sorriu sem mostrar os dentes, recebendo um soco no ombro, dado por Osterfield.
– E essa coisa entre você e a foi ideia dela, porque se dependesse de você, nem teria beijado ela ainda. – Harrison retrucou e Tom corou levemente, enquanto Harry gargalhava.
Não poderia negar, pois sabia que Harrison estava certo. Por isso, apenas mandou o melhor amigo a merda, antes de avisar que eles podiam voltar com o carro, já que ele pediria um Uber até a casa de . Tinha uma camisinha na carteira apenas por precaução, mesmo que soubesse que uma única não seria o suficiente.
Uma rapidinha não foi o suficiente, como Tom já previa, quando tocou a campainha de e a encontrou usando uma camisola de seda preta que contornava seu corpo com perfeição. Eles passaram a manhã e a tarde toda enroscados um no outro, fosse transando ou apenas trocando carícias. Muitos assuntos surgiram durante esse meio tempo e a cada esquivada de a respeito de sua família ou sua vida pessoal, Tom sentia-se mais curioso e mais determinado a desvendar aquela mulher.
Eram quase 6h da tarde e Thomas tentava sair da cama de pela terceira vez. Na primeira havia sido convencido por beijos na nuca e na segunda, pela mão de adentrando sua cueca. Não tinha vergonha de admitir que era facilmente manipulável por aquela mulher, principalmente no que se dizia respeito a sexo.
– Eu preciso ir para casa tomar um banho e vestir alguma coisa para irmos ao karaokê hoje. – Tom lembrou, quando voltou a sentar em seu colo e grudar seus lábios no ombro esquerdo dele.
– E eu preciso de você agora. – resmungou, segurando na nuca de Tom e capturando seus lábios em um beijo intenso. Tom envolveu a cintura dela com os braços, rendendo-se ao beijo. A língua quente de brincava com a sua de forma provocante e Thomas já sabia que não iria resistir as brincadeiras dela. Ele nunca resistia.
– Não podemos faltar. – Tom tentou argumentar e revirou os olhos.
– Vamos fazer assim. – Ela suspirou, beijando o canto de sua boca e envolvendo o lóbulo de sua orelha entre seus lábios. – A gente toma um banho bem gostoso por aqui e aí eu te levo em casa para trocar de roupa.
– E se nos atrasarmos? – Tentou uma última vez, mesmo que quisesse mais uma rodada de sexo do que qualquer outra coisa no mundo.
– Ai pedimos desculpas. – Ela deu de ombros. – Mas do jeito que você está duro, duvido que iremos demorar. – E para provar seu argumento, rebolou contra a ereção de Tom, fazendo-o gemer.
Tom sorriu torto, levantando da cama de supetão e segurando pelas coxas. Ela riu, não interrompendo os beijos no pescoço do garoto quando eles adentraram o banheiro. Ela usava apenas uma calcinha de renda e uma regata, que logo foi atirada no chão quando Tom a colocou sentada na bancada e envolveu seu seio esquerdo com os lábios. gemeu baixinho, arranhando a nuca de Holland com as unhas e envolvendo seu outro seio com os próprios dedos, enquanto Tom usava a destra para puxar o tecido de sua calcinha para o lado e acariciava seu clitóris com precisão. gemeu mais alto e não precisou de muito mais para estar irremediavelmente molhada.
– Tom? – Ela chamou, quase em um suspiro. Holland abandonou seu seio e a encarou, sem deixar de movimentar os dedos na boceta de .
– Esquece a porra do chuveiro. – Ela grunhiu. – Me fode agora.
Sorrindo, Tom abaixou sua cueca e se posicionou entre as pernas da loira, gemendo junto dela quando moveu os quadris e estocou com força. Incontáveis gemidos e suspiros depois, Tom finalmente vestiu sua roupa e pedia um Uber pelo aplicativo. estava no banho e ele se despediu dela com um beijo rápido, antes de acenar para , que havia chegado poucos minutos antes e sair correndo do prédio da loira. Mandou mensagem para Harrison, avisando que logo estaria em casa e sorriu largo, enquanto o motorista do Uber lhe lançava um olhar torto, achando que Thomas era louco.
– Se o Harrison se atrever a cantar novamente, eu mesma mato ele. – Zendaya murmurou, após Harrison finalizar sua versão de Torn. A mesa que ocupavam estava lotada de pacotes de hambúrgueres, cestos de batatas fritas e canecas de chopp. Harry bebia suco de laranja, enquanto fingia não bebericar a caneca extra que havia pedido para si e que escondia com o braço escorado na mesa.
Harrison desceu do palco e se aproximou da mesa, com um largo sorriso, enquanto ao amigos faziam caretas em sua direção.
– E aí, foi bom? – Ele indagou, curioso. Zendaya e trocaram um olhar, antes de Tom cair na gargalhada e Jacob atirar uma batata na testa de Osterfield. apenas reprimiu o riso e Harry encarou o loiro com incredulidade.
– Cara, de verdade, nunca mais faça isso. – Aconselhou e Harrison revirou os olhos, voltando ao seu lugar ao lado de Thomas.
– Isso aí é inveja do meu talento. – Ele retrucou.
– Sem dúvidas. – Harry debochou.
– Você não vai cantar, J? – indagou, encarando Batalon com expectativa.
– Não, obrigado. – Ele riu. – Harrison já passou vergonha por todos nós. – Completou, arrancando risadas gerais.
– Sabem o que eu acho? – Zendaya indagou, com um sorriso divertido nos lábios.
– O que? – Tom franziu o cenho, não gostando do olhar que recebeu da amiga.
– Você deveria cantar Umbrella. – Z apontou.
– E dançar. – completou rapidamente.
– Ah, não. – Tom riu. Bebeu mais um gole de seu chope e sacudiu a cabeça para os lados. – Sem chances.
– Por favor, Tom! – Zendaya afinou a voz.
– Não. – Ele riu, irredutível.
– Eu não queria apelar, mas você não me deixa alternativas. – suspirou, fingindo decepção e Tom arqueou as sobrancelhas para ela. Harrison cobriu os ouvidos de Harry, que revirou os olhos no mesmo instante. – Se você não cantar, sua entrada no meu camarim está suspensa por toda a semana. – Ela falou, com um sorriso vitorioso no canto da boca.
– Agora eu quero ver. – Harrison riu. Tom estreitou o olhar para , esperando ver o blefe nas irises da loira. Suspirou alto quando não encontrou nada, levantando da mesa e causando alvoroço geral.
– Tudo bem. – Ele grunhiu. – Mas você vai cantar a próxima música e eu vou escolher ela. – Disse e deu de ombros, aceitando as condições da proposta.
Tom caminhou até o palco e logo o microfone estava em suas mãos. Escolheu a música no telão e logo a batida de Umbrella soava pelas caixas de som. E diferente do que os amigos esperavam, Tom não apenas cantou a música de forma afinada, como também refez a coreografia do Lip Sync Batlle. Zendaya gravou a apresentação em meio a gritos de incentivos e risadas, enquanto os outros aplaudiam e gritavam em apoio. trocou um olhar com e a morena riu, sabendo exatamente os pensamentos pervertidos que estavam passando na cabeça de . Holland deixou o palco sob muitos aplausos e um pouco mais suado do que gostaria.
– Isso foi genial. – parabenizou o rapaz e Tom sorriu em agradecimento. Focou o olhar em e alargou o sorriso.
– Sua música já está escolhida. – Ele disse, parecendo se divertir horrores com a situação. estreitou o olhar para ele, antes de levantar e seguir para o palco. Tom se acomodou e quando estava pronta para perguntar que música ele havia escolhido para sua amiga, os acordes de Barbie Girl soaram pelas caixas de som. Jacob e Zendaya gargalharam alto, já com o celular em mãos. reprimiu o riso e Harrison e Harry apenas trocaram um olhar divertido.
No palco, não estava nada feliz com a escolha. Esperava algo com o qual pudesse provocar Holland, mas aparentemente o rapaz havia pensado naquilo e escolhido a música mais boba para sua performance. E apesar de sua voz não ser de todo ruim, ela cantou a música sem maiores emoções. A letra era boba e superficial e não existia nada que ela pudesse fazer para mudar aquilo. Tom observou descer do palco e sorriu largo assim que ela alcançou a mesa.
– Você foi ótima. – Ele comentou, divertido. ignorou sua cadeira e sentou no colo de Tom, sorrindo para ele de forma sedutora.
– Eu sei. – Ela murmurou. – Mas você rebolando e andando de quatro no chão foi insuperável. – Deu de ombros, fazendo Tom corar e os outros rirem.
Holland já deveria estar acostumado. não perdia uma.
Gwen e Michelle dobraram a esquina com suas bolsas e livros em mãos. A loira usava uma saia plissada preta e a blusa branca de botões, junto de um oxford preto. Já Michelle usava camiseta, jeans, um coturno desgastado e uma touca cinza que estava torta em sua cabeça.
– Já estou ficando irritada com todos os atrasos de Peter, não sei como você aguenta. – Gwen murmurou, bufando em seguida. – Ele sabe como é importante que tenhamos que treinar ou então não iremos competir na Europa e ainda sim não parece se empenhar.
– Peter está sempre atrasado. – Michelle comentou. – Alguma coisa bem sinistra acontece com aquele garoto, já estou acostumada. – deu de ombros.
As duas estavam se aproximando do beco onde estava Peter, trocando de roupa enquanto contava para Ned sobre o encontro que tivera com Mysterio, o ladrão da tecnologia Stark.
– Tipo o que? – Gwen questionou, com curiosidade. – Você o conhece a mais tempo que eu, então deve saber de alguma coisa que eu não sei.
– Só sei que ele não era assim. – Michelle deu de ombros. – Mas desde o ano passado ele está estranho. Atrasa-se para tudo, aparece machucado algumas vezes, abandonou a Liz Allen no baile…
– Espera, a Liz Allen que era líder do clube antes de você? – Gwen franziu o cenho.
– Ela mesma. E na nossa viagem para competir em Washington ele simplesmente sumiu. – Michelle lembrou. – Nada responsável, mas ele é realmente bom, então precisamos dele.
Gwen não teve tempo de comentar mais nada, visto que as duas estavam passando em frente ao beco e um barulho de latas de lixo caindo chamou a atenção das duas.
– Ned, cuidado! – a voz de Peter reclamou. – Você quer que nos encontrem aqui dessa forma?
Gwen e Michelle trocaram um único olhar, antes de mudarem seu caminho e adentrarem o beco, tentando a todo custo não alertarem os rapazes de sua presença.
– Foi sem querer! – Ned retrucou. – Mas me conta, você pegou?
– Não consegui. – Peter soltou o ar pela boca. – Ele era muito mais forte do que eu e ainda estou com as costelas machucadas da última vez.
– Peter, o que vai acontecer agora? – Ned indagou. Gwen e Michelle, cada vez mais próximas e atentas à conversa entre os garotos, não viram que o chão estava coberto por pedaços de concreto e acabaram chutando algumas pedras para longe. Fizeram expressões de decepção quando a conversa cessou e Ned surgiu a sua frente, arregalando os olhos brevemente pela presença das duas colegas.
– O que vocês fazem aqui? – ele indagou, o tom de voz uma oitava mais alto que o normal.
– O que você faz aqui? – Michelle estreitou o olhar para o garoto.
– E onde está Peter? – Gwen questionou. – Nós ouvimos a voz dele. – falou, antes que Ned pudesse negar a presença de Parker.
– E ele está machucado? O que ele não conseguiu pegar? – a outra indagou, sem dar tempo para Ned responder.
– E o que vai acontecer? Que última vez?
– Eu não sei do que vocês estão falando. – Ned tentou desviar o assunto. – Peter está procurando pela mochila dele, apenas isso.
– E porque a mochila dele estaria nesse beco? – Gwen não comprou a história e fez menção de dar mais alguns passos. Ned se postou na frente dela.
– Ele arrumou briga com uns garotos de outra escola. Eles pegaram a mochila dele e correram nessa direção. É isso que Peter não conseguiu pegar: a mochila. – Ned inventou. Peter, já usando suas roupas e com o uniforme do Homem-Aranha por baixo, se aproximou dos colegas e então as duas garotas voltaram suas atenções para ele e o olho roxo exibido em seu rosto.
– Aí está! – Gwen murmurou quando o rapaz se postou à sua frente. – O que está acontecendo Peter?
– E corta! – Jon gritou, parecendo satisfeito.
deixou os ombros caírem e logo estava ao lado do diretor, para rever a cena junto dos outros três atores. Não havia erros ou pequenos defeitos e todos suspiraram em alívio.
– Vamos fazer um intervalo para o almoço e então seguimos de onde paramos, ok? – Jon indagou e tendo apenas acenos de cabeça positivos, dispensou a produção com um grito.
Zendaya e Jacob logo seguiram para seus trailers e nem cogitou a ideia de trocar de roupa antes de ir almoçar. Simplesmente pegou seu celular com um dos estagiários e respondeu as mensagens de , enquanto seguia para fora do set, em direção ao restaurante que havia a poucos metros de distância de onde gravavam.
– ! – Tom gritou às suas costas e a garota se virou, o encarando com um meio sorriso no rosto. Talvez conseguisse o oral que estava precisando, no final das contas. Seu almoço podia esperar, sexo com Tom não.
– Sim? – ela arqueou as sobrancelhas para ele.
– Está a fim de almoçar comigo? – o rapaz indagou, para a decepção de .
– Ah. – ela suspirou, reprimindo o “é sério?” que ecoava em seus pensamentos. – Eu vou comer naquele restaurante italiano. – murmurou.
– Por mim pode ser. – Thomas sorriu e apenas assentiu, murmurando que esperaria o rapaz ali mesmo. Ele não levou cinco minutos para retornar, dando tempo de mandar uma mensagem para avisando do convite inesperado. A resposta da amiga chegou junto de Tom e não gostou nada, de forma que o garoto notou a irritação dela.
Awn que amor, o casal vai almoçar junto?
Tom franziu o cenho para a loira, antes de indagar: – O que foi?
– está sendo idiota. – reclamou. – Ela está nos chamando de casal, acredita? – riu, desacreditada. Tom forçou um riso pelo nariz.
– é maluca. – murmurou, passando a mão pelos cabelos.
– Obrigada por exteriorizar a verdade. – sorriu para Tom, sem perceber o desconforto do garoto sobre o assunto.
O almoço seguiu tranquilamente, fez piadinhas que deixaram Tom envergonhado e quase o arrastou para o banheiro do estabelecimento, com a desculpa de que estava estressada por conta da TPM e Tom era o único que poderia ajudá-la. Acabaram não tendo tempo para uma escapada rapida, visto que mal havia dado uma hora para o intervalo e ambos recebiam ligações de Jon. Pagaram a conta e seguiram de volta para o set, sendo fotografados diversas vezes em ângulos estratégicos por um paparazzo experiente.
estava terminando as fotos para a Cosmolitan, revista da qual seria capa do mês seguinte e para a qual cederia uma entrevista exclusiva que seria postada em vídeo no site da revista e também impressa na versão física. Usava um vestido vermelho e seus cabelos estavam encaracolados e presos em um penteado realmente bonito. A maquiagem apenas valorizava seu rosto e chamava a atenção para o batom vermelho em seus lábios. havia acompanhado a amiga e fazia alguns stories dos bastidores, enquanto a própria posava para o fotógrafo em diversas poses e com diversas expressões no rosto.
– Última troca de roupa. – o fotógrafo murmurou após estourar o flash mais uma vez e assentiu, seguindo para o camarim e logo tendo mais pessoas a sua volta do que era capaz de contar. Trocaram seu vestido, refizeram seu penteado e tiraram sua maquiagem apenas para colocar outra no lugar. Com um vestido azul turquesa de cetim, olhos bem esfumados e batom claro, os cabelos rebeldes da mulher foram o foco da lente do fotógrafo, que não poupara instruções e elogios para durante a finalização do photoshoot.
– Maravilhosa como sempre! – ele elogiou por fim, sorrindo satisfeito ao checar as fotos na câmera. – Minha lente te ama ! – riu.
– E eu amo ela. – replicou, também sorrindo. Despediu-se do fotógrafo e seguiu com para o camarim, onde a entrevista seria realizada com uma das redatoras da Cosmolitan.
– Postei vários stories. – comentou. – As fotos parecem ter ficado realmente boas.
– Espero que sim. – suspirou. – Adiei a ida para Londres por conta disso.
– Jon te liberou das gravações na segunda?
– Não. – negou com a cabeça. – Vou chegar ao hotel, tomar banho e seguir com a equipe para as gravações.
– Você vai mesmo ficar no hotel? – riu, desacreditada.
– Eu não tenho casa na Inglaterra, você sabe. E não vejo motivos para comprar uma. – a loira deu de ombros. Entrou no camarim seguida de , que fechou a porta às suas costas.
– Bom, Tom tem um apartamento não tem?
– E o que tem isso? – arqueou as sobrancelhas para a amiga, em desafio.
– Agora que vocês estão juntos…
– Não estamos juntos e você sabe disso. – retrucou. – A gente só transa.
– Certo, certo. – se rendeu, jogando as mãos para cima.
apenas teve tempo de trocar de roupa antes da redatora da Cosmolitan chegar junto de um câmera. Sentaram-se nas poltronas que haviam sido preparadas especificamente para a entrevista, enquanto ocupava o sofá e se distraía com o celular e o câmera posicionava a lente em direção a , procurando o melhor ângulo da atriz.
– É um grande prazer entrevistá-la . Chamo-me Joanne Baker e sou redatora da Cosmolitan. – se apresentou, recebendo um sorriso simpático como resposta.
– O prazer é todo meu. – disse.
– A entrevista vai ser gravada e então editada, para comportar apenas algumas respostas suas e então faremos um jogo, tudo bem? – Joanne indagou e assentiu com a cabeça. – Vamos começar então. – se virou para a câmera e sorriu, introduzindo a entrevista e então se voltando para , que acenou para a gravação e fixou seu olhar em Joanne.
– , como está sendo fazer parte do MCU? Sabemos que você é uma grande fã da Marvel e ficamos curiosos a respeito de sua vivência dentro dos sets de Far from Home.
– Está sendo realmente maravilhoso. – abriu um sorriso largo. – Nunca trabalhei em um set tão descontraído, sabe? Toda a equipe é muito amigável e todo o clima é realmente muito bom!
– Sua amizade com Zendaya não é um segredo, então nos diga como está sendo gravar com ela novamente?
– Contrastante. – a loira admitiu. – Como eu disse, a experiência dentro do set de Far from Home é realmente única e toda a vivência compartilhada com a Z é diferente. Mas é ótimo ter uma amiga por perto durante o trabalho. – sorriu.
– Alguma chance de conseguirmos um spoiler? – Joanne indagou, fazendo gargalhar e negar com um aceno de cabeça.
– Esse papel ainda é do Tom, mesmo que ele esteja se comportando muito bem nos últimos meses. – falou com diversão.
– Já que você entrou no assunto, vou aproveitar a deixa. – Joanne riu. – Você chegou a ver os tabloides nos últimos dias ?
– Ah, não. – deu de ombros. – Não tenho costume de procurar notícias sobre mim na internet.
– Então vou ler o título de uma matéria para você, tudo bem? – a redatora indagou e assentiu com a cabeça. – “ e Tom Holland: amigos, affairs ou um casal real?”.
não demonstrou nenhuma mudança de postura ou expressão. Ainda tinha um sorriso tranquilo nos lábios, mesmo que estivesse realmente irritada. Odiava aquelas especulações sobre sua vida amorosa tanto quanto odiava o enredo do segundo filme do Homem de Ferro.
– Tom e eu somos amigos. – explicou, calmamente. – E colegas de trabalho, o que nos faz conviver e sair juntos. Não entendo a fixação da mídia em arrumar relacionamentos para mim. – revirou os olhos.
– Os fãs shippam muito vocês. – Joanne insistiu e sorriu.
– Agradeço de coração pelo carinho, mas Tomel não vai existir.
Mais algumas perguntas sobre as gravações, expectativas de projetos futuros e também sobre o photoshoot para a revista e então Joanne iniciou o jogo que mencionara antes da gravação da entrevista começar. Era uma espécie de “Beija, Casa ou Mata” e após 9 sequências de celebridades, precisou escolher entre Shawn Mendes, Justin Bieber e Ross Lynch.
– Em respeito aos dois cantores comprometidos, escolho beijar e casar com o Ross Lynch, pois jamais trairia Hayley ou a namorada brasileira do Mendes de nome impronunciável sem treinamento. – finalizou, fazendo Joanne rir. – Então mataria ambos.
– E com isso encerramos nossa entrevista com !
Com a saída de Joanne, apenas trocou um olhar com antes de pegar seu celular e abrir o navegador. Iria pesquisar todas as malditas notícias e então tentar abafar aquela suspeita. Não queria a mídia em cima dela e de Tom, principalmente porque o que eles tinham nunca seria algo sério. não namorava e estava muito bem, obrigada.
Eu iria ver séries e comer pizza 04h38min pm
Mas você pode vir comer comigo 04h38min pm
Ou melhor 04h39min pm
Me comer 04h39min pm
Tom suspirou alto, obrigando-se a não analisar o convite de para não cair em tentação. Aquela mulher o deixava fora de si, louco para se atirar do precipício direto para os braços dela. Principalmente quando os braços dela estavam abraçando enquanto ele a fodia.
Eu te comer? 04h39min pm
Também gosto da ideia 04h40min pm
Ainda não trepamos assim 04h40min pm
Vai ser uma ótima experiência 04h40min pm
Sexual? 04h41min pm
Topo 04h41min pm
Sem sexo durante o encontro, certo? 04h42min pm
Depois a gente fode 04h43min pm
Ou no intervalo do filme 04h43min pm
Uma rapidinha no banheiro pode ser bem gostosa 04h43min pm
Desde quando isso existe? 04h44min pm
Se compensação for me comer com força, então tudo bem, eu vou nesse encontro 04h44min pm
Pode me pegar a hora que quiser 04h45min pm
Onde quiser 04h45min pm
Na posição que quiser 04h45min pm
O convite ainda está de pé 🌚 04h45min pm
Tom riu fraco, sacudindo a cabeça para os lados e então se colocando de pé. Suas bochechas estavam pouco coradas, como já havia se tornado costume quando ele conversava com . Pelo menos ela não havia enviado nenhuma imagem e Tom estava grato por aquilo. Nunca sabia o que responder e metia os pés pelas mãos ao tentar formular uma frase coerente. O ator estava saindo da sala de jantar quando seu celular, já guardado no seu bolso, apitou indicando a chegada de uma nova mensagem. Tom desbloqueou a tela e então gargalhou alto, não acreditando que realmente havia lhe enviado aquilo.
04h48min pm
– Maldição de mulher. – reclamou, antes de subir correndo para seu quarto em busca de uma muda de roupas. Um convite como aquele não poderia ser ignorado.
Chegar ao cinema não havia sido fácil. Tom havia precisado dar uma volta enorme no centro de Londres para despistar os paparazzi e quando finalmente chegara ao local, já estava na sala que ele havia alugado esperando por ele. Ela havia ido de Uber, usava roupas comuns e tinha os cabelos presos em um coque escondido pela touca do moletom que ela usava. Tudo para não ser reconhecida e ter suas fotos nos jornais com a especulação de um possível romance com Tom Holland. Apesar de ter se atrasado, Tom fez questão de comprar balas, pipoca e refrigerante antes de entrar na sala de cinema e encontrar ocupando uma poltrona no canto esquerdo. Estava bem escondida e Thomas apenas a encontrou por causa do brilho da tela do celular da irlandesa. Aproximou-se dela e a beijou no rosto, recebendo um revirar de olhos antes de puxá-lo para si e enfiar a língua na boca dele. Não que Tom fosse reclamar daquilo, já que adorava beijá-la, mas em sua cabeça pareceria um ato muito romântico para duas pessoas que não tinham um relacionamento e iriam assistir a um filme juntos.
Tom estava distraído com o início do filme, tentando entender o que diabos estava acontecendo quando sentiu o toque dos dedos de em seu joelho. Olhou de relance para a mão dela, mas logo voltou sua atenção para a tela do cinema, coisa que durou poucos segundos, porque logo as mãos da atriz estavam subindo pela coxa de Holland em carícias nada castas e ele se abrigou a soltar um suspiro baixo.
– , vamos ver o filme. – ele murmurou quase em um suplício. Virou o rosto em direção a ela e encontrou apenas o desejo que já estava acostumado a ver, tendo a completa certeza de que ele não iria ver filme nenhum enquanto tivesse planos distintos para aquela noite.
– Não estou com vontade. – ela sorriu com malícia.
– E está com vontade do que? – Tom se obrigou a indagar. Já estava perdido naquela atmosfera de puro tesão que sentia com a todo momento e por conta disso, largou o pote de pipoca no banco ao lado que estava vazio, fazendo o sorriso de se alargar.
– De sentar bem gostoso enquanto você dá uns tapas na minha bunda. – disse, com naturalidade. E apesar da fala da garota ter deixado Tom excitado para um caralho, as bochechas dele não deixaram de corar. No final das contas, ele nunca iria conseguir não sentir-se envergonhado pelas sacanagens que proferia.
– Você tem o dom de transformar qualquer situação em chance para transar. – Thomas murmurou, rindo pelo nariz. Não entendia como havia sido tão bobo por acreditar que aceitariam tão facilmente um encontro sem sexo.
– Você facilita. – respondeu. Puxou a blusa de lã que vestia para cima e a jogou no chão, ficando apenas de camiseta, antes de levantar e sentar no colo de Tom, com uma perna de cada lado da cintura dele. – Pediu privacidade total até sairmos daqui? – ela questionou, já com as mãos na nuca dele. Tom assentiu com a cabeça e suspirou novamente ao sentir as unhas dela em contato com sua pele. Subiu seu toque pelas coxas de até encontrar as bandas da bunda dela, onde espalmou as mãos e apertou a carne da garota com vontade. Ele realmente adorava estar com ela daquela forma. Era viciado em seu cheiro, sua pele e sua voz gemendo em seu ouvido.
– Sim. – ele respondeu, mesmo que desnecessariamente.
– Ah Tom. – riu. – Você queria mesmo me foder aqui.
– Eu quero te foder em todos os lugares. – ele replicou e sorriu largo. – Mas eu realmente não queria um encontro com sexo.
– Pense nisso como um brinde. – disse por fim, antes de puxar os cabelos de Tom e guiar o rosto dele em direção aos seus lábios. O beijo não durou muito e logo estava em pé, descendo os jeans que ela vestia junto da calcinha branca rendada. Tom fechou as mãos em punhos, sem desviar o olhar do corpo dela. Mesmo que já a tivesse visto nua dezenas de vezes, era sempre uma delícia vê-la se despindo para ele. manteve a camiseta em seu corpo, mas retirou o sutiã e sorriu largo, e Tom só teve chance de morder os lábios antes de sentir as mãos da loira em seu corpo. Ela retirou tanto a blusa de lã como a camiseta de manga longa que Tom usava e então abriu o botão e desceu o zíper da calça do rapaz, puxando a boxer dele junto com a calça. gostava de brincar, mas não tinha paciência para enrolação. E Tom adorava aquilo nela. E estava chegando à conclusão que adorava coisas demais em .
– Quando é que nós vamos fazer um 69? – Tom indagou, suspirando baixinho quando se ajoelhou a sua frente. A garota arqueou as sobrancelhas em sua direção, sorrindo de forma maliciosa antes de dar de ombros.
– Então você gosta de me chupar. – ela murmurou, se aproximando da virilha de Holland e segurando em seu pênis, passando as unhas por toda extensão dele e fazendo-o suspirar mais alto.
– Você tem um gosto bom demais. – Tom respondeu. – É viciante.
– Se você continuar falando, vai acabar tendo a chance de foder minha boca. – retrucou. – Eu deixo você enfiar todinho. – soprou levemente a cabeça do pau de Tom e o rapaz grunhiu em aprovação.
– Você vai me matar. – ele riu baixo. piscou lentamente para ele.
– Só se for de tanto foder. – usou a destra para segurar a base do pau de Holland e sugou a cabecinha, usando a língua para provocá-lo. Tom, que até então tinha as mãos fechadas em punho, segurou os cabelos da loira com a canhota e com a destra segurou a mão de que estava em seu pau, incentivando-a a movimentar seu toque. Aquela movimentação não durou muito. logo se afastou e Tom, com o cenho franzido, soltou um muxoxo descontente. Gostava dos dedos dela em seu cacete, ela o masturbava como nenhuma havia feito antes. Não que ele tivesse tido muitas garotas, mas com era diferente.
– . – Holland grunhiu, em repreensão.
– Se masturba para mim. – ela retrucou. Deu um passo para trás e encostou-se nas cadeiras da frente. Sorriu para Holland rapidamente antes de voltar sua atenção para o pênis do garoto. – Eu quero saber como você se dá prazer.
– Você me dá um prazer ainda maior. – Tom contestou.
– Eu vou me tocar para você e você se toca para mim. – insistiu. Afastou as pernas e deixou a destra escorregar para o meio de suas pernas, enquanto a canhota segurava na cadeira as suas costas. Brincou com o início dos pelos em sua virilha e Tom respirou fundo, usando a lubrificação do pré-gozo para lubrificar seu pau e então facilitar os movimentos de sua mão. mordeu o lábio devido a visão que Tom estava lhe proporcionando e finalmente adentrou sua boceta com dois dedos, arrancando um grunhido do inglês.
Tom estava jogado na poltrona, uma mão em seu cacete e a outra segurando o braço do móvel com uma força considerável. Ele descia e subia sua mão pela extensão de seu pau conforme as carícias de em sua própria boceta. A garota tinha o olhar fixo nos movimentos de Holland e acariciava seu clitóris com um pouco mais de pressão nos dedos. Não o suficiente para doer e sim para lhe dar ainda mais prazer. Esperando melhorar a visão para Tom, ergueu a perna esquerda e apoiou o pé no joelho do garoto, deixando toda sua intimidade amostra e suas carícias bem explícitas para ele. Tom gemeu de frustração e apertou um pouco mais a mão em seu pau, acariciando a glande com precisão enquanto mordia o lábio inferior ao imaginar seus dedos no lugar dos de . Ela também gemeu e grunhiu quando afastou as carícias de seu clitóris e aproveitou a posição para enfiar dois dedos em sua entrada, já lambuzada e escorregadia devido ao estado de excitação que a irlandesa se encontrava.
– Eu estou tão molhada Tom. – gemeu, de forma manhosa. – Tão pronta para você. – ela abriu os olhos e gemeu longamente, olhando diretamente para Tom e mordendo o lábio inferior. Tom grunhiu, abandonando as carícias em seu pênis e puxando a garota para seu colo. – Você está duro para mim?
– Sempre. – Tom respondeu, ajudando a encontrar a melhor posição naquela poltrona. Haviam dado sorte – ou não, já que fora quem escolhera onde sentariam – por terem pegado as maiores poltronas daquela sala, então espaço não faltaria para que eles realizassem seus movimentos. Ela segurou nos ombros dele, e de joelhos e com Tom no meio de suas pernas, sentou no colo do rapaz, que segurava o próprio pênis e o encaixou na boceta de . Ambos gemeram alto quando sentiram suas intimidades encaixadas, um completando o outro. encarou Tom uma última vez antes de começar a se movimentar no colo dele, arrancando um gemido longo do rapaz, que se jogou na poltrona e espalmou as mãos nas coxas dela, subindo as carícias para a bunda e cintura da mulher, conforme ela rebolava em seu colo. usou os braços da poltrona para se sustentar, alternando seus movimentos em cima de Tom entre reboladas longas e cavalgadas rápidas, erguendo seu corpo para cima, de forma a deixar o pau de Tom escapar quase completamente de seu interior apenas para voltar e engoli-lo rapidamente, cada vez mais apertada e mais molhada. Tom, em puro êxtase, apenas grunhia em aprovação e descontava sua excitação no corpo de , apertando sua carne e arranhando sua pele com as unhas curtas.
– Eu disse que queria uns tapas na bunda Holland. – murmurou, quase sem ar, entre uma rebolada e outra. Tom novamente ergueu o tronco e abraçou pela cintura, antes de retirar a camiseta dela e beijar o vale entre seus seios, sugando a pele dela com gentileza.
– Eu nunca bati em uma mulher durante o sexo. – ele confessou, as bochechas assumindo um tom de vermelho ainda mais forte. diminuiu a velocidade de suas sentadas segurou o rosto de Tom com as mãos, uma palma em cada bochecha do rapaz. O beijou com lentidão e provocação, puxando o lábio inferior dele com os dentes.
– Pois tem minha permissão de dar umas palmadas na minha bunda. – sorriu com malícia. – Você não vai me machucar. É só um adicional de prazer durante a foda.
– Eu não sei se tenho vontade. – Tom falou por fim, enquanto suas mãos desciam da cintura para a bunda da loira, acariciando a área com cuidado.
– Tem sim. – disse, antes de voltar a rebolar no colo do rapaz, sentindo o pau dele penetrá-la com força já que Tom havia movido os quadris para cima. – Você só não sabe disso ainda.
E com isso, usou a destra para segurar a mão de Thomas e o ajudou a dar a primeira palmada em sua nádega direita. gemeu baixinho e de forma completamente nova, o que acendeu o fogo de Tom e o motivou a dar mais a palmada. E no intervalo de cada palmada, sentava no pau dele, rebolando e gemendo alto a cada estocada de Holland em sua boceta. A posição era realmente deliciosa e Tom tinha os seios de ao alcance de seus lábios e não demorou muito para tê-los em sua boca. Um de cada vez, sugando os mamilos de e brincando de excitá-la ainda mais. E quando o ápice chegou para ambos, um grito fora sufocado pelo choque de seus lábios e um beijo também inovador. Para , o resultado de uma foda incrível. Para Tom, um indício de um sentimento que não deveria estar nascendo dentro daquela relação. E quando ambos terminaram de gozar e se encararam com sorrisos satisfeitos, as distinções dos olhares eram nítidas para um observador mais atento. De , a pura alegria pelo orgasmo. De Tom, um nítido desespero.
TMZ: Bomba! e Tom Holland podem estar sim estar em um romance escondido!
Spider-Man: Far from Home está em vias de finalizar suas gravações, já que está quase em seu quarto mês de filmagens e a expectativa da produção é que finalize as gravações no quinto mês. Além do filme receber uma enorme esperança por parte do público, já que é o primeiro longa a ser lançado pela Marvel após Vingadores 4, que segundo Kevin Feige, mudará todo o conceito do MCU, Far from Home vem tirando o sono dos fãs mais entusiastas dos atores que interpretam os personagens principais: Tom Holland e nossa querida .
Desde o começo das negociações com para o papel de Gwen Stacy, havia suposições de um suposto relacionamento do prodígio irlandês com Tom Holland. Muitas matérias foram crias e fotos enviadas por paparazzi, mas nunca chegamos perto de confirmar essa teoria, já que sempre deixou claro que não havia nada entre ela e Holland fora uma linda amizade. Pois bem, não é que esse quadro pode ter mudado? Uma fonte confiável afirma que ambos os atores estiveram em um encontro romântico ainda durante a passagem que a equipe do filme fez pela Inglaterra. E na última semana, várias fotos de e Holland juntos circularam pelas redes sociais. Ambos saindo de um restaurante na quarta-feira (17), chegando juntos para as gravações na quinta (18) e uma fonte confiável afirma que Tom passa mais tempo no quarto da irlandesa do que em seu próprio. ainda atesta que eles não estão juntos, mas no fundo do nosso coração nós sabemos que algo está rolando, não é mesmo? O provável casal está em Viena para as gravações de Far from Home e a Marvel anunciou uma live stream do elenco para a noite de hoje. Perguntem sobre Tomel, ou vamos todos morrer na indecisão a respeito desse casal!
– Caralho , porque a Ayla e o Steve não estão contendo essa merda? – bufou para a amiga, trocando o telefone de orelha e então voltando a prestar atenção em seu almoço. Havia fugido da mesa com o restante do elenco de Far from Home, já que havia mandado mensagens pedindo por uma intervenção graças à reportagem que havia enviado para ler. estava em Viena, para os últimos dois dias de gravações na Itália, onde finalizariam a tour pela Europa e voltariam para a Inglaterra para os últimos dias de gravações de Far from Home. Tom, sentado a quatro mesas de distância da irlandesa, encarava-a com preocupação, sendo completamente ignorado pela garota, que estava com nenhuma paciência para ele naquele momento, mesmo que ele não tivesse culpa real pelo estresse dela.
– Quando eles souberam, já era tarde demais. – suspirou do outro lado da linha. – Só se fala disso nas redes sociais. As pessoas estão criando teorias absurdas. – ela tentou rir. – Alguém já sugeriu que a Marvel está obrigando vocês a se esconderem.
– Porque a vida amorosa das pessoas faz diferença para a mídia? – revirou os olhos, mesmo que não pudesse vê-la. – Essas drogas de encontros com Holland nos colocaram em maus lençóis.
O silêncio do outro lado da linha apenas deixou claro que tinha algo para falar sobre o assunto, mas não sabia como abordar. E que não gostaria nada daquilo.
– O que foi? – a loira indagou, sem rodeios. Mordiscou algumas batatinhas antes de ouvir o suspiro da melhor amiga.
– Vocês não estão mesmo juntos?
– Claro que não! – exclamou, largando a comida na mesa e então se escorando na cadeira. – , você acha que eu não iria te contar uma coisa desse tamanho?
– Desculpa. – murmurou. – Mas é que toda essa coisa de encontros não é algo que você faria apenas para transar. – explicou.
– Eu sei. Apenas tentei deixar as coisas boas para nós dois. E estaria tudo bem, se a mídia não fosse uma ratazana. – bufou. Bebericou seu copo de suco e ouviu mais um suspiro de .
– Você sabe que ele pediu isso porque espera que vocês evoluam, não sabe? – indagou, causando risos em .
– Não viaja . – sacudiu a cabeça para os lados. – Ele sabe que essa possibilidade não existe.
– Não acho que ele saiba. – contestou. – Ou então ele estaria apenas te comendo e não criando encontros românticos para vocês.
– Não são encontros românticos. – contestou.
– Porque você transforma tudo em sexo. – acusou, rindo. – Abre os olhos . Tom não está na mesma vibe que você.
mordeu o lábio inferior e então encarou o sujeito principal daquela conversa, que desviava o olhar dela apenas para responder aos amigos e então voltava a encará-la com apreensão. Quando seus olhares se encontraram, Tom sorriu e sinalizou para com a mão. Ela apenas moveu os cantos da boca, sem realmente devolver o sorriso ao rapaz.
– ? – murmurou, quase em um sussurro.
– Sim?
– Fodeu. – suspirou, sem realmente saber o que fazer naquele momento. Tinha uma live com o elenco e não poderia dar bandeira nenhuma perto de Holland. Não queria dar mais esperanças para o rapaz, quando ela sabia que eles não tinham futuro. Ela poderia se apaixonar por ele, em algum momento futuro. Mas como havia dito, eles não estavam na mesma vibe. E sabia que jamais estariam.
– E o que você vai fazer? – a outra indagou.
– Não posso magoar ele. – suspirou. – Eu poderia tentar.
– Você sabe que não vai dar certo.
– Como você tem certeza? – indagou, fechando os olhos por alguns instantes e tentando se imaginar em um relacionamento com Holland. Ela não precisava da resposta de para ter certeza de que concordava com a amiga.
– Porque você não quer. Estaria se obrigando a fazer isso por ele. – murmurou.
suspirou novamente e voltou a encarar Tom. O sorriso torto do inglês estava plantado em seus lábios e o inicio de um olhar carinhoso brilhava nas irises dele. Ela queria muito poder se apaixonar por Tom. Seria tão fácil, tão tranquilo. Como uma brisa de primavera que provoca um sorriso largo. Mas se Tom era uma brisa, era um furacão, que arrastava tudo consigo por onde passava e deixava apenas a destruição. E ela não podia fazer aquilo com Tom Holland.
Ganhei dois prêmios 07h32min pm
Foi bastante divertido 07h32min pm
bebeu demais e passou vergonha 07h33min pm
E as gravações, como estão? 07h33min pm
É só eu sair e tudo vira uma bagunça 07h34min pm
E passou-se cerca de 5 minutos até enviar sua resposta ao comentário de Tom, dando tempo o suficiente para o ator se arrepender e pensar em suicídio por ser completamente estúpido com as palavras. Quase mandou algumas risadas e “estou brincando”, mas tinha certeza de que pareceria um retardado ao fazer aquilo e não assumir a responsabilidade pelas coisas que escrevia.
Espero que esteja falando da minha boceta 07h35min pm
Já que não tem outro motivo para você sentir saudades de mim 07h35min pm
Ah, eu sei 07h37min pm
Sou insubstituível 07h37min pm
Enfim, preciso ir 07h37min pm
encontrou uma festa legal 07h37min pm
Boas cenas! 07h37min pm
Até 07h38min pm
Foi tudo o que mandou, antes do status de online sumir do perfil da garota no WhatsApp. Tom suspirou em descontentamento, desligando o celular e enfiando o rosto contra a almofada que fazia de travesseiro. tinha razão. Do que ele poderia sentir falta fora a boceta dela? Talvez da boca e das coxas que ela usava para apertar a cintura dele. Fora isso, ele nada sabia que , fora que ela tinha uma amiga chamada – e ele nem sabia como elas haviam se conhecido – e um irmão com o qual ela mantinha pouco contato. Frustração era o nome do meio de Tom, antes de finalmente uma ideia brilhar em seus pensamentos. Talvez ainda existisse uma chance para e ele darem certo fora da cama. Thomas sorriu e então finalmente sua mente entrou em um estado de tranquilidade que lhe proporcionou a chance de adormecer.
– Não seria incrível se a Gwen morresse e o Peter se apaixonasse pela Michele? – indagou, recebendo uma careta muito feia de Zendaya e um arregalar de olhos do restante dos presentes a mesa. Estavam jantando no restaurante do hotel no qual a equipe estava hospedada em Veneza, na Itália, após um longo dia de filmagens e mais filmagens. As gravações de Far from Home estavam caminhando para sua reta final e os atores e todo o restante da produção do filme estavam trabalhando mais do que nunca.
– Que porra tem nessa lasanha? – Z indagou para Harrison, que havia pedido o mesmo prato que . O loiro deu de ombros, sacudindo a cabeça para os lados.
– Frango. – retrucou.
– Só pode ter alguma droga no prato da então. – Zendaya revirou os olhos. – Você está louca? – olhou para e Tom soltou uma risadinha perante o desespero de Zendaya. Mesmo que fosse completamente ofensivo para ele, já que ela estava fazendo todo aquele estardalhaço pela possibilidade de ser o par romântico dele no próximo filme de Spider-Man.
– Tom não beija tão mal assim, fique tranquila. – interferiu em favor do ator e Tom franziu o cenho para ela, enquanto Jacob e Harrison quase engasgaram com suas bebidas. Se aquilo havia sido um elogio, Thomas nem queria imaginar o que poderia usar para ofendê-lo.
– Muito obrigado. – bufou e o encarou como se fosse louco. – Não foi um elogio. – Thomas declarou.
revirou os olhos.
– Ele beija bem. – disse por fim, mesmo que Zendaya não desse a mínima. – Contente? – encarou Holland, que assentiu veementemente.
– Eu não estou nem aí. – Z chiou. – Pare de desejar a morte da Gwen e a desgraça da Michele.
– Não estou desejando. – se defendeu, finalizando a lasanha em seu prato e então voltando a falar. – Mas vocês sabem que isso é uma possibilidade. – deu de ombros.
– Realmente é. – Jacob concordou.
– Eu não me surpreenderia se Jon fizesse isso. – Harrison riu. – Mesmo que seja para o seu desgosto Z. – Tom o encarou com uma expressão severa no rosto. Já havia finalizado o seu jantar a muito tempo e estava apenas esperando que os amigos também finalizassem suas refeições para poder pedir a sobremesa sem sofrer retaliações. Da última vez que pedira pela sobremesa antes de todos os outros, havia ouvido quase meia hora de xingamentos e resmungos de Zendaya e Jacob que afirmavam ser uma falta de respeito Tom lhes provocar com doces durante o jantar.
Enquanto fingia prestar atenção em seu celular, Holland lançava olhares de esguelha para , que parecia compenetrada demais em sua refeição após os comentários sobre o futuro de sua personagem no MCU e apenas voltou para a realidade quando um garçom se aproximou e chamou por ela.
– Sim? – questionou, encarando o funcionário do restaurante com curiosidade. Todos na mesa pararam suas conversas paralelas para prestar atenção na garota e Tom suspirou em alívio por finalmente poder parar de fingir que a timeline do Twitter estava super interessante.
– O casal na mesa perto do bar pediu para lhe passar um recado. – o homem informou e procurou pela mesa mencionada. Tom seguiu a linha do olhar dela e encontrou duas pessoas que pareciam ter a idade de seus pais. O homem era muito branco e tinha alguns fios brancos em seu cabelo escuro, os traços de seu rosto lembrando o rosto da própria . Já a mulher era loira e tinha os mesmos olhos azuis de . Thomas franziu o cenho, completamente confuso a respeito da identidade daquelas pessoas. , após identificar o casal em questão, colocou-se em pé de supetão e seguiu em direção a eles de forma determinada. E nos segundos que seguiram, uma conversa civilizada não fora o resultado daquele encontro e quando Tom deu-se conta, já estava a poucos metros de distância de onde estava parada, gesticulando e gritando com as pessoas sentadas àquela mesa.
– Vocês não tem vergonha na cara! – ela gritou novamente, enquanto a mulher a encarava de forma impassível e o homem revirava os olhos para ela. Tom sentiu um toque em seu ombro e encontrou Zendaya ao seu lado, encarando com preocupação.
– São os pais dela. – a morena murmurou e só então Thomas percebeu da seriedade da situação. Ele não fazia ideia dos motivos pelos quais não falava de sua família, mas ali estava a garota, tremendo e gritando com as duas pessoas responsáveis por sua vida. estava completamente desestabilizada e tudo o que Holland queria era tirá-la dali. Sabia que ela estaria em todas as revistas e sites de fofoca no dia seguinte e não queria vê-la tão exposta. Ela não merecia aquilo.
– Você já parou com seu showzinho? – o homem indagou e Tom sentiu uma imensa vontade de socar a cara dele. Parecia debochar de , deixando a garota visivelmente mais afetada e fora de si.
– Vá se foder. – retrucou. A mãe dela bateu com a mão na mesa, fazendo a filha pular devido ao susto.
– Respeite o seu pai!
– Vá se foder você também! – urrou. – Eu não quero que vocês me procurem, não quero que falem de mim, não quero que lembrem da minha existência! – exclamou e Tom notou as lágrimas caindo dos olhos azuis de . O rosto dela estava vermelho e seu corpo tremia. – Já arruinaram a porra da minha vida o suficiente, não acham? – fungou, limpando as lágrimas com as mãos. – Espero que não estejam hospedados nesse hotel e que voltem para a merda do buraco de onde saíram no próximo voo. Eu não quero saber de vocês. – cuspiu as palavras, dando as costas para os pais e seguindo a passos largos para fora do restaurante do hotel.
– Ela sempre foi uma mimada. – a mãe da atriz desdenhou e Tom apenas a encarou com o nojo estampado em suas irises antes de seguir quase correndo, deixando Zendaya e os amigos para trás sem nem pensar duas vezes. Não conseguiu pegar o mesmo elevador que , mas chegou no andar onde estavam seus quartos instantes depois de . Chamou-a pelo apelido quando a garota girou a maçaneta de seu quarto e a troca de olhares que seguiu aquele chamado tinha uma carga emocional muito significativa. Principalmente porquê eles não tinham nenhum envolvimento emocional explícito naquele relacionamento.
– Me deixe em paz, Thomas. – murmurou, em um fiapo de voz. Tom se aproximou dela e tocou em seu braço, afastando a mão dela da maçaneta e puxando-a para um abraço.
Era uma sensação diferente. Eles nunca haviam tido aquele tipo de contato antes. E Tom não pensava na questão física e sim emocional. Eles haviam transado em diversas posições, em diversos lugares e diversas vezes, mas nunca haviam tido tanta intimidade quanto naquele momento em questão. soltou um soluço estrangulado e envolveu Tom pela cintura, apertando aquele abraço e afundando o rosto contra o pescoço do ator. Tom segurou-a em seus braços como se sua vida fosse depender daquilo, enquanto afagava suas costas, tentando lhe passar algum conforto. chorou copiosamente por longos minutos e a cada soluço da garota, Tom ficava mais desesperado e sem saber o que fazer. Talvez pedir um calmante fosse uma boa ideia. Ou instruí-la a tomar um banho e ir dormir. Sim, aquela era uma boa sugestão. Suspirou em alívio quando os soluços de cessaram e ela fungou uma última vez, se afastando do abraço e encarando Tom com os olhos inchados por conta do choro excessivo.
– Eu..
– Precisa tomar um banho. – Tom murmurou. – Vou pedir um remédio para dor de cabeça e um chá para você, para garantir que tenha uma boa noite de sono.
Dito isso, Tom deu um passo para trás, fazendo menção de deixar sozinha, como ela havia pedido anteriormente. Ela segurou a mão dele e Tom franziu o cenho em confusão, encarando-a de forma incisiva. O que ela queria?
– Não me deixa sozinha. – sussurrou. – Eu não estou falando sobre sexo. – garantiu e Tom achou aquilo realmente um milagre. – Eu só não quero ficar sozinha hoje. Normalmente tenho , mas ela está nos Estados Unidos e…
– Eu fico com você. – Thomas garantiu. sorriu fraco e então meneou a cabeça em um aceno positivo. Girou a maçaneta da porta e puxou Tom consigo para dentro do quarto. Aquela seria uma longa e tranquila noite para eles. Algo bem diferente do que estavam acostumados.
Tom entrou no camarim e se jogou no sofá, recebendo um olhar irritado de Harrison, que fora atrapalhado pela movimentação do amigo enquanto trabalhava em alguma coisa no notebook. Osterfield estava pronto para xingar o ator quando analisou o rosto de Tom e franziu o cenho, confuso quanto a expressão machucada que Holland carregava no rosto.
– O que foi cara? – Harrison indagou, largando o computador na mesa de centro e então se voltando para Tom, que tombou a cabeça para trás e soltou um suspiro alto. O ator fechou os olhos e respirou fundo, antes de encarar o melhor amigo e apenas deixá-lo mais preocupado. Alguma coisa havia acontecido com Tom. Alguma coisa séria. – Você está me assustando. – Harrison murmurou.
– Eu estou fodido. – Tom disse por fim. – Muito fodido.
– O que aconteceu? – Harrison indagou, ainda preocupado. Pelo menos havia riscado “machucados” da lista mental que fizera sobre os possíveis motivos para aquela careta no rosto de Holland.
– Eu me apaixonei. – o ator disse. – Pela .
– Eu já sabia. – Harrison franziu o cenho. – Pensei que você também soubesse. Com todo aquele papo de fazê-la querer mais do que sexo. – deu de ombros. – Era óbvio que você estava se apaixonando.
Tom encarou o melhor amigo como se tivesse levado um murro na cara. Era tão, mas tão óbvio. Como ele havia sido obtuso a ponto de não perceber aquilo?
– Eu não tinha analisado as coisas direito. – confessou. – Não pensei que pudesse me apaixonar por ela antes de fazê-la querer mais. Porra, eu sou muito idiota. – voltou a tombar a cabeça para trás, batendo-a na parede, mesmo sem querer e não se importou com a dor. Fora um idiota e merecia aquilo.
– E qual o problema, cara? – Harrison indagou, confuso. – Ela ainda quer apenas sexo? Porque se você der sexo e um pouco mais, talvez ela mude de ideia.
– Não. – Tom negou. – Está tudo errado! – exclamou, se colocando de pé e andando de um lado para o outro no camarim, claramente nervoso. – Ela disse não. Eu não deveria estar buscando um sim. – suspirou. Passou as mãos pelos cabelos e então voltou a encarar Harrison. – E eu não posso dar apenas sexo para ela. Não consigo, não sem me machucar. E por mais que eu não queira, eu vou me afastar.
– Você tem certeza? – Harrison indagou.
– Não. – Tom riu, sem achar a mínima graça. – Sabe o que é pior? Nisso tudo? – indagou e Harrison negou com um aceno de cabeça. – Ela não quebrou meu coração. – sacudiu a cabeça para os lados. – Porque ela nunca o pegou em suas mãos. Eu mesmo quem quebrei o meu maldito coração, sendo o idiota prepotente que pensou apenas em mim e renegou tudo o que disse, durante todos esses meses.
– Dude, a gente não manda no que sente. – Harrison ponderou.
– Eu sei. – Thomas voltou a se jogar no sofá. – Mas somos responsáveis pelas nossas decisões. – suspirou. – E eu não quero que ela se sinta culpada, quando o único culpado sou eu.
– E você acha que ela vai?
– Ela se importa. – Tom afirmou. – Não do jeito que eu queria, mas ela se importa. Mesmo que eu não mereça.
– Então você precisa conversar com ela sobre isso. Expôr o seu lado da história. – Osterfield murmurou, o olhar pesaroso caindo em cima de Tom.
– É. – Holland concordou. Fechou novamente os olhos e deixou sua mente vagar. Havia feito uma merda gigantesca e agora teria que resolver as coisas.
Era um belo de um idiota, ele sabia.
Zendaya e Jacob abandonaram o elevador juntos – já que seus quartos ficavam no mesmo andar -, deixando apenas Tom e no cubículo de metal. Eles ainda tinham dois andares para enfrentar e aproveitando a oportunidade, puxou Tom pela gola da camiseta e estava com os lábios quase colados aos dele, pronta para sugerir uma recompensação pelo orgasmo do dia anterior quando Tom segurou os pulsos dela, afastando-a e dando um passo para trás. franziu o cenho e Thomas suspirou, passando as mãos pelos cabelos uma vez antes de o elevador abrir no andar em que estava hospedada.
– Nós precisamos conversar. – ele disse. – Com urgência.
– Tudo bem. – assentiu, seguindo para fora do elevador e puxando o cartão do bolso para destrancar o quarto. Ligou as luzes e deixou que Tom fechasse a porta às suas costas. A loira pegou uma garrafa de água no frigobar e sentou na cama, então encarando Tom e franzindo o cenho em direção a ele. Se Holland queria conversar, então deveria fazer as honras.
Tom sentou-se no braço da poltrona, do outro lado do quarto, deixando ainda mais tensa sobre toda a situação. Para ela, não havia motivos para toda aquela tensão. Ela e Tom estavam bem, não estavam? Tudo bem, ele havia brochado e aquilo era péssimo, mas não era o fim do mundo. sabia que Holland era muito habilidoso na cama e eles não precisavam ter uma discussão de não-relação. Precisavam transar e superar a falta de orgasmo de Tom. Simples.
– Eu não estou entendendo porque você está tão nervoso. – comentou, recostando-se na cama e bebendo mais um gole de água. – Todo homem brocha. – deu de ombros. – E o homem que diz que não, está mentindo.
Tom franziu o cenho para a atriz antes de soltar um risinho e sacudir a cabeça para os lados. Suspirou, passando a mão pelos cabelos e então levantando o rosto para encará-la.
– Não estou tenso por causa disso. – ele explicou.
– Tudo bem. – estalou os lábios. – Então por que você está tenso? As coisas estavam tranquilas ontem. – ela lembrou.
– Eu estou tenso porque estou apaixonado por você, . – murmurou, sem desviar o olhar da loira e abrindo um sorriso triste ao final da frase.
, de olhos arregalados e queixo caído, se encolheu na cama em forma de defesa, mesmo que não fosse necessário acionar seu senso de autopreservação. Tom não estava oferecendo seus sentimentos para ela ao dizer aquilo, ele não esperava uma declaração recíproca. Ele estava apenas constatando um fato. O fato de que havia se apaixonado por ela e que não era apenas sexo para ele.
– E eu não estou te dizendo isso porque espero algo em retorno. Eu sei que não vou ter. – suspirou. – Estou dizendo isso, porque você sempre foi sincera comigo. Sempre deixou muito claro que só existiria sexo entre nós, que você não queria um relacionamento. – outro suspiro, não se atrevia nem a respirar direito. – E mesmo assim, eu fui idiota. Eu me deixei acreditar que poderia te fazer mudar de ideia. Que as coisas poderiam ser diferentes se eu cedesse um pouco. Porque aí talvez você fosse ceder também.
“Foi falta de consideração. Eu te desrespeitei, não dei valor a sua sinceridade. Não aceitei o seu “não” e isso é ridículo. Eu não sou esse tipo de cara. Não quero ser esse tipo de cara, que força situações para ter o que quer. Você disse “não” e eu deveria ter desistido. Te explicado que não queria apenas sexo, que estava procurando por mais. Mas eu também não sabia disso. Demorei a entender e assim que tive certeza de como estava me sentindo, soube que precisava te contar. Não é justo existir sinceridade de apenas uma das partes. – falou. – Eu não me apaixonei por você instantaneamente. Apenas me dei conta disso ontem. Eu suspeitava, mas não queria aceitar. Eu errei e peço desculpas.”
– Você não pode estar apaixonado por mim, Tom. – sacudiu a cabeça em negação. – Você nem me conhece de verdade. Não sabe meus gostos, minha cor favorita… Eu nunca te deixei entrar no meu mundo. Você não pode estar apaixonado por mim, porque não sabe quem eu sou. – falou, tomando cuidado ao escolher suas palavras. Não precisava magoar Tom, mesmo sentindo-se traída como se sentia. Ele não tinha culpa, tinha? Não se tinha poder de escolher para quem dar seu coração e ela entendia Tom em partes.
– Eu criei uma projeção. – Tom suspirou. – Projetei em você, um desejo que eu nem sabia que existia dentro de mim. De estar apaixonado, de entrar em um relacionamento. Eu estou apaixonado pelas pequenas partes que consegui descobrir sobre você. Mas não é o suficiente.
– Eu não queria te magoar. – murmurou. Levantou da cama e se aproximou de Tom, parando em frente a ele. Fechou os olhos, se inclinando para baixo e apoiando sua testa na de Thomas, segurando nos ombros dele, enquanto Tom a abraçava pela cintura. – Eu sou muito grata por você ter entrado na minha vida. Muito grata mesmo. E eu queria muito poder estar apaixonada por você. – soltou um risinho sem graça. – Minha vida seria mais fácil, sabe? Você é calmaria no meio de uma tempestade. Mas a gente não escolhe esse tipo de coisa e eu não posso dizer que me sinto dessa forma por você. Estaria te iludindo e eu nunca quis brincar com os seus sentimentos dessa forma.
– Eu sei. – Tom assentiu. – Eu não podia mais mentir para você. Não assim. Acho mais fácil me afastar e deixar esse sentimento morrer.
– Me desculpa. – grunhiu e Tom a puxou para um abraço. – Eu não queria partir seu coração.
– Não foi você quem partiu meu coração, . – Holland sorriu de forma triste para a garota. – Fui eu.
– Eu ainda me sinto culpada. – ela resmungou.
– Não deveria. O culpado sou eu. – ele suspirou.
– Você vai encontrar alguém, sabe disso, não sabe?
Tom assentiu.
– Eu sei.
– Talvez um dia eu me sinta burra por ter te deixado ir. – tentou sorrir.
– Nós não fomos feitos para ser. – Tom declarou, dando espaço para findar o abraço. Levantou da poltrona e se moveu em direção à porta. A garota sentou na cama e antes de Holland abrir a porta, o chamou.
– Você vai ficar bem? – indagou, preocupada.
– Sim. – Tom assentiu, abrindo um pequeno sorriso. – Perdi uma namorada, mas ganhei uma amiga. – deu de ombros.
– E memórias de boas transas. – brincou.
– Vou sentir falta do sexo. – Tom declarou por fim.
– Vou sentir falta dessa bunda naquele uniforme. – disse, decretando o fim daquele relacionamento. Afinal, tudo havia começado com uma piadinha dela sobre como Tom ficava bem de roupa colada.
– Eu sei que vai. – e com isso, Tom se retirou do quarto, deixando a irlandesa sozinha. Da forma que ela amava e estava acostumada a estar.
***
Nota da autora: Apesar dos apesares, essa história tem um dos meus finais favoritos. Vivo para defender que a pp e o Tom nunca dariam certo e caso tenha vontade de ler sobre o final feliz do Tommy, segue a leitura para Make You Believe Again e curta muita fofurice e felicidade.
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