Sinopse: Ele tinha dificuldades para dormir depois da primeira derrota naquele ano, mesmo que seus pensamentos fossem conflitantes, e ele decidiu ligou para uma amiga e este dá as verdades de seus verdadeiros conflitos internos e dá possíveis soluções.
Gênero: Drama
Classificação: +14
Restrição: Insinuações sexuais
Beta: Rosie Dunne
“Sorria, como se nunca tivesse chorado.”
— The Dreams.
Havia sido um dia difícil para qualquer pessoa em Seoul, para mais ainda, com o turbilhão de emoções que havia em sua mente, enquanto tais pensamentos logo traziam os pensamentos conflitantes do rapaz de volta de onde ele tentará inutilmente esquecer.
Estava frio enquanto o rapaz se remexia na cama, estava com o corpo exausto, mas ainda estava agitado como nunca, grunhiu enquanto cobriu sua cabeça com o pano levemente grosso para aquela noite fria de inverno que dominava cada vez mais a cidade coreana.
Ele revirou pela centésima vez naquela cama macia e quente, que o aguardava. não tinha a mínima vontade de dormir, era relativamente cedo. Não era nem mesmo nove da noite, mas mesmo assim ele precisava dormir e descansar da carga emocional que estava sobre os seus ombros, e dormir profundamente ao qual ele não queria sonhos, mas a sorte naquela noite não estava com , nem mesmo com eles e nem mesmo queria lhe sorri naquele dia.
Mesmo assim ele não sentia vontade dormir, mesmo que seu corpo necessitasse de um descanso após um jogo de basquete violento ao qual gastou mais energia do que previra – apenas sentiu seu corpo exausto, mas não a sua mente, que o torturava com as imagens do jogo contra o Seirin, o ás da Touou Gakuen apenas levantou-se, sentiu seus músculos protestarem com isso, afinal ele estava com dor por ter usado toda a sua força naquele jogo contra Park Jimin e Kim Taehyung, seus ex-companheiros na Teikou – diabos, ele não iria dormir naquela noite, enquanto sentou-se na cama, sentindo aquela frustração. “Nós aprendemos a conviver com a dor, o mesmo com um coração partido”, por que aquela frase apareceu na sua mente naquele momento? apenas bufou ao pensar naquela citação sem motivo algum para si, que sua mente cansada estava pregando-lhe.
E ele tinha certeza, suspirou desistindo de dormir, naquela noite não iria conseguir nada demais com o sono, o sono estava fugindo de si, a tensão estava ali lhe corroendo como ninguém – e saiu do quarto e andou pelo corredor até a cozinha, pensou em todas as coisas que haviam acontecido naquele jogo em especial, e toda aquela sensação de estar vivo de novo, mas ele odiava aquela sensação com todas as suas forças, odiava aquela sensação de frustração.
“De repente a gente nem se fala mais, nem se vê, nem se conhece. De repente a palavra amizade nem faz mais sentido pra gente” o sermão soou em sua mente como uma navalha cortante em seu orgulho bobo, apenas passou as mãos pelo cabelo ao ouvir aquela citação tão ridícula quanto ela, mas ele sabia que a garota que lhe falara aquilo era tudo menos ridícula, ele então parou assim que viu a foto – sorvete e eles, todos eles juntos naquela tarde quente de verão ao qual, pela primeira vez em meses, quis rever, mas ao tempo repelia por ser apenas passado, mas apenas viu o sorriso triunfante que moldava os seus lábios, ele ainda sorria assim? Não tinha resposta para isso.
“Isso soa muito cruel, , deveria ser menos cruel com as pessoas” a voz soou em sua mente com mesma perfeição e suavidade que a garota tinha em sua voz, e paralisou, por que diabos estava se lembrando dela? Por que justo dela? Não foi ela que deu um tapa na cara dele quando ele fora cruel com ela? Da pessoa que ele mais detestava naquele mundo, apenas apertou o punho com isso ao pensar naquela garota que muitas vezes o tirara do sério naquele último ano, o que ele estava pensando? Por que ainda pensava nela como sua amiga? Era uma das questões que ele deveria responder, mas não naquele momento. Suspirou ao lembrasse dos olhos levemente esverdeados que muitas vezes o confundiam com as suas ações e gestos muitas vezes irritantes para ele. “A vida é curta demais para ficar se lamentando por pessoas insignificantes, às vezes penso assim, , e você se tornou uma delas”.
Aquilo soava cruel aos ouvidos sensíveis, mas nunca para ele, por que tinha a certeza que isso a machucava mais do que tudo, e apenas aproveitou-se disso, e jogou na cara dela que ela não era necessária.
“ que cruel! Eu gostava dele, , devolva o meu ursinho preferido, !” apenas pensou, em quantas vezes brigaram por causar daquilo, ou por bobagens mais estranhas ainda, e de como ela agia, necessariamente displicente por sua infantilidade e sua falta de tato com as pessoas, sua língua felina, ele pegou o celular acima da bancada e digitou o número conhecido que muitas ficou tentado em excluir, mas sabia que nunca o faria com aquela pessoa, enquanto no terceiro toque ouviu-se um resmungo mal-humorado seguido de um palavrão em inglês.
– Eu espero que tenha um bom motivo para isso, , que diabos está fazendo?! Não saber que horas são! – irritou-se a voz no telefone, enquanto um bocejo veio a seguir e depois constatou que a sua companhia estava irritada com a sua verdade – O que queres, seu idiota de merda?
– Quieto, Hyou, quero um número em especial e espero que possa dizer a verdade, não é? Quero o número da , e agora, eu sei que ainda tem esse maldito número por que vive trocado mensagens com ela, Hyou – explicou rápido enquanto a sua companhia de escola apenas indignou-se mais com o tom autoritário e mandão de , acordar seu colega na Touou Gakuen no meio da noite não era uma das melhores coisas que poderia fazer, mas ele era o único que ele sabia que o atenderia sem desligar na sua cara, ou ao menos tentar, por que tinha outra pessoa que o ajudaria, mas está última não queria saber dele – Me dê o número, Hyou, e sério!
– , eu tenho certeza que ela vai mandá-lo para o inferno – prontificou-se o outro, a provocar sem piedade – Sinceramente o que queres com ela?! Ela nem gosta de você e, além disso, deveria resolver seus problemas com a outra e não com a ! Mas acho que bateu a cabeça com força.
– Um conselho – explicou num tom duro – Hyou, me dê o maldito número senão serei forçado a ligar para a Satsuki, e sabemos que ela é exagerada.
– Tá certo, tá certo, eu te odeio, ! – a voz se fez dura enquanto ele caiu no chão do outro lado da linha, o soltou uma risada com isso e tentou imaginar o garoto com cara de irritada caindo no chão, era uma piada interna – Se rir de mim seu desgraçado eu não te dou o número!
Ele anotou o número – que fora dado com palavrões entre os números por seu colega enquanto o mesmo o mandava se foder e não procurá-la antes das 7 da manhã na escola, senão seria um cara morto no dia seguinte, e ele riu enquanto apenas olhou para o aparelho celular – despediu-se e desligou, Hyou era no mínimo estranho e com suas manias ainda mais estranhas, mas extremamente de confiança na opinião do ás da Touou Gakuen que sabia da estranhas e simpatia do mesmo, ele era assistente de Momoi nas horas vagas quando não estava com sua melhor amiga, Sawamura Aimi, nos treinos do feminino.
Aimi, faz um bom que não falo com ela – seus lábios se tornaram uma linha rígida ao pensar nisso, de quantas vezes queria ter abraçado ela e a prensado contra a parede por causar do orgulho dela, e seu próprio, mas tinha ainda amor a sua vida – havia brigado com ela, desde que a mesma começou a sair com um aluno do 2° ano. “Ciúmes, , e apenas puro ciúmes” A verdade soou tão bem colocada, quanto ruim para o ego, ele com ciúmes? Era irônico mas, bem no fundo, aquilo soava verdadeiro aos seus ouvidos. Ele apenas torceu os lábios em desagrado consigo mesmo e com toda a certeza com ela, e nunca daria o braço a torcer que sentia ciúmes da garota de cabelos arruivados que muitas vezes povoavam os seus sonhos e aquilo era ruim de todo modo, muito ruim mesmo.
Digitou o número, e esperou na linha – dois toques, e nada da pessoa atender, esperava que ainda ela não estivesse dormindo – quando o terceiro toque soou, foi cortado por um xingamento enquanto ouviu-se um som estranho de vento, e um bocejo, enquanto a voz soou pragmática do outro lado, paralisando assim o ás da Touou Gakuen.
– Alô, quem é? Olhe, eu estou sem paciência, gafanhoto, quem é? – o silêncio se fez presente por parte dele, enquanto ouviu-se um bufar e um xingamento, a pessoa do outro lado estava claramente nervosa enquanto apenas repetiu duas vezes palavrões seguidos, enquanto soou mais pragmática possível – , por que está me ligando a essa hora?!
Aquela voz soou sonolenta, mas totalmente conhecida, assim como a irritação visível em sua voz, travou, ela ainda tinha uma bela voz e tinha o seu número, ao que parecia, sua ex-colega da Teikou ainda tinha confiança nele ao mesmo tempo que um desdém conhecido e totalmente normal, mas pigarrou e parou de pensar naquelas bobagens momentâneas.
– Precisamos conversar, , poderia me encontrar… – murmurou sério – Quando poderia ser?
Foi à vez de ela ficar em silêncio, e um suspiro saiu arrastado e denso juntamente com a resposta que surpreendeu enquanto a voz soou séria.
– Ok, pode ser agora, ou dentro de 20 minutos por que farei um capuchino para mim – ela ditou seca – Ligarei dentro de 20 minutos, então espere.
A quadra de basquete estava um pouco mais de três quadras de distância.
O local em si era popular, além de uma pequena lanchonete do outro lado da rua. Ele deu uma corrida para ir chegar lá – ao menos no tempo esperado, sua casa era um sobrado que dividia com os pais, ao sair de casa levou um casaco e correu mais rápido possível para não se atrasar – naquele meio tempo, apenas pensou em tudo que sua amiga, lhe havia lhe dito naqueles minutos que ambos ficaram no telefone, trocando informações, por parte dele é claro, enquanto a mesma lhe dava apenas opiniões e conselhos que poderiam, ou não, ajudar ele, mas era um homem prático, e ele achava difícil fazer tudo àquilo que a falava com tanta convicção e confiança que ele não tinha.
Ele não pensava, apenas agia como o homem que era.
Chegou à quadra faltando cinco minutos – ela já estava lá, usava uma calça jeans folgada surrada, ele reconhecia aquela calça como sendo ao qual ela treinar na quadras de basquete, e tênis negros que iam e uma camisa flanela enquanto arremessou a bola de basquete com precisão, ela é tão precisa quanto o Jungkook, ele comparava os dois pelo fato de ambos serem bons em arremessos de três pontos, mas sabia que a especialidade dela não era essa.
– Oi.
Sua voz soou baixa, meio encabulada – ela virou-se para ele com um meio sorriso, pela primeira vez percebeu o porquê dela ter ficando em sua mente tanto tempo depois que ambos brigaram naquele último dia, os cabelos estavam em coque frouxo enquanto alguns fios caiam por sua face, e os olhos levemente esverdeados observavam com atenção enquanto a mesma estava observando atentamente ele, avaliando de cima a baixo como ele havia crescido nos últimos meses – ela era linda sim, mas não era a garota que ele queria, não mais, concluir para si mesmo aquela revelação que ele sabia que já havia descoberto, mas nunca admitido para si mesmo, afinal era linda e tudo o que ele queria em sua vida.
Uma garota com atributos bem definidos – e chamativos – assim como a personalidade, mas sabia que a garota gostava de outro, alguém diferente dele em todos os aspectos.
– Chegou a tempo – a comentou com um sorriso, enquanto pegou a bola do chão, ele percebeu a bolsa azul da Kaijo no canto esquerdo da quadra, juntamente com um casaco azul que deveria fazer parte do uniforme– É bom vê-lo de novo, .
– Mutualmente, não é? Você não estava em casa, estava? – devolveu seriamente analisando a roupa surrada da menor, estava óbvio que ela andava treinando – Desculpe, eu estou sendo...
– Você mesmo, o que não me surpreende. Então apenas relaxe, , parece um morto-vivo sabia? Até parece arrependido, enfim, eu estava em casa sim, havia acabado de dormir no sofá quando me ligou, então agradeço por ter me acordado, – ditou ela enquanto acertou mais uma cesta com precisão, e ela apenas observou ele – Sorte a sua, então o que queres me dizer? Fale apenas.
observou a garota com surpresa, é definitivamente estranha enquanto a mesma observava a bola que quicou no chão após mais um arremesso, ela é boa nisso, se Jeon estive ali, com toda a certeza, ele ia querer derrota-la, mas parou de pensar nisso, estrava ali para que mesmo? Por que queria tanto saber da opinião da atual jogadora da Kaijo?
– apenas pense um pouco mais, vamos jogar?
Ela jogou para ele a bola que voou até a sua mão enquanto a mesma deu um sorriso preguiçoso e sem qualquer tipo de humor, havia um pingo de excitação por jogar com ele. tinha certeza que ela sentia a pressão de suas habilidades, mas nunca iria arredar o pé de um desafio – seu corpo estava cansado, mas estava tenso, e por que não? Ele retirou o casaco e se aproximou, enquanto apenas pegou a bola, a garota apenas arregaçou as mangas da camisa até os cotovelos, e amarrou direito o coque enquanto os olhos se fixaram nele, e sorriu marota, a bola quicou no chão enquanto ele passou por ela.
Ela não estava surpresa com a velocidade dela, e nunca ficaria enquanto correu atrás dele – sua velocidade se equiparava com a de Jung, mas sempre foi mais rápido que ela enquanto jogou um dos seus arremessos sem forma que muitas vezes surpreendia os jogadores e até mesmo os telespectadores enquanto num jogo normal, aquilo não seria ruim, mas então a bola voltou mais rápido do que o raciocínio logico enquanto a bola quicou duas vezes antes de se arremessada da área de 3 pontos com a mesma segurança de antes que ela estava, não havia surpresa e nem um pingo de medo, apenas franziu o cenho, a trajetória está certa enquanto a bola quicou duas vezes antes de voltar para a sua mão.
– Você melhorou o seu arremesso.
– E você ainda é mais rápido que eu – ela comentou sem expressão aparente – Suas cestas ainda são surpreendentes.
– Você não se impressionou.
– É obvio que não – riu com delicadeza e depois revirou olhos pegando a bola – Nunca conseguiria acompanhar o seu crescimento, mas melhorei sim, e outros aspectos.
observou ela enquanto um sorriso apenas formou-se em seus lábios – os olhos se fixaram nele, enquanto ela apenas jogou mais uma vez, acertando novamente, ele arregalou os olhos – enquanto apenas observou com surpresa a mesma forma como ela jogava, Aimi? Estava ali, a essencial de Aimi, a forma especial de Aimi, estava ali e ele sentia, sabia que aquela forma de jogar era de Aimi.
– Acho que ficou levemente surpreso, não é? Eu joguei com ela – ditou seriamente, seus olhos estreitos – Aimi e nem outras imaginam que consigo fazer isso, acho que passo tempo demais com Hoseok, mas tem as suas vantagens.
– Jung e você estão...?
Ela corou, em que mundo coraria daquele jeito? O nervosismo ficou visível em seus olhos castanhos-esverdeados, enquanto ela pigarreou.
- Como eu disse, ele é um lerdo – concluir a garota irritada – Ele diz que somos apenas amigos, mas que diabos de amigos se beijam? Ou sentem que irão matar qualquer que se aproxime dele? E eu estou com ciúmes, por que odeio dividir as coisas, , por que simplesmente egoísta e orgulhosa o suficiente para dizer para mim mesma que eu não o mereço.
– Você está sendo dura não acha? Benefícios existem, – brincou rindo enquanto sentiu-se leve o suficiente para o usar o apelido dela, enquanto recebeu uma bolada forte na cabeça, ela ainda tem força, ela estava respirando e furiosa com ele, por suas palavras, mas ao tempo, irritada consigo mesma – Você e ele devem se acertar, não acha que e melhor?
– Melhor? Melhor! Em que sentindo ? Me diga, em que sentindo? Te confesso que às vezes ele fode com a minha cabeça. Porque olha, uma hora a gente está bem, está se tratando bem, está se apelidando, se dando carinho, mas depois, ele muda, me ignora, me dá respostas curtas, não retribui a atenção que eu dou, fica num clima que chega a dar raiva – ela pausou irritada, os olhos se fecharam enquanto a fúria por estar lhe contando isso, naquele momento e continuou pausadamente – Te confesso também que eu chego a prometer pra mim mesmo que não vou mais correr atrás dele, que vou deixar ele sentir saudades e vir atrás de mim. Mas o problema é que quem acaba sentindo saudades, sou eu. – ela rosnou, enquanto apenas revirou os olhos – Hoseok tem mais garotas ao seus pés do que posso conta em meus dedos, é sempre assediado, acho que sou ciumenta? Não, eu sou ciumenta é um problema no momento para o meu autocontrole. Eu posso ser tudo, , mas ainda tenho sentimentos quanto isso? Não acha que me sinto inferior para ele?
estava com ciúmes? Isso estava obvio em sua voz enquanto ela apenas parou e respirou fundo – controlando tudo que sentia naquele momento, e ela eram parecidos nisso, práticos e com emoções levianas, mas a sabia controlar bem suas emoções, mas naquele momento estava furiosa –, a voz mansa e doce cheia de raiva e com toda a certeza frustração por gosta de Jung Hoseok.
E possivelmente com uma autoestima baixa estava por causar da quantidade de coisas que provavelmente ela ouvia daquelas garotas – afinal, ele é Jung Hoseok, um idiota, mas um modelo acima de tudo –, fez algo que normalmente não faria, enquanto apenas sentiu ela apertar-lhe, ela estava com medo de perder Jung Hoseok para outras pessoas, assim como ele estava com medo de perder Aimi para aquele idiota, mas ficou em silencio e esperou – o que não é de seu feitio –, enquanto apenas segurou a e ouviu o choro silencioso dela, ela estava com medo, apenas isso, e quando alguém ficar com medo, apenas se perder em seus pensamentos.
O ás da Touou Gakuen apenas sentiu-se pela primeira vez ligado aquela garota, afinal não foi ela que o trouxe da realidade após aquele jogo?“Não há nada como a respiração profunda depois de dar uma gargalhada. Nada no mundo se compara à barriga dolorida pelas razões certas.”, enquanto apenas sentiu ela se afastar, e limpar as lágrimas sabia que ela odiava chorar na frente das pessoas, desde a morte dos pais.
– Obrigado.
- Não há dê que, .
A apenas observou ele, enquanto deu um sorriso – Jung vai me ouvir, decidiu por fim fazer aquilo, não poderia deixar aquele idiota fazer aquilo com ela, merecia algo melhor, mas apenas riu em pensamento, Aimi também merecia, mas ele era egoísta e queria para si. E ele teria para si, e não tinha a menor ideia de como.
– Você chorou por um idiota, sabia?
– Eu já chorei por um alguns anos atrás, e ele está na minha frente, frustrante não é? E irônico também – ciciou seriamente, os olhos castanhos-esverdeados se ergueram lentamente para ele – Curioso não é? E eu sei.
– Por que logo ele? Por que quer saber dele?
– Por que eu quero saber dele? Por que? Quero ele de perto ou de longe, tanto faz, mas eu o quero de qualquer jeito. Quero dormir abraçada com ele e no dia seguinte acordar bem cedinho só para vê-lo dormir.... – pausou lentamente enquanto apenas recuperou o folego – Quero ser a paz dele, quero ser a saudade dele, quero vê-lo sorrindo para mim, quero poder beijá-lo sempre, quero ter o prazer de chamá-lo de meu, quero poder sentir o seu perfume em todos os lugares em que eu vá, quero uma história, uma vida, se possível, ao seu lado, quero ele, quero que um dia ele e eu sejamos nós, apenas isso, e um desejo tão ruim assim? Talvez seja egoísta, mas foda-se, eu o quero deste jeito e ponto final¹.
apenas viu o sorriso dela – um sorriso que nem mesmo ele conseguia colocar no rosto dela quando estava feliz, era um sorriso diferente – a mesma se afastou, prendendo bem os cabelos num coque e vestido o casaco.
– Quer comer algo? Sai sem comer de casa – explicou ela lentamente, e pendendo a cabeça para o lado enquanto sua voz soou mais leve – Não tenho muita certeza, mas quero sair daqui.
Ela sorriu, enquanto concordou lentamente, era estranha, mas era a sua , a garota que estava ajudando ele e a garota que foi a única a entendê-lo até aquele momento, muito mais que Momoi, por que eram iguais. Ela pegou a bolsa do chão, e pegou o caderno enquanto anotou alguma coisa.
– Informações para o Jung, é?
– Não, apenas meu arquivo pessoal, – ciciou e depois sorriu, seu sorriso ainda não chegava em seus olhos, mas era um sorriso diferente – Primeiramente, , eu adoro fazer isso, além disso, e muito melhor do que ficar sem fazer nada, e uma mania, e sabes bem disso?
Ela o desafiou? apenas revirou os olhos, afinal, ela sempre o desafiava.
Aquilo soava como um desafio, mas muitos desafios propostos por , ele recusava, apenas viu os rabiscos na letra em japonês impecável enquanto alguns pontos em inglês chamou a sua atenção.
– Suas manias ainda são estranhas.
– As pessoas não mudam muito, .
– Assim como não pensam muito – ditou ele enquanto abriu a porta da lanchonete, estava meio vazia – Até parece que você mudou muito.
A revirou os olhos – enquanto sentou-se – a garçonete veio em auxilio deles, enquanto ela pediu chocolate com biscoitos para ambos, percebeu que ela limpou discretamente as lágrimas que caíram por seu rosto, mas seu nariz estava levemente vermelho.
– Então, não saber dizer o Jung seus reais sentimentos...
– Parece simples, mas é complicado... – ditou asperamente e apenas batucou na mesa em questão – Hoseok está cercado de pessoas, ou melhor, garotas que querem ele, não importa como, e eu ali, sendo eu. Não sou a mais gentil das garotas, , apenas sou uma egoísta, apenas isso.
– Está errada sabia?
– Não estou nada – enquanto a garçonete voltou com o pedido, começou a tomar seu chocolate enquanto a acompanhou – E a verdade, apenas a mínima verdade, não acha?
– Está sendo amarga, .
apenas parou, os olhos apenas se arregalaram – e fez um bico – enquanto apenas observou ele, infantil! Ele apenas soltou uma risada, e um muxoxo soou da boca dela, ao mesmo tempo revirou os olhos.
– Não aja como criança, .
– Não seja rude, , é cruel às vezes – ela apoiou as mãos sobre o queixo, e olhou a rua – Eu sei que sou infantil, até mesmo insegura, mas ele sempre é o centro das atenções delas, assim como a Aimi-chan chama atenção pelos olhos cativantes, . E bobagem pensa nisso, ?
A pergunta soava incerta enquanto a sorriu, mesmo que estivesse claramente, tensa com isso ao mesmo tempo que observou as feições dela, e suspirou.
– Sinceramente... – ele apenas mediu as palavras, sua voz soou séria – Não sei ao certo, mas aqui não é onde eu quero estar.
– Nem eu! – riu suavemente, os olhos apenas se apertaram – Mas nem tudo podemos ter, não é, ? E tão estranho isso, ainda quero matar o Hoseok que complicado, não acha?
– É muito complicado.
Ela riu enquanto apenas conversaram trivialidades sobre suas respectivas escolas – enquanto observou, os olhos castanhos-esverdeados estavam mais vivos, mas ao mesmo, opacos, ele sabia o motivo. Ele souber das investidas descaradas do capitão do time da Kaijo, enquanto o mesma flertava com ela, ela riu desconcertada ao comentar isso.
– Ele é um fofo.
– Mas não é o Jung, correto?
A apenas ponderou e depois confirmou com um sorriso de lado como se tentasse ver alguma coisa ao qual não conseguia perceber – comeu mais dois biscoitos enquanto apenas pairou as orbes levemente avermelhadas pelo choro sobre si mesma, um suspiro resignado saiu de seus lábios enquanto apenas viu os olhos estreitos para si.
– Não acho que seja muito diferente de mim – ditou num tom quase sorridente, mas então suspirou – Creio que as memórias são o seu pior inimigo.
riu, enquanto apenas concordou com aquilo – os olhos esverdeados se estreitaram para ele, ao mesmo tempo em que suspirou.
– Deve ir para casa.
Ele concordou enquanto jogou trocadas na mesinha da lanchonete, os olhos pairaram sobre ela – os olhos castanhos-esverdeados estavam fixos em algum ponto e franziu o cenho, e levantou-se lentamente – e neste momento ele percebeu a figura de cabelos negros do outro lado da rua, juntamente com o time da Kaijo.
– Isso vai dá problemas para você.
– Nada disso – ela apenas ditou, e os olhos castanhos-esverdeados se fixaram num ponto especifico – Ele não é nada meu, além de meu amigo, ele não pode me controlar, pode?
Ela o desafiou, enquanto o grupo em questão adentrou no lanchonete – logo os colegas de Jung Hoseok estava falando com ela, enquanto apenas viu olhar sério do moreno em si.
– Temos que ir, – ela suspirou, enquanto bocejou – Depois nós falamos, certo, Hoseok?
– deve ir para casa – ele coçou a cabeça, seus olhos fixos nos dela enquanto a pergunta soava estranha nos lábios dele para ela, queria dizer que ciúmes matava, mas se conteve – E sinceramente, por que está aqui com o ?
– e eu nós encontramos por acaso, e eu estava com fome, e ele, bom, me seguiu para me irritar – diz tranquilamente – Eu tenho que ir, meu irmão me esperar.
Os olhos castanhos escuros apenas se fixaram em um ponto especifico no rosto dela, sabia que os olhos castanhos-esverdeados tinha uma certa rebeldia, e que Jung era o único a tentar entender aquela menina – e ao mesmo tempo sorriu, ele estava com raiva, e estava borbulhando de raiva de .
– Até mais, Hoseok.
Ela saiu sem esperar.
– Você vai perdê-la... – comentou num tom sério – E você é um idiota.
Ele andou até a porta e riu.
– Há algum tempo atrás eu teria me aproveitado disso, e tomado ela de você – ele apenas moldou num sorriso arrogante – Mas hoje, acho que você deve ter uma chance com ela.
Os olhos castanhos escuros se arregalaram, enquanto saiu para a rua, e sentiu o frio daquela noite, e riu em seguida, talvez Jung pudesse ser menos lerdo e conquista-la de vez.
apenas observou os olhos do teto.
Sensação sumiu momentaneamente assim como aquele peso em suas costas, mas estava cansado e queria dormir por um longo par de horas sem interrupção nenhuma – e agradecia o tempo que passou com , fora no mínimo bom, diferente de tudo que fez nos últimos dias – ele gostou disso, aquilo poderia voltar a antiga amizade que tinham antes, ele lutaria com isso, e talvez naquele ano ele sentisse realmente feliz com isso.
Ainda havia questões que ele deveria resolver em breve – com ela, principalmente, a Sawamura era seu maior problema até aquele momento, assim como Jung era o problema da .
Jung e ela tinham problemas sérios – estava obvio, mas não era problema dele, ele tinha outros problemas enquanto o telefone tocou ao seu lado, ao mesmo tempo que o nome do visor estava visível.
– Decidiu aparecer, – murmurou num tom seco para dizer que estava chateado com o sumiço dela, depois do aparecimento de Jung naquela lanchonete – E sinceramente, por que não me esperou?
– Estava obvio que ia bater em algo, preferi o saco de pancadas de casa, ok? – pausou e depois continuou – Decidi ter dizer algo que esqueci, – ditou num tom irritado, e os olhos castanhos se fecharam – Sweet Dreams, .
Ele apenas ficou em silêncio ao mesmo que sussurrou.
– Sweet Dreams, .
Ao mesmo tempo em que pensou que era sua garota favorita no momento.
Fim².
¹Citação retirada do tumblr.
²Originalmente escrito com Kuroko No Basket.
Notas da Autora: oi, gente. essa história veio quando assistir os episódios finais, e fiquei: o que ele estava pensando quando perdeu?
Originalmente era com os garotos do anime mas decidi adaptar para o BTS.
Tenha bons sonhos!
With love,
Lysse.