Sinopse: Onde a fotógrafa Sophie é convidada por sua amiga a fazer parte da equipe de produção do documentário Behind The Album, e assina um contrato de dois anos para trabalhar com Harry Styles. Sophie Será capaz de se manter distante mesmo com todos os ventos conspirando a favor de um possível envolvimento com o cantor? Nem tudo será capaz de ficar apenas por trás do álbum.
Gênero: Romance, drama.
Classificação: +18 anos.
Restrição: Harry Styles é um personagem fixo, e essa história contém fatos reais e fictícios sobre a vida do cantor.
Beta: Bridget Jones
Prólogo.
Harry se deitou em sua cama no quarto de hotel após escrever a segunda música naquela noite. O show fora incrível, como sempre, mesmo que ele soubesse que sua distração não havia passado batida perante os fãs. As vezes ele não era tão bom ator quanto deveria ser. Ele estava jogado na cama e uma garrafa de whisky se encontrava na mesinha de cabeceira, juntamente com um copo, agora vazio, que outrora se encontrava em suas mãos. As letras de músicas e rabiscos estavam espalhados por todo canto mas a cama continuava fria e vazia, em um lembrete claro de que ela não estava ali.
Estava cansado.
Não dos fãs, não da carreira ou da correria das turnês.
Estava cansado de se sentir triste. Estava cansado de escrever tantas músicas sobre ela e sobre o que aconteceu, expressando seus sentimentos sobre aquele assunto. Ele queria poder voltar cinco meses atrás e retirar tudo o que disse. Ou melhor, o que não disse. Queria ter o poder de apagar tudo o que havia acontecido.
Os dedos trêmulos de Harry discaram o número o qual ele havia decorado. Ele sabia que ela não o atenderia caso visse o nome dele brilhar na tela, então o único jeito foi colocar o número para privado, mesmo sabendo também que sua identidade não ficaria escondida quando a garota atendesse, o que não demorou mais do que o terceiro toque.
— Coucou!* — saudou com a voz rouca e o coração do rapaz parecia saltar do peito.
Naquele momento ele não queria ser famoso, ele não queria ter milhares de fãs, ele não queria nem mesmo todo aquele dinheiro que tinha em sua conta bancaria. Ele só queria ela ali. Ao seu lado. Rindo de uma forma escandalosa, chorando por causa de uma comédia romântica, fazendo amor ou trocando pequenos carinhos e, até mesmo, implicando com ele.
— Você sempre me perguntou porquê eu nunca escrevi uma música sobre você. — ele começou com a voz tremula. — É impossível compor sobre como os seus olhos sorriem quando você fala sobre algo que você gosta. É impossível descrever a sua risada alta ou como o seu cabelo fica uma completa e linda bagunça quando você acorda; É impossível falar sobre como o seu cheiro faz com que eu me senta em casa, ou como sua mão encaixa na minha.
— Harry. — a francesa reconheceu, sentindo sua garganta fechar e lágrimas subirem aos seus olhos. — Por favor, não faz isso…
— A verdade, ie), é que eu não posso e não consigo te escrever apenas uma música. — ele continuou, ignorando o pedido da garota. Sabia que precisava falar tudo que estava pensando, e teria que ser rápido antes que começasse a chorar de novo. — Eu acabei de escrever mais uma sobre você e achei que talvez você quisesse ouvir... Você pode desligar a hora que quiser, está tudo bem também.
Todos os dois estavam machucados. ie), ao contrário de Harry, não conseguiu segurar e estava chorando em alto e bom som, e aquele era o pior som que o rapaz poderia escutar. Ouvir a voz dele depois de vários meses era como queimar, e ele sentia o mesmo. Ele detestava ter machucado ela.
Don't you call him "baby"
(não o chame de amor)
We're not talking lately
(nós não estamos nos falando ultimamente)
Don't you call him what you used to call me
(não o chame pelo que você costumava me chamar)
I, I confess I can tell that you are at your best
(eu, eu confesso que você está no seu melhor)
I'm selfish so I'm hating it
(eu sou egoísta, então eu estou odiando isso)
I noticed that there's a piece of you in how I dress
(eu percebi que tem um pedaço de você em como eu me visto)
Take it as a compliment
(leve isso como um elogio)
Don't you call him "baby"
(não o chame de amor)
We're not talking lately
(nós não estamos nos falando ultimamente)
Don't you call him what you used to call me
(não o chame como você costumava me chamar)
I, I just miss
(eu, eu só estou com saudades)
I just miss your accent and your friends
(eu sinto falta de você e dos seus amigos)
Did you know I still talk to them?
(você sabia que eu ainda falo com eles?)
Does he take you walking 'round his parents' gallery?
(ele te leva para passear na galeria dos pais dele?)
— Me desculpe se ficou ruim... ainda falta alguns ajustes e definir a melodia, mas... — ele se apressou a falar, se deitando na cama e parando a si mesmo quando sentiu seus olhos transbordarem e as lagrimas caírem deliberadamente, assim como as da garota do outro lado da linha. — Não se esqueça de mim, ...
ie) sabia o quão nervoso ele ficava ao mostrar suas músicas não ouvidas. Ela sabia também que era uma das únicas pessoas a ouvir antes do lançamento, sendo ela a única a ouvir antes dos ajustes. Mas todas essas observações não fizeram com que ela se sentisse melhor. Muito pelo contrario;
— Eu sinto muito, Harry. — ela se desculpou com a voz fanha, e ambos sabiam que ela falava a respeito do que tinha acontecido com a relação dos dois.
— Eu amo você... — ele sussurrou e ela sentiu vontade de gritar.
Ela queria ouvir aquilo há sete meses atrás, quando ele estava dirigindo por Londres para deixa-la em casa. Queria gritar que estava fingindo estar na melhor fase dela, que estava fingindo seguir em frente. Quis dizer que ela estava se sentindo péssima ao deitar na cama e ter outra pessoa ao lado dela. Outra pessoa que não fosse ele. Dizer que sentia um gosto amargo na boca ao chamar outra pessoa de mon cheri*, mas que ela precisava fazer isso. Ela se sentia como um fantasma ao trocar de roupa porque ele estava presente em tudo que ela fazia. E o mais importante; dizer que ainda o amava e que seria impossível esquece-lo.
Mas ao invés disso, ela desligou a ligação.
Significados das palavras/frases francesas usadas no capítulo:
*“Coucou!” = olá
*“Mon cheri” = querido/amor
01. O pop star em ascensão.
A Range Rover preta para na frente da chácara, e se apressa a sair do carro ao visualizar através do vidro fumê. A amiga estava vestida com um vestido de alcinhas e uma jaqueta por cima, e seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo alto.
— Eu senti tanto sua falta! — se adianta a falar, envolvendo a amiga em um abraço.
— Estava me perguntando por quanto tempo você aguentaria sem mim. — disse e logo se afastaram, deixando livre para mostra-la o dedo do meio.
— Eu estou cansada demais para poder te responder a altura. — resmungou segurando a mala e andando lado a lado com . — Obrigada por ter me indicado para o cargo de fotógrafa, não poderia ter tido oportunidade em um melhor momento.
A chácara era um lugar lindo. O caminho com cascalhos levavam até a área central, que era altamente sofisticada e silenciosa.
— Harry e Jeff ficaram loucos com o seu portfólio. Nós teremos uma confraternização para que a equipe se conheça melhor, então já é melhor começar a se arrumar. — alertou ao entrarem no elevador.
— Esse lugar é enorme.
— Você não viu nada! O estúdio em que o álbum vai ser gravado é o mesmo em que o Drake e a Rihanna gravaram. — contou admirada e saindo do elevador. — O primeiro andar é o térreo, onde fica a piscina, área de lazer, sala de jogos, barzinho e tudo mais. Segundo andar é onde ficam os quartos e o terceiro andar é do Harry.
— Que complexo de narciso desse cara. Ficar em um andar enorme sozinho sendo que tem mais de duzentos quartos aqui em baixo.
— Para de implicar, , ele é um artista em ascensão. — repetiu a frase de Jeff, e a francesa revirou os olhos.
— E daí? Nós, meros mortais, não merecemos o prazer da companhia dele?! — disse crítica. — Eu não gosto dele desde a época da One Direction.
— E então porque veio trabalhar com ele? — perguntou a amiga, virando-se para olha-la.
— Não é como se eu fosse rica o suficiente para negar uma proposta de emprego, e que paga relativamente bem. Eu estava desempregada a meses, você sabe disso. — explicou categórica.
— Ele é uma pessoa muito gentil, se quer saber. A ideia de fazer uma festa apresentando os convidados foi dele.
— Que horas vai ser o happy hour? — perguntou interessada.
— Ás 20h. — informou parando a frente da porta do quarto 234. — Esse é o seu quarto. O meu fica um pouco mais a frente, é o 236.
— Ok, eu me viro para achar o lugar, quero chegar mais tarde para fazer um suspense. — avisou.
— E é o Harry que tem uma crise de narciso? — perguntou retórica e a amiga sorriu, dando de ombros e entrando no quarto. — Não demora muito pra descer senão venho te arrastar pelos cabelos, garota.
— Deixa comigo, vou causar uma boa impressão. — encerrou e fechou a porta após se despedir da amiga.
***
O rapaz puxou os cabelos para trás em forma clara de perturbação e nervosismo. Era típico de Camille deixa-lo assim, levemente irritado.
— Eu não ficar na Jamaica, Harry! Daqui há alguns dias terei uma participação na nova edição da Vogue, não dá para colocar minha carreira de lado para priorizar a sua. — disse a garota loira enquanto tentava tirar os cabelos do rosto, que estavam rebeldes pelo vento da noite.
Os dois estavam caminhando para o lugar em que aconteceria a confraternização da equipe, quando o assunto veio a tona. Aquela conversa já estava perdurando uma semana, e depois do sexo maravilhoso que tiveram, não pôde mais ser adiada.
— E o que você quer que eu faça, Camille? — perguntou tentando parecer paciente. Tendo uma discussão era a ultima coisa que ele queria estar fazendo.
— Que venha embora comigo para Londres. Você pode gravar o álbum aqui e até mesmo em Paris, seria melhor para nós dois. — disse com o sotaque francês carregado, fazendo com que Harry risse irônico.
— Então você não pode ir comigo porque não quer abdicar da sua carreira mas eu tenho que mudar o lugar de gravação do álbum por sua causa? Você está falando sério? — perguntou e viu a mulher se aproximar. — Toda a minha equipe está movendo céus e terras para poder vir para aqui, Camille. Eu, definitivamente, não vou fazer isso com eles.
— H, você paga o salário de todos aqui, eles são seus empregados. Você manda, e eles obedecem, esqueceu? — perguntou arrogante e abraçou o rapaz pelo pescoço, deixando um beijo no maxilar rijo do cantor.
— A resposta é não. — encerrou se desvencilhando dos carinhos da francesa. — Quando eu for para Paris na semana de folga nós podemos ficar juntos, mas eu não vou com você.
— Eu não vou ficar esperando você. — rugiu e Harry apertou a fonte do nariz, respirando fundo.
— Esse é o motivo pelo qual a nossa relação é aberta. — explicou e a garota mostrou o dedo do meio. — Muito maduro, Camille.
— Va te faire foutre*, Harry! — vociferou e saiu do jardim onde estavam, marchando para o bar dentro da chácara onde seria o happy hour.
Os dois haviam chegado na Jamaica há três dias e estavam hospedados na chácara. A equipe estava a todo vapor e deveria ter cinquenta funcionários ali, estando dentre eles o produtor Jeff Azoff, os parceiros de banda, alguns profissionais da Columbia Records, os staffs para a montagem de som e de todo ambiente, operadores de filmagem e som, e por fim o resto da equipe que chegara hoje, com a nova fotógrafa e o produtor musical.
E por mais que o tempo passado com Camille trouxesse benefícios para ambos, tanto na carreira quanto na cama, ele não mudaria o rumo de tudo por conta de um capricho da garota. Ele gostava a companhia dela, não podia negar. Mas os comportamentos que ela tinha perante as outras pessoas eram completamente desgostosos para Harry. Ele havia tentado conversar com ela a respeito disso, mas quando estava perto de pessoas sem tanto dinheiro, a educação dela se tornava muito escassa. O fazia querer ficar longe.
Harry levou uma das mãos até a ponte do nariz, apertando e fechando os olhos com força. Ele ainda podia jurar que estava ouvindo o sotaque francês chamar por seu nome, passava tanto tempo com a garota que o sotaque estava impregnado nos ouvidos e na mente do cantor….
O som de saltos batendo contra o assoalho foram o suficiente para Harry.
— Camille, eu já disse que não vou… — começou e passou uma das mãos pelo cabelo, deixando o braço erguido ao se virar.
Péssima ideia.
Tudo aconteceu muito rápido, estava indo para o lobby para pedir informação de onde seria a festa, mas viu o cantor e resolveu se apresentar antes, além da curiosidade que sentira ao ouvir a discussão do casal. Já Harry estava tão fulo com o comportamento de Camille que mal percebeu que quem quer que seja que viera falar com ele, se aproximou mais do que o suficiente, de forma ao abaixar o braço e virar de forma bruta, o ombro do jovem se conectou diretamente com o rosto da garota, que se curvou ao sentir o impacto doloroso no seu nariz.
— Merde!* — grunhiu em francês e Harry continuou em pé com a mão fechada em punho na frente da boca, tentando entender o que aconteceu. — Putain!* Caralho!
— Eu acho que não consigo lidar com outra francesa agora… — o cantor murmurou com o olhar fixo na garota ao ouvir os palavrões, mas aparentemente não falou baixo o suficiente, fazendo com que ela se calasse ao ouvir as palavras e erguesse o rosto, tirando a mão do nariz ensanguentado. Era notório a raiva que transbordava nos olhos da francesa.
— Que caralho você esta falando? Fils de pute!* — a garota vociferou ofendida, sem se importar com o tom alto ou com a mistura que fazia do inglês com o francês, atraindo a atenção de um dos seguranças que passavam por ali.
Naquele momento ela não estava preocupada com o emprego ou em estar gritando e xingando o homem que era seu mais novo patrão. E também não pareceu se preocupar com o segurança que se aproximava, já que sua próxima ação foi erguer a mão em punho e acerta-la no rosto de Harry.
O segurança não hesitou em agarra-la pela cintura, tirando-a de perto do cantor, que segurava o nariz que agora também sangrava.
— Quel votre problème? Enculé!* Você nem sequer pediu desculpas! — continuou brava, misturando os dois idiomas enquanto tentava se desvencilhar do segurança que pedia para que ela se acalmasse.
— Eu iria pedir antes de você me socar! — Harry respondeu ofendido.
— Va te faire foutre!* — repetiu a frase antes usada pela outra francesa, desistindo de lutar com o segurança que a segurava.
Para Harry todos aqueles xingamentos eram reconhecíveis, já que Camille fazia questão de dizer as mesmas coisas quando os dois brigavam. Filho da puta, idiota e a ultima e mais usada era vai se foder… mesmas palavras mas ditas por francesas diferentes.
Alguns minutos se passaram e os dois estavam sentados lado a lado no meio fio a espera da enfermeira. Ambos com um lenço estancando o sangue incessável que escorria deliberadamente pelos narizes machucados, separados apenas pelo segurança, que insistia em ficar no meio para evitar que mais socos fossem distribuídos. Harry queria perguntar se todas as francesas tinham um gênio forte, mas se conteve, sabendo que aquilo iria deixar a garota mais nervosa ainda.
— Você quer que eu acione a polícia, senhor? — o segurança perguntou ao ver a mulher de branco se aproximar com uma caixa de primeiros socorros e a garota levantou revoltada.
— A polícia é para ele, não é? — perguntou e Harry riu, fechando o sorriso logo depois ao sentir o nariz dolorido.
— Não, obrigada, mas já está tudo sobre controle. — disse calmo, se levantando e o segurança fez o mesmo.
— Tem certeza, senhor? Você pode denuncia-la por agressão. — insistiu e a garota olhou chocada.
— Tenho sim, obrigada. — Harry encerrou com um sorriso de canto pela revolta da garota.
Ao ver o segurança sair, ela bufou, e voltou a se sentar quando a enfermeira mais velha pediu para que ela o fizesse.
— Qual seu nome, querida? — a mulher que aparentava ter sessenta e poucos anos perguntou.
— É, qual seu nome? — Harry perguntou também, parecendo interessado.
— Cala a boca. — a francesa desconhecida disse, franzindo o cenho para ele. — Meu nome é , senhora.
— Podem me chamar de Charlotte. — se apresentou terna. — O que aconteceu com seu nariz?
— Ele me bateu. — disse acusadora e viu o olhar indignado da velha enfermeira. — Mas foi sem querer.
— E você, querido? — perguntou se dirigindo para o cantor.
— Meu nome é Harry, e ela me bateu porquê quis. — se apresentou.
— Ele foi um escroto! — revelou e a senhora riu, assentindo e terminando o curativo.
— Será que eu posso ficar com um curativo menor? Eu tenho fotos amanhã. — disse e olhou para ; o rosto dela era familiar demais para Harry, e ele tinha certeza já ter observado aquele nome em um dos inúmeros currículos e portfólios avaliados. — Espera, você é a minha fotografa?
— Provavelmente amanhã eu seja demitida quando Jeff souber que eu soquei o cantor pop em ascensão. — disse chateada. Era o primeiro emprego que ela conseguia depois da trágica saída da produção da Gucci e provavelmente seria o ultimo. Afinal, quem contrata uma fotografa que distribui socos por ai no primeiro dia de trabalho?
— Não se preocupe com o curativo, amanhã vocês já podem tirar. É só para estancar o sangue. — explicou Charlotte e ambos assentiram.
— É só nós não contarmos o que aconteceu de verdade. — Harry propôs ao ver a enfermeira se despedir depois de terminar o curativo dele. — Para todos os efeitos meu nariz começou a sangrar enquanto eu iria para a festa e acabei parando na enfermaria, por isso o curativo. E você acabou adormecendo antes de ir para a festa, por isso não apareceu por lá.
— Por que você faria isso? — questionou e direcionou um olhar desconfiado para Harry.
— Eu não sou uma pessoa ruim, . Não deixarei você ser demitida por um erro de nós dois. — explicou e se levantou, estendendo a mão para a garota, que aceitou e foi puxada para ficar em pé.
— Obrigada. E o meu nome é . — avisou e largou a mão dele, marchando para o quarto e deixando Styles para trás.
Significados das palavras/frases francesas usadas no capítulo:
*“Va te faire foutre” = vai se foder
*“Merde!” = merda
*“Putain!” = porra
*“Quel votre problème?” = qual o seu problema?
*“Enculé!” = cabrão
Nota da autora: Oi, gente! Minha primeira fanfic aqui no FOFIC e eu espero muito que vocês gostem. Comentem o que vocês acharam do primeiro capítulo e na próxima atualização eu trago mais para vocês. Ouvi dizer até que a próxima é atualização dupla… hehe.
All the love, Lary.
Xx.
“Obrigada pela noite, foi uma das mais normais que tive. Claro, sem contar com o vômito nos meus pés. Te vejo amanhã, .
H. Xx.”
Após depositar o pequeno bilhete junto ao caderninho, no mesmo lugar que havia o encontrado, Harry logo tratou de sair do quarto, mas não sem antes dar uma última espiada no rosto adormecido da menina, deixando o cômodo com um sorriso incrédulo nos lábios. Que noite! Ele queria uma experiência normal e tivera o que a garota podia oferecer: uma dança sem música no meio da praia e uma vomitada nos pés.
Estava de bom tamanho para ele.
O dia passou mais rápido que o esperado. Após a reunião, Clare e Sarah decidiram que não iriam ficar naquele lugar enorme sem nada para fazer, o que fez todos se animarem para sair, exceto por Harry, que mesmo emburrado por ser o único a ficar, estava tentando manter a descrição da sua localização.
A noite não tardou a chegar e todos estavam arrumados, sentados no sofá da sala localizada no térreo enquanto olhavam, através da parede de vidro, a forte chuva cair. As expressões eram um misto de exasperação, indignação e tristeza. parecia prestes a chorar, mas tinha um leve sorriso nos lábios vermelhos, e Clare pareciam que tinham levado uma bolacha, já Mitch e Sarah estavam abraçados no canto do sofá enquanto conversavam distraidamente sobre algo. E Harry… Bom, verdade seja dita, ele estava radiante. Não ficaria mais sozinho e tentava a todo custo esconder o sorriso gigante que queria brotar em seu rosto.
Era possível enxergar a piscina transbordar, tamanha a quantidade da chuva, de forma que a saída teria que ser adiada. A primeira a se contentar com isso foi , que retirou os saltos, se deitando no sofá. Um murmúrio de desaprovação foi ouvido, mas todos sabiam que não teria mais jeito, de forma que, após alguns minutos, começaram a se colocar à vontade, tirando sapatos, brincos e até mesmo jaquetas.
estava realmente considerando dormir ali mesmo, se sentia cansada, olhos pesados…
Mas o movimento abrupto de ficando em pé a fez despertar.
— Ok, chega. — falou após subir em cima do sofá, batendo palmas para chamar a atenção. — Nós não iremos sair, mas tem uma adega enorme na casa dos fundos, então pelo menos vinho e licor nós podemos beber.
— Claro, agora me diga… Quem, em sã consciência, vai levantar daqui e ir naquela adega? Não sei se você esqueceu, mas tem uma parte descoberta e está chovendo. — Clare protestou.
— É por isso que existe zerinho ou um. As duas pessoas que perderem vão até lá e pegam. — concluiu simples.
— Quero só ver o que você vai fazer quando perder. — sorriu, voltando a fechar os olhos.
— Eu não jogo, sou a juíza. — Ditou e logo o falatório começou.
sempre foi uma ladra em qualquer tipo de jogos, sempre dava um jeito de se safar e, às vezes chegava a ser engraçado a cara de pau e tranquilidade com qual ela falava. só ria enquanto segurava a barriga, ainda deitada no sofá. A discussão se resumia a Mitch, Clare, Sarah e , já que Harry também ria descontroladamente e Adam estava conversando com os filhos pelo FaceTime no quarto e nem se dera o trabalho de descer.
A discussão ainda durou alguns minutos antes que pudesse se recuperar e levantar, pedindo para todos ficarem quietos.
— Eu me ofereço como tributo! Agora parem com essa discussão ridícula. — Pediu, tentando esconder o sorriso. — , você sempre foi uma ladrona de merda.
A cara indignada da produtora e amiga a fez sorrir e sair correndo, ao ver a garota jogar uma almofada com toda a força.
O arrependimento atingiu a francesa assim que a porta de vidro se fechou. O vento e a chuva fria colidiam contra o corpo esguio da garota, que corria descalça pela grama verde. riu ao pensar na ironia de como aquela cena parecia um filme.
A mocinha correndo na chuva em busca do seu amor, que naquela situação se tratava de garrafas de vinho e licor.
Riu ao finalmente alcançar a adega, entrando no local, que era escuro no inicio e, após algumas tentativas falhas, a sua visão se adequou a luz fraca que vinha do lado de fora. Não teria como escolher vinhos com aquela luz mínima, de forma que ela pegou três garrafas aleatórias, abraçando-as e voltando a tatear as paredes em busca da porta, a qual ela tinha certeza que havia deixado aberta.
Seus dedos finos passaram a dedilhar uma superfície mais delicada e macia, porém também rígida… Havia cortinas ali? Bem, não importava, o destino era a porta de saída.
Um pigarreado foi ouvido, assustando a garota, que gritou e derrubou uma das garrafas que estava em seus braços, sentindo seu pé descalço ficar úmido após a pancada.
— Merde!* — praguejou baixinho. Esperava que aquele vinho não fosse tão caro. — Quem está ai?
— Machucou? — A voz soou, já com um tom aflito. Ela sentiu a sombra se afastar e logo as luzes se acenderam.
Os olhos azuis da francesa ainda demoraram alguns segundos para se adequar a qualidade, mas após isso seus olhos se focaram em Harry, fazendo-a revirar os olhos ao vê-lo caminhar para perto dela novamente.
— Você me assustou… quebrei uma garrafa. Você paga, a culpa foi sua. — Acusou, tentando sair da redoma de vidro e vinho tinto. Não dava para enxergar se havia se cortado, mas sentia uma dor alucinante no peito do pé.
— Ninguém vai precisar pagar nada. — disse calmo, segurando no braço livre dela enquanto se abaixava. Diferente da menina, ele estava calçado, de forma que não correria o risco de cortar o pé.
— O que você está fazendo? — perguntou desconfiada ao vê-lo abaixado. Seus cabelos batiam na altura do umbigo dela, em um lembrete de quão alto o cantor era.
Os braços fortes passaram por trás dos joelhos da francesa, tirando-a do chão e fazendo-a guinchar ao ser erguida do chão. Harry não falou nada, apenas colocou-a sentada em uma mesa perto, tirando sua blusa de frio e vestindo na garota, que não protestou. A mão firme do cantor segurou o pé da mulher, que olhava atentamente para os movimentos fluidos dele.
— Você é médico? — Implicou, balançando o pé.
— , fique quieta. — A menção ao nome da garota, pela primeira vez pronunciado da forma certa, fez com que ela se calasse. Cinco minutos olhando o pé da mulher foi o suficiente para que Harry constatasse que não havia cortado apesar da pancada tê-lo feito inchar um pouco. — Sabe, quando você quiser passar a mão descaradamente pelo meu corpo, só precisa pedir. — A voz rouca soou junto com uma risada baixa.
— Va te faire foutre*, Harry. — resmungou, se soltando e descendo da mesa. A dor ao colocar o pé no chão a fez recuar um pouco, mas ela logo se equilibrou em um pé só. — Olhe, você pode levar as garrafas? Não tenho muito equilíbrio em uma perna só, e ele piora se eu ainda tiver que carregar essas coisas. Ande, segure. — Ela mandou, mas Harry sorriu, saindo do campo de visão da mulher, que ficou com um olhar indignado.
Não demorou para que ele voltasse com mais duas garrafas de vinho, totalizando quatro, e um pano úmido na mão. Deixou as garrafas na mesa e voltou a colocar a menina sentada, puxando seu pé novamente para o colo.
— Primeiro eu vou limpar o seu pé e ver se realmente não tem nenhum corte. Avise se arder ou doer no lugar em que eu tocar. — Pediu, começando a passar o pano pelas panturrilhas da francesa, que estavam tomadas pelo vinho. — Então, me conte sobre a menina com quem você estava falando no celular. É sua amiga?
bem que tentou ouvir o que ele havia dito, mas tudo se tornou inaudível quando sentiu a mão firme tocar em sua perna. Sua pele logo se arrepiou e, por estar sem sutiã, apertou mais a blusa contra seu corpo, ocultando o mamilo eriçado. Estava sensível devido há tanto tempo sem contato direto com um homem e o seu ciclo menstrual a deixava com a imaginação mais fértil que o normal…
— ? — Chamou e a menina grunhiu com o nome dito errado, mas sustentou o olhar, como se esperasse que ele repetisse a pergunta. — A garota com quem você estava falando, é sua amiga?
— Ah, não. É minha irmã. — Contou e Harry a olhou, dando indícios que ela deveria continuar. respirou fundo e se preparou para falar. —Posso confiar em você, Harry?
— Sempre. — Afirmou, sem se exaltar com a pergunta, abrindo um sorriso caloroso. — Duvido que você se lembre, mas confiei em você na praia, mais do que já confiei em outras pessoas.
— Sim, eu lembro. — disse cerrando os olhos e mostrando a língua enquanto as mãos do cantor passavam para a outra perna. — Bom, minha família nunca foi rica, então o único luxo que eu e minha irmã teríamos era o de ir para boas faculdades, graças à poupança que nós tínhamos para o futuro. Quando meu pai morreu, minha mãe havia completado nove meses de gravidez. Eu tinha sete anos e logo a Amélie nasceu.
— Sinto muito pelo seu pai. — Lamentou e deu de ombros, oferecendo um sorriso.
— Eu também. — disse calma, vendo o moreno se afastar e se escorar na parede, encarando-a. — Bom, a One Direction surgiu e Amie era completamente alucinada pela banda, nós dividíamos o quarto e eu nunca fui capaz de dizer não para aqueles olhos azuis brilhantes, então pôsteres, CD’s e bonecos tomaram conta do cômodo. Eu era mais velha, tinha dezessete anos e estava na época de querer levar garotos para o meu quarto, mas não chegava a me incomodar porque eu via o quão bem ela ficava com todas aquelas coisas e notícias sobre vocês.
— Foi aí que surgiu o seu ódio pela banda? — perguntou, sorrindo de lado e fazendo gargalhar.
— Não, eu não odeio vocês. É só implicância para te deixar curioso. — disse ainda rindo, fazendo Harry levantar as sobrancelhas, mas se manter calado. — Alguns anos se passaram e, quando completei dezoito, na noite do meu aniversario, nós precisamos levar Amie para o hospital. Ela não sentia fome, estava emagrecendo, se cansava subindo cinco degraus, sentia tontura na maior parte do tempo, sangrava pelo nariz, se machucava facilmente…
suspirou, analisando o olhar verde esmeralda, mas ao contrario de todas as pessoas para quem ela contava aquela história, não havia pena em seu olhar.
— Leucemia. Não pensamos duas vezes em começar os tratamentos, a médica havia dito que quanto mais cedo, melhor resultado teria. Tudo estava correndo bem e nós estávamos radiantes com os pequenos avanços, mas ela não. Descobrimos que haveria um show da One Direction em Paris e conseguimos levá-la. Cadeira nível três, longe da confusão e mais barato, mas também mais longe do palco. Ela não se importou. Chorou durante todo o show e ainda mais quando chegou em casa, e se emocionava sempre que lembrava. Disse que aquilo havia dado forças para que ela continuasse. Depois disso veio a radioterapia e até hoje ela faz o tratamento, não vencemos ainda. — Concluiu, sorrindo murcho, desviando o olhar para Harry. — Então, não, eu não odeio a One Direction. Nem um pouquinho.
— Queria conhecê-la. — falou quando se calou.
— Você vai. Prometi levá-la em algum dos seus shows para que ela não contasse que estou trabalhando com você. — contou e Harry riu, se aproximando. — Bom, precisamos voltar agora antes que apareça aqui.
— Segure. — pediu, colocando as outras duas garrafas no braço da menina, que reclamou. — Não solte e não se assuste de novo.
ia protestar pelo peso dos vinhos, mas se calou ao ser pegada no colo. Harry tinha um de seus braços por baixo das pernas da garota e o outro segurava firmemente o seu tronco. Estava sendo carregada no estilo noiva.
— Tudo bem? — O cantor perguntou, encarando o rosto da francesa, que se encontrava perigosamente perto do seu. se limitou apenas a assentir, se deixando levar para fora da adega.
A chuva havia dado uma trégua, de forma que apenas serenava. Pela primeira vez, ela parou para analisar a situação e tudo só parecia piorar à medida em que inspirava o perfume de Harry. Ele definitivamente cheirava como alguém rico, não havia outra descrição. Poderia jurar que era um dos perfumes do Tom Ford, mas não sabia identificar qual, apenas sentia vontade de esconder o rosto na curva do pescoço do rapaz só para poder aspirar o cheiro mais de perto, mas para evitar o ato falho, recuou mais o seu pescoço, fugindo da tentação.
Não demoraram a alcançar a sala, atraindo olhares do grupo. Harry delicadamente pousou no sofá, pegando as garrafas que estavam em seus braços.
— Tenho medo de perguntar o porquê ela precisou vir no colo. — soltou, bebericando o seu copo de whisky quase vazio.
— Você conseguiu ficar bêbada durante o tempo em que eu fiquei fora? — perguntou, ignorando o comentário da amiga e vendo Harry sentar no sofá em frente a ela.
— Você conseguiu foder durante o tempo que ficou fora? — perguntou em um sussurro.
— Cale a boca. O seu amigo quase me deixa sem o pé e teve remorso. — disse alto, fazendo com que Harry risse. — Onde você achou esse whisky? Poderia ter me poupado o trabalho.
— Vocês demoraram, achei que ficariam por lá, então assaltei o escritório de Jeff. — explicou. — Inclusive, nós estávamos falando sobre você e seus talentos…
— Do que você está falando? — perguntou, rindo levemente ao ver tentando pegar o gelo com a língua. — Você está bêbada, chega de bebidas por hoje.
— Estou falando da sua dança. — Esclareceu se desviando das mãos da francesa, que agora parecia congelada no lugar, com os olhos esbugalhados.
— , que caralhos você contou? — rosnou e todos da sala pareciam segurar a risada, exceto por Harry, que parecia confuso.
— É aquela dança sensual que você faz… Como é o nome? — tentou, se esquecendo da palavra.
— Strip tease? — Sarah perguntou, mas negou.
— Pole dance? — Clare tentou e recebeu outra negativa em resposta.
— Lap dance*? — Harry se pronunciou, agora entendendo o assunto abordado e fazendo com que olhasse desconcertada para ele, que sorria.
— ISSO! É isso. — confirmou rindo, ainda lambendo a pedra de gelo.
parecia que iria ter uma síncope a qualquer momento, seu rosto estava tomado por um tom vermelho forte, tornando explícito o desconforto em ter aquilo aberto de tal maneira. Iria matar no dia seguinte, já que naquele momento ela não parecia se importar com isso.
Havia tido algumas aulas de Lap Dance* em uma tentativa de apimentar o namoro com Dylan, mas não chegou a utilizar, visto que terminaram antes que pudesse colocá-las em prática.
— Eu vou esquartejar o seu corpo e desovar no banheiro de uma boate qualquer. — Ameaçou baixo, vendo todos rirem.
— Isso me lembra de uma vez em que você e seu ex, que o diabo o tenha, estavam de sacanagem no banheiro do botequim e o dono nos expulsou. — lembrou, fazendo com que a gargalhada aumentasse.
— Sacanagem? — Mitch perguntou vermelho por conta do riso.
— É, daquelas bem feias. — acusou, segurando o riso ao ver se levantar do sofá.
— Inútil… — chamou, cutucando Harry de leve, que cessou o riso e a olhou.
— Seu servo. — Saudou e sorriu irônica.
— Você quebrou o meu pé, agora me leva até o quarto.
— Hmmm, sacanagem com Harry… — alfinetou, recebendo o dedo do meio em resposta.
— Nem pense que você vai ficar aí, — disse ao se apoiar nos ombros de Harry. Deus, aquele perfume… — Você vem com a gente.
— , desculpe. — pediu, séria, e esperou. — Não curto muito à três, já tentei e foi um desastre. Sou possessiva demais.
— , ande logo! — Grasnou enquanto Harry ria. A risada dele quase a fez sorrir, quase.
No fim, após toda aquela confusão, Harry teve que levar uma bêbada e outra com pé machucado para seus respectivos quartos. Mitch não fez nem menção de levantar e ficou na sala com Sarah, Clare resolveu subir também, mas não se disponibilizou a levar nada além dos sapatos e bolsas. Após deixar e Clare, a última encomenda era o quarto de .
— Está entregue, . — disse, deixando-a na porta.
— Obrigada por me ouvir. — agradeceu sem graça, esticando a mão para bagunçar o cabelo dele, que riu.
— Sabe, eu não sou um cachorro. — Harry avisou, se referindo à forma com que ela fez o carinho. — Está me agradecendo por qual parte? Quase cortar o seu pé?
— Claro, pelo que mais seria? — Brincou mostrando a língua, mas voltou a ficar séria, pigarreando. — Obrigada, Harry.
— Sempre que precisar. — assentiu, depositando um beijo na testa da francesa. — Você sabe onde me encontrar.
sorriu, entrando no quarto e fechando a porta ao vê-lo sair.
Bom, no fim das contas ele não era tão filho da puta quanto ela imaginava. Que mal tinha em ser amiga de um pop star? Querendo ou não, ambos já haviam criado laços de confiança, então não havia motivos para a hesitação. A certeza estava ali, só estava demorando em aceitar.
Após um banho rápido, tudo parecia mais claro.
No dia seguinte ela falaria com Harry Styles.
Nota da autora: Oi, bebês, tudo bem? Então, vim avisar que a próxima att vai demorar um pouquinho porque tô atolada com meu TCC e tenho apresentação dia 23, então, até lá, ficarei um pouco sumidinha, mas prometo que volto o mais rápido possível.
Não esqueçam de comentar, quero saber o que vocês estão achando dessa história maluca do Harry e da Soph.
All the Love, L.
Xx.