Sinopse: Depois de anos sem se ver, Liam encontra a melhor amiga de adolescência por conta de um novo projeto.
Será que ele seria capaz de silenciar os barulhos causados por seus traumas?
Gênero: Drama, romance
Classificação: +16
Restrição: Linguagem sexual, violência e gatilhos emocinais.
Betas: Bridget Jones
—Eu e você… podemos ser, amigos?
A primeira vez que alguém lhe disse foi assustador, havia aprendido da pior maneira possível, que as pessoas não gostavam de quem era diferente, enquanto ela tentava acalmar os ruídos que sua mente, coração e alma faziam.
Recolheu o material de arte jogado pelo chão, enquanto tentou conter as lágrimas, e a mão se estendeu para si.
A garota de cabelos ruivos, encarou o rapaz de olhos amendoados, que sorria.
E foi a primeira vez, que viu , na sua vida.
¹Fanfic derivada de A Beautiful Mess.
Nota da autora: Sem nota.
— Ser diferente é normal.
A primeira vez que ouviu isso de alguém, que não fosse de sua família e Alice foi como um peso enorme saísse de seus ombros. sentia que não era bem-vinda por ser diferente das outras crianças.
Ela se sentiu tocada no fundo de sua alma, que alguém não achava que ela era alguma esquisita, que sua diferença não a tornava menos humana. encarou o papel em branco enquanto o desenho ganhava vida em suas mãos.
As linhas, os traços e as cores davam a dimensão do que desejava, enquanto as ideias surgiam a cada traço que dava no papel.
O cheiro de tinta, da poeira branca sobre os móveis, enquanto o aroma do café se distribuía pela sala de seu estúdio particular.
— Como você pôde fazer isso comigo?
franziu o cenho, enquanto se sentou na cadeira, a folha em branco deixada momentaneamente de lado, enquanto encarou Aileen Crane com uma expressão de raiva.
— Oi, . Como você está?
Movimentou as mãos enquanto falava, Aileen revirou os olhos para, então melhor amiga de faculdade. A ruiva suspirou, e esperou pacientemente que Aileen Crane se acalmasse, apesar de que a morena quase parecia abrir um buraco no chão, porém, encarou a ruiva soltando um suspiro pesado.
— Você vai ser responsável pelo conceito da One Direction?
Ah, aquilo. suspirou, enquanto ajeitou o cabelo ruivo num coque, as mãos cobertas de tinta em pleno sábado de manhã.
— É uma proposta decente. Vai ser um desafio.
— Mas, você está bem para isso?
— Você quer que eu desista para você ter um motivo para não participar do projeto? É o Harry Styles ainda? Achei que você tivesse superado ele…
Sugeriu, porém a ruiva se arrependeu disso, ao passo em que ela parecia prestes pegar um dos seus quadros e jogar na cara da artista, que se encolheu com olhar da mulher mais velha.
— Eu te odeio.
— Eu também te amo – murmurou a ruiva, enquanto riu. – É só você não ligar para ele, Aileen. E como soube?
— A lista de participação chegou no e-mail. Anthony nem me consultou.
— Porque ele sabe que iria rejeitar a proposta se fosse consultada.
— E, você está certa. Aliás, que quadro maravilhoso é esse?
As flores selvagens, os tons fortes, encarou o quadro com uma ruga, enquanto o azul e o vermelho formavam um grande buraco.
Era selvagem, melancólico, e pareciam as duas forças que poderiam destruir a flor do deserto.
— É da terapia. Acha bonito?
Aileen encarou a flor no centro, enquanto a delicadeza na pintura entrava em harmonia com as cores fortes.
— Você o fez…?
— Dr. Stan acha que devo tentar me comunicar através da arte, apesar de que meus quadros nesse estado estão… Selvagens?
— Significa que você precisa de sexo.
sentiu as bochechas queimarem, enquanto bebeu o café, e revirou os olhos com isso.
— E você de um namorado.
— Sem graça, viu?
riu, ao passo em que Aileen abraçou ela beijando sua face.
— Mas, se ele diz que para você se expressar através da arte, ele está certo.
— Obrigada, Aileen.
— Eu já vou, ok? Qualquer coisa me ligue.
—Tudo bem. Tchau.
Deu um aceno, enquanto encarou a porta se fechar ao passo em que encarou os quadros dispostos pelo atelier em questão, um deles estava escondido no fundo.
— O que eu estou fazendo?
Ele deveria ter sido descartado a bastante tempo, porém, não teve coragem necessária para isso.
2008.
encarou a tela em branco.
Não havia nada em sua mente. Estava ansiosa, enquanto seus dedos se fechavam um no outro, o som dos latidos e do canto dos pássaros não lhe davam a devida inspiração.
— O que você está fazendo?
As tentativas de em falar em BLS eram engraçadas, enquanto o encarou com um sorriso no rosto, enquanto baixou os abafadores de ouvido.
— Sem ideias.
— Nenhuma. O que está fazendo aqui?
— Eu vim matar o tempo.
— ?
— Faça um quadro meu.
Ela franziu o cenho. Havia alguns rascunhos de escondidos num caderno, porém, surgiu uma ideia para ela.
— Você pode posar para mim?
queria enterrar sua cabeça, enquanto observou o quadro deixado de lado, porém jamais colocado em exposição.
A imagem de naquela época era adorável.
X
Sly Production era de fato organizada.
O símbolo da serpente, em um formato de S era sedutor.
As fotos de trabalhos anteriores, dos contratos e de qualquer contato que ele precisasse estavam numa pasta organizada com desenhos.
Havia a lista das pessoas responsáveis por cada setor, que estariam envolvidas no processo, tomou café, enquanto o nome chamou atenção.
.
Diretora de Arte, Designer e Maquiagem.
Poderia ser?
2008.
A primeira vez que a viu, ela pintava no meio do parque.
observava a garota sentada encarando os pássaros com um abafador de ouvidos, enquanto suas mãos pareciam dançar sobre a folha do papel rabiscada.
Havia dias em que ela estava, e em outros que não aparecia. suspirou, enquanto encarou mais uma vez que a desenhista estava ali.
Todavia, o barulho chamou sua atenção.
A garota tinha lágrimas por sua face, enquanto se encolheu ao perceber a presença de , que se abaixou para ajudar com o material de arte que estavam espalhados pelo chão.
— Ei… Você está bem?
Perguntou preocupado, enquanto a garota com as mãos tentava limpar as lágrimas de sua face.
— Sim.
A voz dela falhou, enquanto encarou a pequena folha sobre a cabeça dela, a garota pareceu sentir-se incomodada sobre olhar curioso dele, que se aproximou dela retirando a folha ressacada com o inseto que estava sobre seu cabelo arruivado.
— Desculpe. Era um bichinho.
A garota encarou o garoto, enquanto o mesmo sorriu para ela que apenas limpou as lágrimas, e tentava pegar o material do chão, ao passo em que colocou na mochila, e estava prestes a ir embora.
— Obrigada.
Ela sussurrou, enquanto ele segurou sua mão, entregando o pincel que estava no chão.
— Meu nome é . E o seu?
— .
Enquanto segurou a mochila dela, a menina o encarou com a sobrancelha ruivas em confusão.
— Eu e você… Podemos ser amigos?
, tinha certeza absoluta, que aquela era
A sua melhor amiga de adolescência.
Enquanto sorriu ao pensar que iria rever a mulher de cabelos ruivos de novo depois de tanto tempo. Desde seu debute? Haviam perdido o contanto depois de alguns meses, apesar de que gostava da companhia da menina de cabelos cor de fogo.
Deixou a pasta de lado, ao passo em que procurou o objeto perdido dentro da caixa de seu quarto.
X
encarou a ruiva.
havia mudado um pouco nos últimos anos, os cabelos ruivos presos em um coque alto, apesar de estarem numa reunião.
Ela estava de fones de ouvido, e lembrava do hábito de abafadores em sua adolescência.
A mulher parecia distraída com seu iPad, se lembrava da primeira vez que a viu, a garota de 15 anos chorando no meio do parque no caminho de sua casa.
Os cabelos ruivos, as sardas repletas de lágrimas e os olhos mais verdes que havia visto em sua vida com um brilho de magoa, porém apesar disso, era uma das garotas mais bonitas que havia visto em sua vida, enquanto a mulher o observou por um tempo com aquele mesmo olhar, se sentia desconfortável com aquele tipo atenção.
— Isso é tudo, pessoal.
A gerente de produção falou, enquanto Harry tentou falar com a fotógrafa da Young que simplesmente ignorou, o então músico se aproximou da ruiva que parecia distraída com seu desenho.
As letras ganhavam vida, enquanto o nome fictício se misturava ao croqui de um estilo de banda, e ele tocou no ombro dela, que a assustou.
— Você está bem?
A ruiva franziu inicialmente o cenho, enquanto tentava se lembrar do pouco de BSL que havia aprendido, mas desistiu.
— Você não prestou atenção em nada, não é?
— Eu já sabia de cor o que eles iam dizer.
Ela respondeu tombando levemente a cabeça para lado, enquanto fechava o iPad, a ruiva tinha um sorriso nervoso nos lábios.
Ao passo em que o músico perguntou:
—Vamos tomar um café? Eu queria botar a conversa em dia.
A mulher o encarou surpresa, e então riu, enquanto o leve pincelar surgiu nas bochechas dela em um vermelho adorável que combinava ela.
— Ok. Vou ver como anda a minha agenda.
estava prestes a perguntar o número dela, porém o homem de cabelos loiros entrou de imediato na sala.
— Nos falamos depois, .
Murmurou para ele, ao passo que sorriu para ele de forma descontraída.
— Certo.
A ruiva na foto beijava sua face, apesar da timidez na época, enquanto guardou a foto de polaroide em sua carteira de novo.
Ele estava muito feliz em vê-la de novo.
Nota da autora: Sem nota.
2008.
sorriu para ela, o mesmo sorriso fácil que chegava aos seus olhos. A garota encarou os pincéis enquanto a comida estava sendo posta a sua frente.
— Coma.
— Eu não quero. Preciso…
então enfiou o bolinho na boca dela enquanto a garota de quase 16 anos revirou os olhos.
— Você é chato, .
— Eu sou?
O garoto revirou os olhos enquanto a mesma bufou, comendo os bolinhos com cuidado e franzindo os lábios daquele jeito adorável que amava.
— .
— Hm?
— Eu irei fazer a audição para o The X Factor.
A garota tossiu e o rapaz lhe sorriu enquanto a mesma tocava em suas mãos.
— Eu estarei te apoiando.
— Claro, como minha fã número um.
Quem imaginaria que ambos seguiriam caminhos tão apostos.
A lembrança lhe trazia euforia, mas aquele sentimento foi deixado de lado em um canto de sua mente enquanto estava tendo aqueles momentos.
Estava eufórica ou com raiva? Ela ainda não sabia como reagir a certas situações e umas delas estava prestes acontecer.
O lembrete e convite estavam ali e a mesma percebeu a data chegando enquanto pensava em declinar novamente, mas… Sua avó aguardava que ela pudesse amar de novo tal evento. então ignorou tal mensagem e voltou-se para a arte.
Mergulhando na imensidão de seus sentimentos, pensamentos e lembranças.
sentia uma euforia.
Uma euforia que chegava aos seus trabalhos artísticos. Havia euforia e alegria, mas também havia raiva.
O quadro em si era de tons pastéis, trazendo a técnica que havia aperfeiçoado ao longo dos anos.
Estava irritada quando jogou a tinta sobre o quadro, criando o caos.
— Você está bem?
A voz soou enquanto encarava a pessoa. Se estava bem? Ela estava eufórica.
era reservada, todos sabiam disso, e então fechou as mãos em punhos. Sua vontade era de jogar o vermelho escarlate sobre a tela em tons de nude. Alice suspirou.
— O que houve?
Ela não respondeu de imediato, todas aquelas sensações vinham pelo seu corpo e já havia desistido de tal controle.
— Chegou uma mensagem.
A mulher murmurou em tons baixos enquanto Alice pegou o celular e levantou os olhos para ela.
— Você pode recusar.
— Todos esperam isso de mim, não é? Afinal, eu sou a l…
— Você não é louca. Jamais foi. Ele é louco.
se virou com os olhos repletos de lágrimas, o convite para a festa de galã estava no seu e-mail. O mesmo local em que o conhecera.
— Você quer ir?
— Vovó espera que eu vá.
Desde o incidente, sabia que sua família pisava em ovos por causa dela. A mulher se virou novamente e o som de passos foi ouvido. Alice apenas recolheu sua bolsa.
— Sua reunião chegou. Qualquer coisa me avise.
— Ally, obrigada.
Alice saiu pela porta lateral e ignorou qualquer pessoa que entrou no seu estúdio. Ela queria silêncio.
Porém, alguém tocou no seu ombro e ela virou o pincel sobre sua roupa que provavelmente custava algumas libras, ao passo em que aquele rosto ficou coberto de tinta roxa.
estava com o rosto cheio de tinta roxa e quis morrer naquele momento.
2019
Acompanhar a carreira solo de era uma das poucas coisas que fazia para ver o sucesso do amigo de longe, apesar de sentir falta do músico em sua vida. Mesmo que eles tivessem perdido o contato há tanto tempo, as músicas dele eram o pouco do conforto que faltava em si. Conforto esse que, assim que ela ouviu os gritos e os chutes na porta, fez a mesma se encolher novamente, pensando que ele estava bêbado de novo. E novamente ele vinha lhe importunar mesmo após o término.
— Abre a porta! Abre, eu estou mandando!
Enquanto o celular era apertado em sua mão, ela digitou o número da linha de discagem rápida.
— Pai, ele voltou.
Sua voz tremia enquanto os chutes continuavam e a mesma se encolheu, ouvindo a voz de seu pai soar em desespero.
— Eu estou indo, se tranque no quarto. Eu vou chegar aí, meu amor.
Encolheu-se enquanto pensava. Quando foi que ela entrou nesse tipo de situação?
— E você está namorando?
A frase soou inocente, mas se remexeu no estômago dela. Logo perderia o apetite, mas a faca com pedaço de carne era oferecido para ela.
— Coma. Se não, sem bolo.
Aquela dinâmica. Ao mesmo tempo, ela pensava que o constrangimento por estar com seu primeiro amor era de fato nostálgico. Mas pensava que o amor lhe machucava enquanto encarava a artista comer. Não era aquilo que havia planejado. A mulher o encarava de volta, aguardando a resposta da pergunta feita.
— Não.
apenas remexeu na comida enquanto o som da chuva atraiu sua atenção. Ela retirou os fios do rosto enquanto as bochechas ganhavam pinceladas de vermelho, então sorriu para ela. Todavia, ele havia percebido algo diferente na garota. Algo sombrio, talvez.
— Então, quando vou poder ter meu encontro com você?
— Hm, isso não é um encontro?
Ela riu enquanto ele abriu um largo sorriso, bebendo do suco que ele havia levado.
— Deveria, mas não estou adequado para seduzir você. Um jantar, talvez? Vamos, , me deixe seduzi-la.
corou e riu, uma risada tímida e descontraída. havia sentido saudade daquela risada.
— Tenho certeza que sua namorada iria adorar se encontrar com a gente.
— E quem disse que eu estou namorando?
A mulher parou com os olhos dele fixos em si e deu uma risada suave, também fixando seus olhos verdes nele.
— E desde quando não está, ?
2008
tinha uma namorada e essa mesma namorada estava gesticulando violentamente para ela. Afinal, o que havia feito para estar naquela situação? E mesmo que fosse alguém como Lindsay estava dizendo, a verdade era que estava incomodada com isso. Ela não gostava da loira de farmácia.
fechou os olhos por alguns segundos, não se dando ao trabalho de responder a menina e muito menos explicar que entendia pouco do palavreado expressado, porém, logo a mão segurava a sua, apertando-a de tal de maneira que incomodou a menina. A ruiva sentiu Lindsay perder a cor ao notar a presença do namorado ali.
— Você vai defender ela?
— O que você pensa que está fazendo?
— Eu sou sua namorada.
— E ela é a minha melhor amiga, então chega. Ok?
Ao mesmo tempo em que foi puxada para longe da menina, ela encarou as costas de com atenção. Quando foi que as borboletas no estômago apareceram? A lembrança era distante demais, e incomodava.
sentiu as mãos sobre as suas, algo que a assustou inicialmente ao ponto de perceber os olhos de avaliando os seus. Quem diria que depois de quase 12 anos ambos estariam ali?
— Você vai me negar o bolo?
Ela mudou de assunto enquanto comia a salada. sorriu, com os olhos castanhos fixos aos dela.
Por que ele sentia que algo estava a incomodando?
X
encarava a chuva e sentiu os dedos entrelaçados nos seus. Aquele tipo de contato era diferente do que vivera antes. a puxava pelo corredor, com todos encarando a dupla e, provavelmente, cochichando sobre o possível affair dos dois. Aquilo estaria nos ouvidos de seu primo e, consequentemente, no de sua família.
Porém, naquele momento, queria entender aquele tipo de relação. Como não havia temor por estar perto de ?
— Você trabalha até tarde.
— Hmm, vou ter um jantar hoje.
— Então você tem um encontro? E não me contou?
O tom brincalhão lhe era familiar e riu.
— Se você acha que encontrar minha avó seja um encontro, então…
Ela deu de ombros e riu, descontraído.
— Dona ngela ainda faz tortas maravilhosas?
— Apesar de estar doida para que eu me case, sim. Ela tem procurando o neto preferido dela.
— Mas a neta não tem ninguém em mente?
riu de forma nervosa e seus olhos verdes se fixaram nos castanhos.
— Talvez eu vire uma dessas pessoas que não se casam.
— Acha mesmo?
Estava ali. percebeu naquele momento enquanto ela se afastou.
— Afinal, o amor não é para mim.
Enquanto apenas se via seu sorriso, sentiu que sua havia sofrido demais, pois seus olhos refletiam mágoa.
X
O dia havia sido agitado. só desejava sua cama e, ao mesmo tempo, a mão calorosa de sobre sua cabeça, assim como a risada dele. O quê? Com aquele pensamento ela teve a plena certeza de que estava balançada por , mas sua realidade lhe trouxe de volta quando percebeu que já estava no restaurante favorito de sua avó.
Você está agindo como uma adolescente, porém, ela pensava que seu dia ainda não estava no fim.
— Não tínhamos escapatória.
Murmurou Anthony em mau humor no carro. Como esperado da matriarca da família, ngela Prince encarava os dois netos. não sorriu e muito menos se sentiu confortável sob o olhar analítico da avó, ao mesmo tempo que seu olhos azuis profundos eram frios como navalha no rosto de Anthony.
— Você fez errado ao ter dispensado a filha do Edward, Anthony.
— Ela não entende minha paixão pela agência – murmurou, descontente.
ngela Prince estava na fase de criar encontros às cegas aos netos. Desde que arrumou um casamento feliz para o irmão mais velho de Anthony, a mesma botou na cabeça que servia como casamenteira aos netos mais jovens. sorriu enquanto remexeu na comida, agradecendo que a atenção toda estava em Anthony naquele momento.
— E você, minha princesa? Quando vamos saber se tem um namorado? Já faz quase um ano desde que…
Cedo demais, pensou com um sorriso no rosto.
— Vovó, esse assunto não.
Anthony soou rude enquanto ela franziu o cenho.
— Eu soube que ele já arrumou uma namorada. Qual seria o problema dela namorar também?
não sorriu, apenas se encolheu lentamente. Sua avó não sabia do que havia ocorrido, o pânico de um relacionamento naquele momento, as idas à terapia e os ataques de ansiedade quando via certas coisas. sorriu.
— Eu prometo lhe trazer um neto em breve.
— Viu? Não é tão ruim, sabe? Eu espero que ele seja lindo para combinar com a minha princesa.
Encarou a rua, pensando que talvez o dia não tivesse sido tão ruim. Porém, apenas desejou naquele momento que a mão de estivesse entrelaçada à sua.
2019
O medo se tornou o combustível, se transformou em arte enquanto ela se encolheu no canto do atelier. Os quadros, antes floridos e cheios de cores brilhantes, deram lugar aos quadros gélidos, de cores sombrias e cheios de um sentimento que queria esquecer.
Por favor, por favor, por favor!
Ela sentiu as mãos sobre as suas enquanto o homem a segurava. Encarou as lágrimas caindo ao mesmo tempo em que seu pai a segurou firme.
— O que houve, meu amor? ?
estava caindo, em desespero, apertando as roupas e sujando o mesmo com a tinta preta e marrom enquanto sussurrava:
— Eu estou com dor.
— Você está bem?
A voz de Anthony a trouxe à realidade. Ela sentiu aquele nervosismo passar enquanto encarou o primo.
— Estou. Por que não fala para a vovó que está namorando a Anna?
— Porque ela vai querer marcar o casamento para esse ano ainda.
— Oh, você vai casar?
— Eu quero, mas e você? Sei que não quer que ninguém se meta na sua vida amorosa, mas não pode proteger a vovó da verdade, .
— Ela o adorava, não quero que se sinta mal. Afinal, você entende?
— Ok, sua decisão! Nós vemos amanhã.
— Ok. Até mais.
desceu do carro dando um aceno ao primo, ao mesmo tempo em que suspirou. Por que desejava a mão de sobre sua como se isso fosse protegê-la? Talvez fosse a nostalgia dos tempos de adolescência.
Nota de autora: oi, oi, oi, pessoa. Como vocês estão? Essa parte ficou bonitinha ou mesmo tempo tensa, na minha opinião, eu espero que possam me dizer o que acham, viu?
With love,
Lysse.