Sinopse: Anos atrás, eles iriam ter um encontro e acabou não acontecendo. Agora, eles se reencontraram e terão a chance de realizar o que ficou para trás. Será que tudo mudou mesmo?
Gênero: Romance.
Classificação: Livre.
Restrição: Nenhuma.
Beta: Rosie Dunne.
EVERYTHING HAS CHANGED
CAPÍTULO ÚNICO
Fugir tinha sido a melhor opção.
Era o que acreditava no dia anterior, assim que pisou os pés pela primeira vez depois de cinco anos sem aparecer em sua cidade natal. O coração acelerado demonstrava o nervosismo por estar de volta em definitivo.
Agora, sentada no sofá dos avós, 18h depois, ela não acreditava que havia dito um sonoro não para um pedido de casamento de seu namorado americano de anos, apenas para sentir os mesmos sentimentos de quinze anos atrás, de quando ainda era uma garotinha que se iludia com histórias sobre o Rei Arthur e o misticismo de Glastonbury.
O maior problema é que desde a hora que fora dormir, até o momento que acordara naquela manhã chuvosa, típica do clima inglês, ela se recordava dos famosos olhos verdes, as sardas pequenas e um sorriso matador, que um certo colega de sala tinha, mas que agora ela não sabia quase nada sobre a vida do mesmo, apenas que ele despertava coisas que há tempos estavam escondidas no seu coração.
No dia anterior
As malas que tentava tirar do banco traseiro a estavam fazendo suar, apesar do clima londrino que estava particularmente frio naquela manhã, podia dizer que o peso e a falta de cavalheirismo do motorista do táxi a estavam fazendo derreter por baixo do grande sobretudo que usava.
Ninguém poderia dizer que não havia feito uma viagem longa e trazia uma bagagem de 15 anos nas costas, enquanto carregava mais três para dentro da estação St. Pancras.
Desde que engatou um namoro há cinco anos, ela não tinha pisado nas terras da rainha e se arrependia por cada segundo, não somente pelo namoro em si, mas por ter gastado tanto tempo tentando ser uma advogada conceituada em Nova York. Que Harvey Specter a perdoasse, mas não tinha mais paciência para passar horas dentro de um escritório, lendo processos e mais processos.
Do que havia adiantado tanto tempo perdido? Tinha jogado tudo para o alto mesmo, o trabalho e o namoro. Tá certo que a história não termina por aí, entretanto ela desejava no seu interior, lá no fundo, que não fosse tão simples assim. Mas simplesmente era.
O trem já estava exatamente onde deveria estar, na hora que estava no bilhete, já que a pontualidade inglesa nunca saía de moda, mas aparentemente ela tinha esquecido os velhos hábitos. Apesar da sua luta anterior com as bagagens, havia saído relativamente atrasada do hotel onde passara apenas um dia e agora estava a cinco minutos de perder o único trem disponível para a sua cidade natal.
Correu como pôde para chegar até o seu vagão e assim que se sentou em sua poltrona, tinha a certeza de que os outros passageiros pensavam que ela tinha corrido uma maratona. Ledo engano, queridos, ela não sabia mais nem o que era praticar exercícios físicos e acreditava que apenas havia se mantido no corpo que estava antes, somente pela loucura de ser uma workaholic*.
Como alguém gostaria de casar-se com alguém que só pensa em trabalho? A resposta é: somente sendo outro viciado em trabalho. Oliver era um desses CEOs que havia herdado o cargo do aposentado pai, não sem muito esforço, afinal o ex-namorado era muito estudioso e passava horas dentro da empresa. Tinha até a convidado para se tornar a advogada principal, proposta que ela recusou, óbvio. E esta era apenas a primeira.
, como era chamada pelos mais íntimos, ainda não acreditava no que a noite do dia 19 de outubro do mês passado havia se tornado. Um conglomerado de surtos e de “o que eu tô fazendo da minha vida?” a atormentavam desde então. Crise dos 30? Poderia ser.
Entretanto, quando Oliver se ajoelhou na frente de todos, no restaurante preferido deles, ela só soube chorar, não de alegria, como ele pensava. Ela apenas disse um sonoro “me desculpe, não posso fazer isso” e saiu. Assim mesmo, foi embora, arrependendo-se logo no instante seguinte, não da negativa ao pedido de casamento, mas pelo companheirismo que haviam construído durantes todos aqueles anos, por isso, no dia seguinte bateu no apartamento de Oliver.
Apenas pediu desculpas pelo que havia feito e pela vergonha que o tinha feito passar, porém, realmente ela não estava preparada para dar esse passo importante.
E foi assim que havia abandonado um grande homem.
Entretanto, os pensamentos ainda rondavam a sua cabeça, ligou para mãe e havia contado tudo e disse que estava sentindo saudade de casa e não era a casa que os pais tinham na Philadelphia, onde morou por 2 anos assim que se mudaram de país, mas sim de onde havia nascido. Da casa dos avós e dos amigos que havia deixado para trás, onde mantinha contato regularmente com alguns.
Com o incentivo da mãe, ela largou o emprego no dia seguinte e apenas esperou o finalizar das tratativas para poder comprar o voo de volta para casa.
E agora ela estava ali, com a testa encostada no vidro do trem, vendo as paisagens bucólicas da Inglaterra passarem diante seus olhos. Sentira saudade de tudo aquilo, definitivamente.
O sono a atingiu com força e ela apenas pode se entregar a um breve cochilo. A distância entre Londres e Glastonbury não era muito longa, apenas algumas paradas no meio do caminho a deixavam um pouco maior. Quando o trem parou na sua cidade, ela ainda se encontrava com o rosto um pouco sonolento, mas não demorou muito para vestir o sobretudo que havia tirado anteriormente e pendurado no cabide solitário perto da janela. Retirou as malas com a mesma dificuldade com que as tinha colocado no vagão, caminhou por alguns minutos, quando ouviu o seu nome ser chamado:
— ! — Exclamou uma voz empoeirada e mesmo sem acreditar que era a ela que estavam se referindo, virou-se apenas para conferir.
Seu avô estava parado no meio da estação Castle Cary, segurando um pequeno buquê de diversas flores que pareciam que haviam sido colhidas do quintal de casa. Ela abriu um sorriso enorme ao ver a imagem do senhor a sua frente, um pouco mais envelhecido desde a última vez que o vira.
Caminhou apressadamente e desengonçadamente, diga-se de passagem, e logo que se aproximou, largou tudo apenas para abraçá-lo.
— Não sabia que o senhor viria. — Os olhos cheios de lágrimas demonstravam a emoção dos dois.
— Jamais deixaria de receber a minha única neta, logo depois desses anos todos — disse com a voz embargada —, tinha medo de não a ver nunca mais, querida — Desabafou, secando rapidamente os caminhos de água que haviam sido feitos em suas bochechas e entregou o buquê.
— Agora estou aqui e podemos deixar esse medo para trás, não é mesmo? —
Beijou o rosto do mais velho e começaram a caminhar para a saída do local.
Até de estar em casa as coisas pareciam mais fáceis, mais reconhecíveis.
No caminho para casa dos avós, observava a paisagem que tanto amava. As ruínas davam um charme mais do que especial e lembrava-se de quando era criança.
Quantas peças havia encenado na escola onde representava o papel de Guinevere. Sonhava em encontrar o seu Rei Arthur ou quem sabe o seu Lancelot e construir um castelo no meio daquelas ruínas, mas a Avalon que todos diziam ser só existia na sua imaginação. Não que Glastonbury não fosse conhecida pelo local onde a lenda se propagou, era. Mas não era mais assim que via a vida.
Entretanto, estar de volta dava sim a sensação de que a vida poderia ser boa. Ainda mais quando adentraram a casa que ela conhecia tanto e encontrara sua avó segurando um bolo com a frase “Welcome Back*” e as duas melhores amigas segurando balões de “I missed you*”.
— Não acredito! — Sorriu e correu para abraçar as amigas, largando rapidamente o buquê em cima da mesa.
— Bem-vinda de volta ao clã, — rolou os olhos com a menção do apelido que, particularmente, ela odiava. Era assim que todos os professores da época de escola a chamavam.
— Tá vendo, Richard, assim que são as coisas, troquei as fraldas dessa menina e ela volta de viagem e não quer nem saber da velha aqui — lamentou a senhora, encostada no ombro do marido, entretanto não escondia o sorriso que estava de orelha a orelha.
— Sem drama, Dona Edith, tem para todos! — Sorriu abertamente e abraçou a avó — Senti muito a sua falta.
— Eu também querida, por isso preparei o seu prato favorito… — Puxou a mulher pelo braço, a conduzindo para a velha cozinha.
Tinha lembranças lindas dali, onde se deliciava comendo Bangers and Mash*, seu prato favorito da vida e que ninguém fazia igual a sua avó e encerrava com um Summer Pudding*. Em meio a risadas da família e amigos próximos. Sentira muita falta disso quando se mudara.
Comeram entre risadas e lembranças.
•
Após tomar um delicioso banho e tirar um cochilo revigorante, encontrava-se arrumada para a noite de “boas-vindas de volta” que as amigas tinham preparado para ela. Basicamente seria encontrá-las em um bar novo que tinha aberto há pouco mais de um ano. Ela havia pesquisado no Instagram.
Não poderia achar mais clichê que o local chamasse Round Table*, mas parecia que o lugar era o novo point* mais badalado de Glastonburry, e se as amigas gostavam tanto de lá, era pra lá que ela iria. Não tinha muita escolha, afinal.
Saiu de casa, depois de despedir-se dos avós, falando que achava que não demoraria muito para voltar, entrou no carro, e estranhou a mão inglesa.
Dirigiu com cuidado, acostumando-se novamente com essa novidade, já que pouquíssimas vezes dirigira um carro com o volante na direita. Afinal, havia tirado a carteira nos Estados Unidos. Atrapalhou-se algumas vezes e quase causou um acidente enquanto lia as mensagens desesperadas das amigas, que perguntavam onde ela estava. Não podia evitar sentir-se irritada por toda a situação.
Bateu a porta do carro com força e bufou, jogando o cabelo para trás, distraída demais, olhando para o celular e tentando mandar uma mensagem para o grupo que tinham em conjunto, perguntando em que área elas estavam, por isso não reparou que vinha alguém em alta velocidade na direção que estava indo.
E foi assim que ela esbarrou nele. Deixando o celular escapulir pela sua mão.
— Ai, me desculpa, eu estava distraída olhando para o celular — abaixou-se apressada e quando levantou o olhar, deparou-se com aqueles olhos verdes que a encaravam curioso.
As sardas ainda se faziam presentes no rosto branco e o sorriso que estampava a fazia tremer um pouco naquele momento. Mas que diabos, pensou.
— Oi — falou, estreitando os olhos, como se tentasse reconhecer quem era aquela mulher parada ali na sua frente.
— Você não mudou nada, sabia, ? — Os olhos dele arregalaram-se, ela meio que sabia que poucas pessoas o chamavam daquela forma e ela era uma delas porque amava como o nome e o sobrenome dele soavam. Era tão bonito, assim como o dono.
— Nossa, ! É você mesmo — piscou atordoado —, faz quanto tempo? Uns 15 anos? Meu Deus, você tá mais bonita do que quando foi embora — observou as bochechas do homem corarem, mas tinha a leve impressão que fora pelo vento gelado que tinha acabado de passar por eles.
— Acho que obrigada. — Ela apenas sorriu de lado e sentiu o celular vibrando em suas mãos — Ainda bem que estava de capinha — mostrou o aparelho para ele, intacto — Tenho que entrar.
— Ah, é verdade. Desculpe — abriu a porta para que ela pudesse passar — Você está com alguém aqui?
— Sim, com a Alexa e Emy, na verdade vou começar a saga de procurá-las agora. É minha primeira vez aqui, voltei hoje — confidenciou ao homem que ainda estava parado na sua frente.
— Pra ficar? — Perguntou mais interessado do que queria demonstrar.
— Pra ficar — sorriu satisfeita com a súbita curiosidade dele.
— Talvez a gente possa se encontrar qualquer dia desses, sei lá, pra lembrarmos dos velhos tempos. — Ela bem sabia dos velhos tempos que ele estava falando, talvez a frase não significasse nada demais, talvez significasse tudo.
Haviam deixado sentimentos para trás.
Sentimentos estes que não chegaram a ser vividos por conta da partida inesperada dela, mas com certeza, não tinha noção de que voltaria anos atrás e sentiria as mesmas coisas do passado. A ansiedade que sentira de repente denunciava tudo isso para si mesma.
— Eu iria adorar. Você sabe onde eu moro — respondeu por fim, sorrindo abertamente para ele, antes de encaminhar-se para a mesa de suas fiéis escudeiras, que havia acabado de encontrar no meio de tanta gente.
As mesas redondas davam um ar histórico para o local, ela pôde até avistar a Excalibur enterrada em um rochedo, onde algumas pessoas divertiam-se tirando fotos. O dono do local realmente havia pensado em tudo, nos mínimos detalhes.
— A magia de Melin para a senhorita. — Um garçom a interrompeu assim que estava prestes a chegar à mesa das amigas — Cortesia da casa. — Ela franziu o cenho, mas aceitou a bebida.
— Obrigada — deu um sorriso educado e encaminhou-se ao seu destino.
— Finalmente! — Alexa disse sorrindo — Já vemos que você recebeu a cortesia da casa. Esse shot é uma delícia!
— Sim — fez uma pausa dramática, antes de virar o líquido garganta abaixo. O sabor cítrico a princípio a fez dar uma careta, mas o doce no final estabeleceu um veredito: era bom — Vocês nem sabem quem acabei de encontrar na porta.
— Quem? — Emy a mais curiosa de todas e que estava sentada a sua direita, inclinou-se na direção da amiga para ouvir melhor.
— . — falou como se fosse a coisa mais legal do mundo, mas os rostos das amigas diziam o contrário.
— Ah, ele é o dono do estabelecimento. — Alexa soltou — Nada mais normal do que encontrarmos ele aqui, esquecemos de comentar esse detalhe com você.
— Hm — mordeu o lábio em sinal de nervosismo — E ele tá assim solteiro? — Até mesmo ela se surpreendeu com a curiosidade no status de relacionamento do antigo amigo de sala.
— Não acredito que viemos falar sobre o pé na bunda que você deu no seu noivo almofadinha e você já tá interessada em outro homem, não faz nem dois meses que você tá solteira, mulher.
— Nossa, respira Emy…, Mas eu tô solteira, então nada me impede.
— Pera, pera, pera — foi atrapalhada por Alexa que abanava as mãos desesperadamente, fazendo com que o garçom quase derrubasse as canecas de chopp que chegavam — Você não lembra, Emy? Nossa amiga, , tinha um lance com o antes de ir embora.
sentiu as bochechas esquentaram. Quão patética era ela?
— Meu Deus, é verdade! Não acredito que esse crush nunca passou. — Comentou Emy, extasiada.
— Bom… Vocês já viram como ele tá? Como ele pôde ficar ainda mais bonito com o passar dos tempos? — Desabafou — Eu super toparia finalizar o que começamos há 15 anos.
— Que ele se tornou um gato, isso é bem verdade, mas dizem por aí que desde que se separou da mulher e voltou de Londres pra cá, ele só tem se dedicado a este restaurante. Sem tempo para mulheres — Alexa relatou o que sabia do antigo colega de escola.
— é um outro workaholic? — Não queria admitir, mas aquilo havia jogado um balde de água fria em seus pensamentos.
— O mesmo motivo pelo qual você largou o outro lá? Como era mesmo o nome dele? Olivier? — Tentou disfarçar, mas Alexa deixou bem claro que ela não gostava do antigo namorado de .
Isso se deve ao fato de que quando ela esteve em Nova York o namorado não deu nenhuma importância para a amiga inglesa, desdenhando da vida que a artista levava com suas pinturas contemporâneas que não davam muito retorno financeiro, mas que davam muita satisfação pessoal. Desde então, o ranço fora instaurado em Alexa, ela simplesmente não suportava Oliver e uma vez chegou a dizer que se a amiga se casasse com ele, a amizade das duas provavelmente não resistiria porque ela não iria mais visitá-la.
— Recusei o pedido de casamento porque não o amava suficiente para isto. — virou o copo de chopp e pediu mais uma rodada ao garçom.
— Hey, vamos com calma aí, garota. — Ela rolou os olhos — E só pra constar, não cheguei a conhecê-lo, mas ele era realmente um babaca, de acordo com Alexa.
— Garotas, não quero falar mais nesse assunto — pegou a caneca e levantou, sinalizando ao garçom para trazer mais um rodada — Passado é passado, Oliver ficou nos Estados Unidos e não tem volta, pois estou aqui com minhas melhores amigas e não vou a lugar nenhum.
— Acho bom mesmo. — Alexa abraçou a amiga de lado — E sim, é um workaholic, mas acho que ele só tá tentando esquecer a vida que não deu certo em Londres.
— Talvez você seja a pílula do esquecimento, a poção mágica de Merlin que vai fazê-lo superar a ex. — Emy complementou.
— Cala a boca! — Riu alto, mas não achou a ideia totalmente absurda.
Nem mesmo entendia como havia passado de alguém que não queria nada com ninguém, a alguém que deseja beijar os lábios que ficou para beijar no passado, em menos de 24h. Aquilo era insano demais.
Presente
Estava ainda distraída, passando de um canal para outro na televisão, quando escutou duas batidas na porta. Os avós haviam saído para fazer compras no mercado da esquina de casa e, por isso, pensou que fossem eles, carregando várias coisas que o impossibilitariam de entrar em casa. Pensando nessa possibilidade, levantou-se esbaforida e correu até a porta, quase tropeçando no pequeno degrau que havia no meio do caminho. Surpreendeu-se então quando encontrou parado do outro lado.
— Parece que não esqueci onde a senhorita morava. — Ele falou e piscou para ela, que no mínimo estava com a cara aturdida.
Nunca imaginou que ele faria mesmo aquilo e se cogitou uma remota possibilidade, em seus desejos mais íntimos, não pensou que fosse logo no dia seguinte ao reencontro dos dois.
Não sabia o que ele queria, mas estava ansiosa para descobrir.
________________________________________________________
*Workaholic – Viciado em trabalho.
*Welcome back – Bem-vinda de volta.
*I missed you – Eu senti sua falta.
*Bangers and Mash – Salsichas com purê de batata, prato típico inglês.
*Summer pudding – Pudim de frutas do verão.
*Round Table – Távola redonda.
*Point – Ponto.
Nota da Autora:
Se você chegou até aqui, muito obrigada. Estou escrevendo na madrugada do dia 29 já depois do prazo extrapolado, por isso, se você gostou eu agradeço muito porque não sei muito o que dizer haha Não sei se saiu do jeito que queria desde o início, mas a vida é assim mesmo, não consegui terminar antes. Enfim, é isto, até a próxima.