Sinopse: Tudo o que a pequena Malfoy sempre sonhou foi no dia em que finalmente estaria em Hogwarts. O legado de sua família sempre foi algo que lhe chamava atenção e não via a hora de estar na casa que seu pai, mãe e tio frequentaram. A sonserina. Porém, descobriria ainda pequena que nem sempre as coisas saem como o planejado e querer – apesar de ser uma Malfoy- ainda não é poder.
Aos poucos Abra Eileen Malfoy vê seu mundo virado de ponta cabeça ao descobrir que vai para Durmstrang. Agora, a pequena bruxa terá que lidar com o dilema entre agradar o desejo de sua falecida mãe, viver longe da sua família e como se não bastasse, teria que aguentar um certo búlgaro irritante e orgulhoso.
Mal sabia ela que ele se tornaria o seu melhor amigo.
Gênero: Romance, Fantasia e Aventura
Classificação: livre
Restrição: Esta história é um Spin Off de Chosen Blood. Apenas a personagem principal é interativa. Krum é o personagem principal
Beta: Sharpay Evans
Parte I
Era um dia de verão. A grama era verde por todo o canto em Wiltshire. Lúcio e Narcisa haviam viajado a Londres por alguma razão que a jovem Malfoy não se recordava, e seu pai estava recluso em Cokeworth como sempre fazia quando as férias em Hogwarts vinham.
Diferentemente de Draco, que aproveitada o ar fresco daquele dia de verão brincando nos jardins da mansão na companhia de um dos filhos dos amigos de puro-sangue de Lúcio, Crabbe, um garoto de cabelos morenos e um tanto quanto grandalhão para a sua idade, se encontrava confinada em seu quarto apenas observando a paisagem enquanto arrumava suas malas para ir até a casa de seu pai. Assim como ele, passava as férias do pai de Hogwarts em sua companhia em Cokeworth, na casa de seus antigos avós.
— Dobby pode ajudar a jovem senhorita com alguma coisa? – O elfo doméstico apareceu subitamente na porta do quarto de . Observava-a ainda de costas e apenas ao se virar para responder-lhe foi que o elfo notou o quanto a jovem Malfoy estava cada vez mais parecida com sua falecida mãe, se não fosse apenas pelos olhos, aos quase onze anos, era miniatura de Katrina, desde os traços do seu rosto até o tom de seu cabelo quase branco.
— Não é necessário, Dobby. Acabei agora mesmo de arrumar tudo. – A voz doce da garota apesar de todo esse tempo, ainda admira o elfo. Desde de pequena, sabia que ela era uma pessoa privilegiada, um por ser uma bruxa e dois por ser uma Malfoy. Foi uma grande surpresa a ele a garota não ser rude como a todos os outros membros da casa. — Mas muito obrigada, não precisa se preocupar, pode continuar com seus outros afazeres.
Acenando com a cabeça foi que Dobby saiu do local.
pegou sobre a cômoda de aspecto rústico um livro grande de capa dura com tons avermelhados e deitou sobre a sua cama, com as pernas erguidas sobre a parede e começou a leitura diária de um dos seus livros favoritos “Hogwarts: Uma história”. Se perguntava quanto tempo mais aguentaria a ansiedade por esperar até seu primeiro dia na escola bruxa, onde toda sua família havia estudado e só de pensar que dali a poucas semanas, ela e seu primo estariam embarcando no expresso que os levava até o local; e não precisava pensar duas vezes para saber que sua casa seria a Sonserina, nem sua matéria favorita, afinal, já dominava a arte do preparo de poções desde de muito nova.
Foi lembrando-se da primeira vez em que acertou o preparo de sua primeira opção, a “Felix Felicis” e lendo mais uma vez a sua parte favorita do livro, ao qual fala do encantamento do teto do Grande Salão, que ela adormeceu à espera de sua carona para sua outra casa.
Parte II
O sol já havia se posto quando Severo Snape e Lúcio Malfoy se despediram da pequena . Estavam sobre um dos píeres mais movimentados de Londres, mas devido ao encanto que havia no lugar, nenhum dos trouxas havia percebido a presença dos dois bruxos e tão pouco do grande barco que havia emergido das águas gélidas do local.
Snape observava atento os passos da filha, cada vez mais distantes. Um certo embrulho percorreu seu estômago ao imaginar mais uma vez quanto tempo ficaria distante da única pessoa que o fizera mudar seus conceitos e o fato de Lúcio permanecer sorridente a partida de sua única sobrinha lhe dava repulsa. Não por achar que o Malfoy desprezava a garota, longe disso, mas sim por saber que a satisfação de ter realizado o desejo de sua irmã o deixava mais soberbo do que nunca.
Ao observar subir de mãos dadas com Igor Karkaroff, o diretor da futura escola, sabia que ele havia perdido aquela batalha, mas tinha certeza que não seria por muito tempo.
tinha a certeza absoluta que iria se afogar assim que o barco, antes atracado, submergiu a água por completo. Seu primeiro impulso foi prender a respiração, mas logo seu novo diretor lhe havia garantido que nada de errado ocorreria, ainda assim, a garota custou a acreditar naquilo e apenas se tranquilizou quando não conseguia mais prender a respirar e ao soltar, não se afogou. Constatou ser mesmo mágico o barco.
Parte III
A aula de alquimia decorria de forma lenta, e apesar de o professor garantir que estava atrasada para o início do ano letivo, ela podia jurar que na verdade estava na turma errada. Ela já sabia de cor e salteado as poções que preenchiam a página do livro a sua frente, já havia visto diversas vezes em casa, no meio dos livros do pai e não lhe era novidade, mas todos os demais alunos na sala pareciam maravilhados com a novidade.
A porta da sala rangeu e por ela, um rosto já conhecido passou e sequer tentou ser discreto ao procurá-la. Nenhuma marca era vista em seu rosto, o que denunciava que passara algum tempo na ala hospitalar da escola.
— O que eu obteria se misturasse descurainia, sanguessugas, hemeróbios, pele de araramboia e chifre de bicórnio? – o professor questionou e arqueou uma sobrancelha. Aquela não era uma pergunta do primeiro ano e a cara confusa dos alunos ao seu redor apenas denunciava que ela estava certa. — Ninguém? Bom…
— Poção polissuco. – respondeu o interrompendo e todos os olhares na sala se viraram para ela. O professor tinha um sorriso lateral nos lábios, quase como soubesse que seria ela a responder aquilo.
— E sabe para que essa poção serve, senhorita Malfoy? – respirou fundo revirando os olhos.
— Se sei o que é, sei para que serve, não acha? – O comentário tinha um fundo de deboche e por um momento viu mais de seu pai em si. — A poção polissuco é uma poção que faz você se tornar qualquer pessoa, porém existe um ingrediente que o professor não citou: um pedaço da pessoa em quem quer se transformar. Pode ser qualquer coisa, um fio de cabelo que seja, já serve. – Ela deu de ombros. — De todo modo, só funciona por uma hora. – O professor continuou a sorrir enquanto todos os colegas pareciam maravilhados. Todos, exceto um que a olhou uma última vez com um revirar de olhos antes de olhar para frente.
Parte IV
A sala escura e empoeirada parecia um tipo de masmorra. A bagunça que se encontrava ali parecia impossível de arrumar, ainda mais sem magia. Por isso, e Krum carregavam cadeiras e mesas velhas em silêncio sem sequer se olharem.
Os professores haviam pensado em lhes colocar separados, porém o pior castigo para eles, claramente, seria estarem juntos ali.
sentia os braços começarem a doer, porém não deixava o orgulho se abalar, já que Krum parecia sequer se afetar com as horas de trabalho, como se já houvesse feito aquilo mais vezes. Um professor que se encontrava a porta transportava os objetos com magia até outro ponto e nenhum dos dois nunca quis tanto sua varinha.
Dado momento, um aluno que já havia visto antes chegou a porta e disse algo ao professor o fazendo assentir.
— Volto já. Terminem isso ainda hoje. – O tom antipático fez querer subir pelas paredes do local, porém nada a deixou mais irada do que Victor parando o que fazia e se sentando para em seguida colocar os pés sobre uma das mesas.
— Valeu Haw, eu estou morto. – Krum acenou para o garoto que acenou de volta e parou os encarando perplexa. Era o amigo de Krum. Claro que era.
— Mas que…
— Olha a boca, Malfoy. – A impediu de terminar a frase e ela bufou colocando a cadeira no chão — Ah não, você não para. Você continua. – Krum tinha um sorriso debochado nos lábios que fez arquear uma sobrancelha para ele.
— Como disse? – Questionou e ele apenas riu fraco cruzando os braços.
— Eu disse que você continua. – Ele deu de ombros — Sabe, o Hawley ali é um dos favoritos dos professores e se ele disser que a novata simplesmente se recusou a fazer seu trabalho enquanto eu, o pobre Victor Krum fiz tudo sozinho, acho que você pega outra detenção. – Ele sorriu forçado para a menina que podia sentir o rosto queimar pela raiva que sentia.
— Tudo isso porque perdeu um duelo, Krum? – Soltou em tom desafiador — Uau, seu ego é realmente muito sensível. – Tornou a debochar e Hawley a porta prendeu o riso fazendo Krum se irar e se colocar de pé até estar de frente a .
— Escute aqui, Malfoy. – A menina era menor e por isso ele olhava um pouco para baixo ao falar com ela. Não podia negar que as feições da garota o fizeram vacilar por um instante. — Isso aqui não é o Reino Unido. O seu sobrenome não vai te proteger aqui. Então, sugiro que comece a pensar bem antes de fazer ou dizer qualquer coisa. – Ameaçou e apenas manteve a expressão neutra.
— Eu não preciso de um sobrenome para me defender, Krum, e você já sabe muito bem disso. – Victor se perguntava como alguém tão pequena podia ser tão ousada assim. Ela não tinha medo? Aparentemente não e aquilo causava no peito de Krum uma estranha simpatia que ele tentava reprimir a todo o custo.
— Ora sua… – A voz entredentes foi interrompida por um pigarro
— Perdeu o cavalheirismo, senhor Krum? – A voz do professor Maximilian invadiu o local e os dois se viraram para encarar o recém chegado e um Hawley de olhos arregalados.
— Professor Axel… – Krum engoliu em seco e soltou um sorriso vitorioso.
— Quando os deixei mais cedo, não pareciam tão aversivos a presença um do outro. – Ele parecia buscar uma explicação, mas não deu tempo que abrissem as bocas. — De todo modo, acho que tenho uma ideia do que pode melhor resolver os conflitos entre vocês. – E com um chacoalhar de sua varinha cadeiras e mesas tomaram seu rumo a porta fazendo os três alunos se abaixarem depressa para não serem atingidos e, em menos de cinco minutos, o trabalho de horas de e Krum estava concluído. — Vão para a cama, amanhã daremos um jeito nesse probleminha. – E com um piscar de olhos o professor deixou o local.
apenas saiu da sala sem dizer nada, deixando um olhar assustador sob Hawley que engoliu em seco. Aquela garota era de dar arrepios.
Krum permaneceu parado encarando marchar firmemente e, de modo sútil, ele sorriu consigo mesmo. Se não tivessem se dado tão mal logo de cara, provavelmente seriam melhores amigos. Disso ele tinha certeza.
N/A: Espero muito que tenham gostado de ver um pouco desse lado da história da nossa querida Malfoy e do Krum.
Foi escrita na correria, mas foi com todo o carinho do mundo, juro.
Me deixem saber o que acharam, estou curiosa. Vejo vocês em breve e Malfeito, feito.