Sinopse: Era o seu primeiro natal longe de casa, mas também era o seu primeiro natal com ele e, como o bom namorado que é, o garoto não deixaria que nada tirasse a mágica que você tanto amava no feriado.
Gênero: Romance
Classificação: +16
Restrição: Foi escrita com Moon Taeil do NCT 127, mas pode ser lida com qualquer um.
Beta: Alex Russo
abriu um sorriso imenso assim que entrou em seu carro, o que a fez rir um pouquinho constrangida. Ele acabou rindo também por isso.
Era seu primeiro natal juntos, o primeiro de longe de sua família e ele tornara sua missão pessoal tornar a data tão especial quanto ela merecia, o que a garota achara adorável. Estava tentando não ser uma missão difícil, mas precisava confessar, não tinha tanta experiência naquilo. Toda aquela coisa de relacionamento, mais especificamente. Ela nunca nem viajara com um namorado antes, ou tivera um namoro sério o suficiente para chegar aquela fase. Estava nervosa, era esse o ponto.
— Ei! — cumprimentou alegremente, ajeitando seu gorro na cabeça de modo a fazê-la apertar os olhos de maneira um tanto cômica. Ele riu e, ainda segurando nas pontas de seu gorro, beijou brevemente seus lábios. — E então? Pronta para conhecer minha passagem secreta para o Pólo Norte?
— Só se tiver elfos e duendes bonitinhos lá — a garota respondeu de pronto, soltando uma risadinha satisfeita quando ele estreitou os olhos.
— Hm… Posso providenciar isso! — decidiu enfim, afinando um pouco a voz, como se tentasse acertar o tom no qual um elfo falaria. gargalhou e ele sorriu com certo encanto ao encará-la. Era aquilo! Falaria como elfo a noite toda se fosse conseguir mais daquilo. — Um elfo bonitinho saindo, moça! Por favor, aperte os cintos! — apontou, ainda falando com sua nova voz de elfo.
Uma vez teve seu pedido atendido, acelerou.
estacionou em frente a uma mercearia pequena horas mais tarde e, mesmo tentando, não conseguiu poupar da desorientação absoluta que veio ao acordar num lugar estranho – e ainda mais frio – que Seul.
— Estamos mesmo no Pólo Norte?
riu e tocou de leve a ponta de seu nariz.
— Ora, moça! O que você acha que eu sou, um impostor?! — ele fez voz de elfo outra vez. sorriu e tocou seu nariz, como ele tinha feito antes com ela.
— Acho que você é um elfo muito adorável — respondeu. O garoto sorriu e segurou sua mão na dele, inclinando o rosto para e repousando a testa na sua por apenas um instante antes de tocar muito lentamente seus lábios.
Tão logo sentiu os lábios quentes dele nos seus, se sentiu levitando em meio a doçura de , abrindo a boca para que ele intensificasse o beijo ao passo que segurava em sua nuca. O beijo de tinha, principalmente, gosto de cuidado. De um encontro doce, ou um lugar… Um lugar onde poderiam parar o tempo, e tudo seria bom. Tudo seria seguro. amava demais o beijo de , e o modo como ele ainda segurava uma de suas mãos quando se afastou e passou a acariciar sua bochecha, com a mão que antes fazia o mesmo carinho em seu cabelo. A garota achou que podia muito bem estar nas nuvens e tentou não parecer muito idiota ao sorrir para ele.
— Então, Pólo Norte? — ela questionou outra vez, tentando voltar a pensar direito. deu uma risadinha enquanto ela olhava em volta.
— Você vai ver logo – prometeu, saindo logo em seguida do carro. o observou dar a volta para abrir sua porta e sorriu quando ele o fez, aceitando a mão que o garoto lhe estendia.
Só então notou que haviam estacionado em frente a uma mercearia, deixando que entrelaçasse a ponta de seus dedos e os dirigisse para dentro depois de ajustar bem a mascara no rosto e levantar o capuz do moletom sob os cabelos.
— Desculpe por isso — murmurou assim que a notou observando e a garota sorriu, fazendo que não e ajustando a própria mascara também.
— Você fica uma gracinha assim todo escondidinho — ela retrucou, sem chateação alguma e ele riu, contendo a vontade de voltar a abraçá-la.
— Vem, vamos — chamou, e seguiram para dentro da mercearia.
A loja não era muito grande, mas havia um rádio perto da senhora na caixa registradora que tocava uma música do Paul Kim, o que fez sorrir enquanto trazia um carrinho para colocarem as compras.
Não se preocuparam em ir rápido, o lugar estava quase vazio e as poucas pessoas por ali não pareceram reconhecer o garoto. Trocaram histórias de natal e sorrisos por debaixo das mascaras, sentindo uma agonia absurda por não poder se abraçar ou dar as mãos como gostariam. Enquanto isso, cheram o carrinho com ingredientes para os doces que prometera fazer, – um dos grandes incentivos que levaram aquela viagem – algumas refeições rápidas, tudo que precisariam para a ceia também e, é claro, uma boa garrafa de vinho. não sabia o que exatamente definia uma boa garrafa de vinho, dificilmente achava um ruim, mas confiou na expertise de , o acompanhando até o caixa e depois de volta ao carro, ajudando-o a guardar as compras no porta-malas mesmo com ele garantindo várias vezes que não era necessário e nem queria vê-la pegando peso.
podia ser tão super protetor.
Quando terminaram, o garoto a segurou pelo pulso antes que ela desse a volta no carro em direção ao banco do passageiro, baixando a mascara brevemente para roubar um beijo perto de seu olho, onde a mascara da garota não cobria.
— Estou feliz que vamos passar o natal juntos — ele confessou, numa leveza tão bonita quanto o vislumbre que a garota teve de seu sorriso antes de ele ajustar a mascara de volta ao rosto.
sorriu mais estupidamente apaixonada do que já imaginou ficar.
— Feliz quanto? — quis saber, naquele tom divertido que denunciava: estava aprontando algo.
achou tão fofo que quis lhe apertar inteira, dando de ombros.
— Hm… Assim? — abriu bem os braços do lado do corpo para demonstrar.
gargalhou, levando a mão a boca um instante antes de lembrar que usava mascara. acabou rindo também.
Ela era simplesmente adorável.
— O suficiente para cantar uma música pra mim, então? — ela finalmente revelou aonde queria chegar. O garoto deu outro risinho e lhe lançou uma piscadela.
— Veremos sobre isso quando chegarmos — riu, como se fosse capaz de dizer não a ela.
A verdade era que não parou de ponderar a música que cantaria para até, de fato, cantar.
Apesar de a garota falar coreano muito bem, ele sabia que ela preferia músicas em inglês, por isso tentava aprender o máximo possível delas para pedidos como aquele. O que era irônico já que ela também passara a se esforçar ainda mais para aprender coreano depois que se conheceram, simplesmente porque lhe fazia bem ouvi-lo falar por horas e entender cada palavra, saboreá-las até.
De qualquer forma, chegaram a casa no lago, uma propriedade que a mãe de herdara de seus avós, quando já havia escurecido. Guardaram as compras e acomodaram também suas malas, e pescou uma das refeições rápidas que compararam a fim de preparar o jantar enquanto estava no banho.
Apesar do frio de inverno, a vista da varanda continuava estonteante, com flocos de neve entrelaçados as árvores e o chão coberto de neve como um tapete felpudo, de forma que o garoto decidiu não desperdiçar a paisagem. Acendeu algumas velas em castiçais e em cima da mesa redonda ali fora, preparou a mesa e ligou o rádio baixinho no canto do cômodo.
Ele achou que tudo parecia perfeito e mal pôde esperar para ver, os pratos servidos com lamén quentinho parecendo extraordinários em meio a toda a decoração preparada por .
E, então, irrompeu de dentro da sala de estar, num adorável vestido branco com mangas curtas demais para o frio que fazia, mesmo que ela usasse uma legging preta por baixo. Assim que a visão de seu sorriso se assomou sob ele, porém, parou de pensar. Naquilo e em qualquer outra coisa.
Em sua cabeça, estava apenas a música que cantaria para , a música que despejou de sua boca tão logo ela de aproximou.
Lá para a metade do filme, o casal já não demandava muita atenção para a trama, trocando beijos e caricias no sofá tão grande quanto confortável no qual decidiu pouco antes que podia muito bem morar.
ficava um pouco mais vermelho a cada vez que se afastava e o encarava entre um beijo e o outro, o que fazia a garota sorrir ainda mais apaixonada, balançando a cabeça.
— Você, … — ela parou, respirando fundo para recuperar o fôlego com uma das mãos dele dentro de seu vestido, em algum ponto, ainda assim, longe demais do cós da legging. – Meu Deus, você mexe comigo! – ela exclamou, o tom ligeiramente indignado arrancando um sorrisinho do garoto.
— É recíproco – garantiu, o tom cor de rosa que tomava as orelhas fazendo balançar a cabeça outra vez, mordendo o lábio inferior antes de voltar a beijá-lo. segurou firme em sua cintura quando ela veio para seu colo e a afastou um instante para olhar em seus olhos. – Quer ir para o quarto? – finalmente tomou coragem de perguntar.
Nunca haviam feito aquilo, ainda que já estivessem juntos há algum tempo. A agenda dos dois era apertada com o trabalho e passar a noite juntos não era tão fácil e simples quanto devia, portanto, é claro que a ideia passou pela cabeça de ambos quando planejaram aquela viagem juntos. Agora que estavam ali, porém, agora que estava finalmente aconteceu, cada parte do momento parecia prestes a escapar por entre seus dedos, tamanho o nervosismo.
Ao mesmo tempo, porém, havia algo a respeito daquele encaixe, de cada parte de tudo que sentiam, incluindo o nervosismo borbulhante que tomava seus corpos… Parecia certo de um jeito incrivelmente excitante.
Tão logo a garota assentiu, ele se levantou com ela em seus braços, arrancando um gritinho dela, que logo se transformou numa onda de risadas de ambos os lados. O som só cessou quando estavam aos beijos outra vez, na cama.
— ? — chamou, a voz falhada, quando se livraram das primeiras peças de roupa. Ele a encarou, esperando. — Eu acho que nunca quis tanto estar com alguém. Tipo, de verdade, não tem mistério, nós dois já passamos por isso, mas… Meu Deus. Eu nunca quis tanto.
sorriu diante da confissão, inclinando o rosto em sua direção e beijando sua testa, em seguida sua boca, com a língua encontrando a sua numa dança sem pressa, cheia de intimidade e promessas.
— Eu acho que nunca quis tanto também – confessou por fim, e sorriu antes de puxá-lo pela nuca e voltar a beijá-lo.